
“N�o v�o achar nada l�. J� fizeram tr�s buscas e n�o arrumaram nada. Algu�m sem ju�zo est� incomodando e ocupando a pol�cia. S� trabalho com a verdade e disse isso a Bruno quando me contratou. Eles mataram e esquartejaram a Eliza como diz o inqu�rito, foi daquele jeito mesmo, mas o detalhe � que Bruno n�o participou de nada. Ele deu R$ 30 mil para Eliza e Macarr�o a levaria at� a rodovi�ria. Bruno est� pagando pelas amizades que fez e quem pode falar sobre onde est� o corpo � Macarr�o e Bola”, disse Pimenta.
O advogado lembrou que o Tribunal de Justi�a do Rio extinguiu a pena do processo em que Bruno era acusado de sequestrar e agredir Eliza. “Esse foi o argumento que usei no pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal, que deve ser julgado em 10 a 15 dias. Bruno est� preso administrativamente h� dois anos. Ele n�o deve mais nada ao Estado e � uma injusti�a mant�-lo preso por tanto tempo.”
Sem provas
Para o advogado de Macarr�o, Leonardo Diniz, n�o h� provas da morte de Eliza e a defesa mant�m essa linha. Ele diz que compete � Pol�cia Civil apurar se h� rela��o entre a morte do primo do goleiro, os atentados contra o ex-motorista de Bruno e o processo na Justi�a. Afirma ainda que a pol�cia fez seu papel em investigar informa��es repassadas ao Disque-Den�ncia.
“Macarr�o est� tranquilo, acompanha os fatos e aguarda as investiga��es policiais. Ele ficou surpreso com a morte de S�rgio Sales, mas tamb�m n�o reclamou de amea�as ou constrangimento”, disse o advogado. Macarr�o e Bruno, segundo ele, n�o mant�m contato. “Ele n�o comentou mais nada sobre o Bruno, mas ficou chateado com as afirma��es de que seria homossexual. Os advogados do Bruno, inclusive, v�o ter de se explicar judicialmente sobre isso.”
Goleiro nega uso de celular
Preso na Penitenci�ria Nelson Hungria, em Contagem, o goleiro Bruno Fernandes foi ouvido ontem para dar explica��es sobre uma suposta conversa com uma mulher por celular, de dentro da cadeia, h� um m�s. Um trecho dessa grava��o, que mostraria a voz do atleta repreendendo a mulher por “gracinhas” que ela estava fazendo, foi apresentado no programa TV Verdade, da TV Alterosa. A Subsecretaria de Administra��o Prisional (Suapi) abriu procedimento de apura��o e poder� usar recursos tecnol�gicos de avalia��o de voz para comprovar se de fato a voz � de Bruno. Ele negou.
Na conversa, a mulher, que aparece de costas, com cabelo longo pintado de loiro e um sotaque mineiro, pergunta ao homem se ele estava chateado com ela e que “gracinhas” ela estava fazendo para desagrad�-lo. A mo�a afirma que faz tudo o que ele manda. O homem, ent�o, responde: “Olha a consequ�ncia”. De acordo com o programa, a conversa teria horas e a voz masculina seria de Bruno.
A Suapi informou, em nota, que h� vistorias di�rias dentro das celas da Nelson Hungria e que as varreduras na cela de Bruno nunca localizaram aparelhos de telefone ou qualquer material proibido na cadeia.
Em 13 de julho, o goleiro foi punido por encaminhar uma carta ao apresentador do programa, Ricardo Carlini. Ele foi afastado da faxina do pavilh�o por 20 dias e ficou recolhido, sem direito a visitas ou ao banho de sol. O trabalho � remunerado e, para cada dia de servi�o, Bruno tem redu��o de um dia da pena, embora n�o tenha sido julgado. De acordo com a Suapi, Bruno foi punido porque todas as correspond�ncias devem passar por um departamento que confere o conte�do das cartas para resguardar a seguran�a da sociedade e da unidade prisional. No documento, o atleta assume publicamente a paternidade de Bruninho. (PS)