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Estado de Minas

Advogado de primo de Bruno abandona defesa; Jorge Rosa vai depor em j�ri

Eli�zer J�natas de Almeida Lima n�o � mais defensor de Jorge Luiz Rosa. O criminalista alega que n�o foi �participado' da decis�o de seu cliente em falar ao programa Fant�stico. Jorge � testemunha chave sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio e ser� ouvido no j�ri do goleiro


postado em 25/02/2013 11:28 / atualizado em 25/02/2013 13:24

O advogado de Jorge Luiz Rosa, primo do goleiro Bruno Fernandes, informou nesta segunda-feira que n�o trabalha mais para o cliente. Eli�zer J�natas de Almeida Lima est� deixando a defesa de Jorge depois da entrevista concedida pelo cliente ao programa Fant�stico, nesse domingo. O jovem, que � testemunha chave sobre o desparecimento e morte de Eliza Samudio, tentou livrar o ex-atleta do crime e culpar Luiz Henrique Rom�o, o Macarr�o. Jorge foi muito contradit�rio em toda a entrevista.

Eli�zer J�natas disse que n�o “foi participado” da decis�o de Jorge em aparecer na TV e dar entrevista. O primo de Bruno estava no Programa de Prote��o � Testemunha at� dezembro de 2012, mas pediu para sair. O advogado disse que ficou muito chateado com a decis�o do cliente em perder a prote��o oficial, por�m, acatou a escolha.

Agora o criminalista afirma que Jorge n�o precisa mais dele. Jorge n�o tem mais d�vidas com a Justi�a, conforme informou o advogado. Como era menor na �poca do crime, cumpriu medida socioeducativa de 2 anos e 8 meses e est� livre. De acordo com Eli�zer J�natas, se Jorge � homem suficiente para dar uma entrevista como a de ontem, ele pode agora caminhar sem a ajudar do advogado.

Aproxima��o do j�ri

O goleiro Bruno ser� julgado no dia 4 de mar�o. Macarr�o j� foi condenado no ano passado. A Defesa e acusa��o pediram que Jorge, dispensado do banco de testemunhas no julgamento de Macarr�o, em novembro, fosse convocado para depor no tribunal de j�ri de Bruno. O Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) confirmou hoje que ele est� arrolado como testemunha, tanto dos advogados como do Minist�rio P�blico de Minas Gerais. O promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro acredita que, diante dos jurados, Jorge poder�, enfim, contar toda a verdade sobre a morte da ex-amante de Bruno.

Entrevista


Jorge quebrou o sil�ncio e apontou Macarr�o como mandante do crime, mas n�o conseguiu livrar o ex-capit�o do Flamengo da suspeita de ter articulado o assassinato de Eliza. Nervoso e reticente, ele respondeu �s perguntas procurando incriminar Macarr�o, chegando a dizer que o bra�o direito de Bruno queria matar a dentista Ingrid Calheiros, na �poca uma das namoradas e hoje mulher do goleiro.

“Ele falou que tinha que matar a Ingrid porque ela n�o fazia bem para o Bruno. Eu precisava de dinheiro e pensei em fazer isso, mas depois desisti”, disse Jorge. Pelo servi�o, Macarr�o pagaria R$ 15 mil a Jorge. O rapaz contou detalhes do sequestro de Eliza, que foi retirada de um hotel no Rio num carro com Macarr�o e com ele. Jorge revelou que os dois deram socos no rosto da mulher durante uma discuss�o.

Quanto aos dias que antecederam a morte da ex-amante do atleta, per�odo em que ela ficou no s�tio de Bruno, em Esmeraldas, Jorge, na primeira parte da entrevista, apontou Macarr�o como o articulador e mandante do assassinato, dizendo que Bruno foi pego de surpresa e n�o sabia de nada.

Essa vers�o foi mantida quando Jorge narrou detalhes da noite em que Eliza foi morta,o que ocorreu em 10 de junho de 2010. Ele disse que a mulher foi colocada em um carro junto com o filho Bruninho, Macarr�o e ele, com a desculpa de que seria levada para um hotel e receberia R$30 mil. Guiados por um motociclista, que Jorge n�o identificou, mas que a pol�cia suspeita ser o ex-policial Jos� Lauriano de Assis, o Zez�, Macarr�o levou o carro at� uma casa, onde Eliza entrou com o filho e foi assassinada.

Neste ponto, a vers�o do menor contradiz totalmente o que Macarr�o declarou em seu julgamento,em novembro. Na ocasi�o,o amigo e confidente de Bruno afirmou ter levado at� um homem, na Regi�o da Pampulha. Esse desconhecido desceu de um carro preto e fez Eliza embarcar no ve�culo. Depois disso, a m�e de Bruninho n�o foi mais vista. Jorge tamb�m alterou o que ele mesmo disse � Justi�a,em 2010,quando revelou os primeiros detalhes do caso.

Na entrevista de ontem, ele negou ter visto um homem estrangular Eliza. Na nova vers�o, Jorge disse que Macarr�o entrou com Eliza e Bruninho numa casa e depois de 30 ou 40 minutos, s� Macarr�o saiu. J� no carro, Macarr�o lhe contou que Eliza havia sido estrangulada pelo desconhecido e que, depois de morta, teria sido chutada pelo pr�prio Macarr�o. Quanto a Bruninho, Jorge afirmou que a crian�a s� n�o foi assassinada porque o executor de Eliza se recusou a praticar o crime.

Medo

Jorge negou conhecer o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos,o Bola, que ele mesmo apontou como o assassino de Eliza. “Bola, que Bola?”, chegou a perguntar � rep�rter, demonstrando todo o medo que sente do ex-policial. Tamb�m procurou defender Bruno, dizendo que o goleiro n�o sabia de nada e teria ficado desesperado quando Macarr�o lhe contou como havia se livra do de Eliza. Depois, quando a entrevista j� havia sido encerrada, Jorge voltou atr�s e pediu para responder de novo a algumas perguntas. E em suas respostas n�o foi t�o enf�tico na defesa que fez do primo. Ele afirmou que o primo n�o mandou matar, mas sabia que isso aconteceria. “N�o tinha como n�o desconfiar. Estava debaixo do nariz dele. Como Macarr�o do jeito que gostava tanto dele, fazia qualquer coisa por ele, n�o desconfiar daquilo ali?N�o mandou matar, mas...”

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