
O Boa Esporte pode perder o seu patroc�nio m�ster. Diretores do grupo G�is & Silva se reuniram na tarde deste domingo para discutir o apoio ao time de Varginha, no Sul de Minas. A empresa pressiona a diretoria da equipe a rever a contrata��o do goleiro Bruno, de 32 anos. Caso isso n�o aconte�a, h� a possibilidade de o contrato ser rompido unilateralmente. Uma reuni�o foi marcada nesta segunda-feira entre a presid�ncia do Boa e a empresa. No s�bado, a Nutrends, empresa do ramo de alimentos, j� havia anunciado o fim da parceria com o clube.
O executivo da G�is & Silva, Rafael G�is, afirmou que a decis�o de conversar com a diretoria do Boa sobre a contrata��o de Bruno foi un�nime entre diretores do grupo 'devido � tamanha repercuss�o negativa e como��o nacional com o ato'. “Os nossos meios de comunica��o, p�ginas, perfis de Facebook, e m�dia social, todos foram enxovalhados pela opini�o p�blica e o pessoal pedindo para rever, alguns mais eloquentes, outros mais ponderados, e um volume muito grande. Ent�o, na realidade, nos fez repensar. N�o estamos preocupados com a m�dia, se vai trazer um marketing ou n�o, at� porque � uma empresa de investimento e n�o temos um foco voltado para produtos, mas o que realmente levou a considerar � o tamanho da como��o”, afirmou.
A reuni�o com entre a diretoria do Boa Esporte e diretores do Grupo G�is & Silva est� marcada para �s 11h em S�o Paulo, na sede da empresa. Por meio das redes sociais, o grupo publicou nota onde critica a viol�ncia contra a mulher. “Deixamos expl�cito nosso rep�dio a todo e qualquer tipo de viol�ncia contra a mulher e qualquer outro tipo de viol�ncia independente de classe social, g�nero, faixa et�ria, cor da pele, orienta��o sexual, religi�o, etc”.
A holding � especializada em adquirir parte de empresas com dificuldade financeiras e reergu�-las, mantendo o dono com uma pequena participa��o. Entre os neg�cios do grupo h� escola, f�brica de cigarro, fazendas com gado de corte e alambique. Rafael G�is, o CEO, � casado e tem tr�s filhos. Come�ou seu imp�rio captando alunos para escolas de inform�tica. Fez o mesmo para cl�nicas odontol�gicas e, em alguns anos, montou uma rede com 37 consult�rios. Vision�rio, ele n�o tem diploma de curso superior.
Outro patrocinador
Esse foi o segundo patrocinador do Boa que mostrou insatisfa��o com a contrata��o do goleiro Bruno. Nesse s�bado, uma das empresas que apoiava o time decidiu deixar de estampar a sua marca na camisa. A Nutrends Nutrition afirmou, depois de reuni�o, que n�o vai mais patrocinar o Boa. Por meio de nota publicada na p�gina oficial da empresa no Facebook, a Nutrends anunciou o fim da parceria. “Em reuni�o extraordin�ria, a diretoria da Nutrends Nutrition decidiu que, a partir de hoje (s�bado, 11/03), a empresa n�o � mais patrocinadora/apoiadora do Boa Esporte Clube”, diz o documento. A marca era estampada no ombro da camisa do time. Em poucos minutos, v�rios internautas apoiaram a decis�o.
Boa se defende com nota oficial
Pouco mais cedo, o Boa Esporte publicou, na p�gina do clube no Facebook, uma nota oficial em defesa da contrata��o do goleiro Bruno, assinada pelo presidente Rone Moraes da Costa. A nota diz que a entidade est� cumprindo com a "obriga��o social" de "cooperar com a recupera��o de um ser humano". Confira, na �ntegra, a publica��o. "
O que dizer da contrata��o do atleta Bruno?
O Boa Esporte clube. Equipe de futebol profissional em Minas Gerais, clube reconhecido nacionalmente, sendo campe�o Brasileiro da S�rie C, convive nos �ltimos dias com uma avalanche de coment�rios nas redes sociais ap�s noticia da contrata��o do atleta Bruno. A cidade de Varginha, que � conhecida pela poss�vel apari��o de um extraterrestre (ET), convive com a not�cia da contrata��o do atleta Bruno.
A regra legal brasileira � a que todos, inclusive os criminosos mais perigosos, sejam submetidos a um julgamento honesto, imparcial, e que a lei seja o fundamento da puni��o. Por sua vez, quando pensamos na aplica��o da lei, certo ou n�o, suficiente o bastante ou n�o, justa o suficiente para o caso ou n�o, o que n�o podemos deixar de entender � determinado pelo cumprimento da lei. As consequ�ncias do erro humano possuem fundamentos de pena corporal. A lei dos homens indica a aplica��o de penas vari�veis de acordo de uma s�rie de cren�as, costumes e ideologias.
No Brasil, os criminosos ser�o apenados com a pris�o e, via de regras, colocados em liberdade, deve ser orientado, acompanhado e, n�o menos, pelo caminho de Deus. Com certeza um dos motivos da evolu��o da pena que ela n�o seja transferida para outras pessoas, que seja pessoal, que n�o seja definida pela lei do Tali�o (olho por olho, dente por dente).
O t�o procurado estado democr�tico de direito, a sociedade justa e fiel, a vida em sociedade, segundo crit�rios civilizados indicam de longa data que o criminoso colocado em liberdade deve ter aten��o do estado, aten��o suficiente para que possa restabelecer uma vida em sociedade. E ningu�m pode negar que n�o existe vida em sociedade mais digna vida no trabalho. Quem nunca ouviu: o trabalho dignifica o homem? Ent�o o argumento seria asqueroso, nojento ou imoral (a contrata��o do atleta Bruno), antes de mais nada, legalmente, faz parte da obriga��o social da empresa, da sociedade em cooperar com a recupera��o de um ser humano. Aqui n�o se condena a morte ou pris�o perpetua. Enquanto isso n�o refletir a regra legal, a regra � que o egresso, o criminoso colocado em liberdade, possa obter meios de viver em sociedade, trabalhando e procurando dignidade em sua vida.
Onde estaria a contribui��o de uma empresa esportiva quando cumpre a lei? Diante desses argumentos podemos afirmar que o Boa Esporte Clube n�o foi o respons�vel pela soltura e liberdade do atleta Bruno, mas o clube e sua equipe, enquanto empresa e representada por seres humanos, dotada de justi�a e legalidade, podem dizer que tentam fazer justi�a ajudando um ser humano, mais, cumprem a legalidade dando trabalho a quem pretende se recuperar.
O Boa Esporte Clube n�o esta cometendo nenhum crime conforme a legisla��o Brasileira e perante a lei de Deus. (sic)" Nos coment�rios da publica��o, os internautas discutem a contrata��o e a nota do Boa. "N�o h� argumentos ou teoria que justifiquem a atitude inescropulosa de associar um feminicida ao esporte", disse uma internauta, discordando da a��o do clube. "Parab�ns � equipe do Boa Esporte e seus representantes. Todos merecem uma chance, e ele n�o � diferente", disse outro coment�rio, aprovando a contrata��o.