(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas

C�mera flagra goleiro Bruno com mulheres e cerveja no Sul de Minas

Goleiro estava em um clube de Varginha, onde cumpre pena em regime fechado. Encontro com mulheres foi marcado por celular, proibido para presos. Advogado nega


postado em 18/10/2018 20:54 / atualizado em 19/10/2018 08:40



Quinta-feira, por volta das 14h. Nesse hor�rio, o goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza deveria estar em servi�o em uma obra da Associa��o de Prote��o e Assist�ncia ao Condenado (Apac) de Varginha, no Sul de Minas, onde cumpre pena. Mas foi visto em uma mesa de uma associa��o vizinha, onde tamb�m faz alguns trabalhos, junto com mulheres. O encontro foi marcado por aplicativos de conversas no celular. Como est� em regime fechado, ele n�o poderia fazer uso do aparelho. A cena foi flagrada pela TV Alterosa. O atleta n�o quis comentar o assunto e ficou em sil�ncio ao ser abordado. O advogado dele, F�bio Gama, informou que o goleiro n�o faz uso de celular e que “algu�m est� querendo prejudicar a sa�da dele”. Um pedido de progress�o de pena j� foi feito � Justi�a e ainda est� sendo analisado pelo juiz Tarc�sio Moreira, da comarca de Varginha. 

O encontro de Bruno com as mulheres foi todo planejado. Em conversas de WhatsApp a que o Estado de Minas teve acesso, o goleiro faz contato com uma jovem que havia lhe enviado uma carta. “Quando puder me chame. Bruno”, disse ele ao iniciar a conversa. “Bom dia. Qual Bruno?”, questiona a mulher. “Voc� deixou seu n�mero no bilhete. Na carta q (sic.) que voc� mandou ler depois”, completou o atleta. “N�o acredito. Como voc� est�?”, diz s
urpresa a jovem.
 
Imagens mostram Bruno com lata de cerveja em cima da mesa, em meio a pedido de progressão da pena para o regime semiaberto(foto: Reprodução/TV Alterosa)
Imagens mostram Bruno com lata de cerveja em cima da mesa, em meio a pedido de progress�o da pena para o regime semiaberto (foto: Reprodu��o/TV Alterosa)
As conversas por meio de aplicativos continuam entre os dois. Bruno prop�e � jovem um encontro na �rea de lazer que fica ao lado da Apac. O goleiro pede para ela levar uma amiga para um colega dele. O convite � aceito. “Tem um bar do lado do campo para baixo da Apac. Pode parar l�, entendeu? � associa��o. � a sede do Cana�”, diz Bruno, em um �udio enviado � garota. “Ent�o, quando chegar perto da cole��o, aqui na Apac, passa um zap neste n�mero aqui, que vou estar com ele na m�o. Eu te oriento. Antes de voc� chegar na (sic) Apac, que eu te oriento. T� bom?”, combinou, em outro. “Est� todo mundo animado aqui, hein!? Os meninos... n�o fura n�o. T� ligado, n�?”, finalizou em um terceiro. 

Por volta das 14h, a reportagem da TV Alterosa de Varginha foi at� o clube e flagrou o goleiro Bruno com mulheres em uma mesa, onde havia uma lata de cerveja. O empreiteiro respons�vel pela obra onde o atleta devia prestar servi�o n�o estava no local. Ao ser questionado sobre a expectativa para sair para o regime semiaberto, ele disse que n�o poderia falar. As mulheres que estavam com ele sa�ram e foram para o banheiro.

O advogado do atleta, F�bio Gama, negou que Bruno fa�a uso do celular e de bebidas alco�licas. Disse, ainda, que essa den�ncia � de “algu�m querendo prejudicar a sa�da dele”. De acordo com Gama, a Associa��o Cana�, pr�xima � Apac � usada pelos internos para descansar depois do trabalho. Al�m disso, informou que alguns f�s costumam ir at� o local para conhecer o goleiro e tirar fotos. Disse, ainda, que o goleiro n�o tem nenhum aparelho celular e que desconhece os �udios compartilhados via WhatsApp. Segundo ele, as mensagens n�o seriam do goleiro. De acordo com o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG), nenhum preso da Apac pode fazer uso de celulares. 

Prograss�o de regime. A confirma��o do uso de celular por parte de Bruno pode dificultar a conquista de um benef�cio da Justi�a. Em 11 de outubro, o advogado dele entrou com um pedido para que o atleta cumpra a pena em regime semiaberto. A solicita��o foi feita depois de uma atualiza��o da pena do goleiro, levando em considera��o a remi��o de 24 dias, diante de servi�os prestados na Apac. Foram 74 dias trabalhados no local, segundo o TJMG. 

O pedido feito pelo advogado de Bruno foi encaminhado ao Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG). O �rg�o, segundo o TJMG, recomendou um exame criminol�gico para saber se o goleiro est� apto a ser reinserido na sociedade. O parecer da promotoria foi enviado para o juiz Tarc�sio Moreira, da Comarca de Varginha, que n�o tem prazo para a decis�o.

Bruno foi detido em junho de 2010 por envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio e ficou preso, primeiro de forma preventiva e depois condenado por assassinato, oculta��o do cad�ver e sequestro do filho que teve com a v�tima, Bruninho. Em fevereiro de 2017, ele foi colocado em liberdade pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aur�lio Mello, mas a decis�o foi revogada no Supremo dois meses depois. Inicialmente, Bruno foi condenado a 22 anos e tr�s meses pelos crimes, mas em setembro de 2017 a pena foi reduzida para 20 anos e nove meses.

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)