Na escola Municipal Padre Durval Secchs, em Colombo, regi�o metropolitana de Curitiba, a pequena Sofia, de quatro meses, monopolizava a aten��o dos 730 estudantes que chegavam hoje (23) para realizar as provas do Exame Nacional do Ensino M�dio (Enem). A coordena��o local do exame permitiu que a m�e, Idayane Marcondes, 19 anos, amamente a filha durante as provas. Enquanto Idayane faz as provas, a pequena Sofia fica no colo do pai, no corredor da escola.
“Me preparei muito para o Enem, apesar de ter que me dividir entre estudos, fraldas e mamadeiras. Fico mais tranquila para fazer as provas sabendo que ela est� perto. Ontem demorei muito para responder as quest�es, que foram muito longas e tive que amamenta-la”, contou. Idayane quer utilizar a nota do Enem para o certificado de conclus�o do ensino m�dio e depois para cursar direito.
Giseli Pereira , 43 anos, chegou ao local das provas poucos minutos ap�s o port�o ter fechado. Chorou, implorou, mas n�o conseguiu entrar. “Hoje n�o � meu dia, tive s�rios problemas em casa e fiz de tudo para chegar at� aqui. Eu n�o merecia isto, fui t�o bem nas provas ontem”, argumentava aos prantos. Giseli tamb�m buscava o Enem como certificado de conclus�o do ensino m�dio e para cursar psicologia.
A reda��o foi apontada pela maioria dos alunos que chegava � escola Municipal Padre Durval Secchs, como o “bicho pap�o” de hoje. Dentre os entrevistados, ela foi mais citada que a prova de matem�tica. Giovanni Fernandes, 21 anos, disse que leu muito sobre o uso de novas tecnologias e quest�es relacionadas ao homossexualismo. “Na matem�tica me garanto” disse o estudante que quer cursar sistema de informa��o, na Universidade Tecnol�gica Federal do Paran� (UTFPR).