Os estudantes do c�mpus Guarulhos da Universidade Federal de S�o Paulo (Unifesp) decidiram encerrar uma greve que durava cinco meses. O retorno dos alunos �s aulas foi aprovado na noite de quinta-feira, durante assembleia, por 334 votos a favor e 195 contra - a unidade tem cerca de 3 mil alunos. Os estudantes cobravam melhorias na infraestrutura do c�mpus e na assist�ncia estudantil.
Ainda n�o h� previs�o para a volta definitiva �s atividades, uma vez que os pr�prios professores tamb�m encerraram a greve na semana passada. Os alunos iniciaram a paralisa��o no dia 22 de mar�o, pouco depois do in�cio do primeiro semestre letivo. A maioria dos alunos teve cerca de duas semanas de aula.
O longo per�odo de paralisa��o pode comprometer a entrada de novos calouros no c�mpus, no pr�ximo ano. O reitor da Unifesp, Walter Albertoni, j� dissera ao Estado que a paralisa��o poderia at� cancelar o pr�ximo vestibular.
O c�mpus de Guarulhos abriga a Escola de Filosofia, Letras e Ci�ncias Humanas (EFLCH) e oferece seis cursos de gradua��o, todos da �rea de Humanas. A unidade � a maior da Unifesp, que hoje conta com seis c�mpus. Criado em 2007, � tamb�m o que mais sofre com problemas de infraestrutura.
Alunos e professores esperam h� anos pela constru��o do pr�dio principal - os envelopes do edital para a constru��o do pr�dio ocorrer� na segunda-feira, dia 27 (mais informa��es nesta p�gina). Por falta de espa�o, v�rias aulas s�o dadas em uma escola municipal vizinha ao c�mpus. J� h� o receio que n�o haja condi��es para abrigar novos alunos.
Reivindica��es
Para o aluno de Filosofia Michael Melchiori, de 25 anos, a greve terminou por quest�es internas entre alunos e professores. "Os problemas de estrutura e de transporte p�blico s�o grav�ssimos. O c�mpus � abandonado", afirma Melchiori. De acordo com ele, as salas de aula ficam em frente ao local de constru��o do novo pr�dio. "Vai ficar invi�vel ter aula."
A universidade quer evitar que os alunos convivam com a obra e busca um pr�dio provis�rio para alugar enquanto o novo pr�dio ser� constru�do. A reitoria diz que est� aguardando a posi��o de "muitas imobili�rias" sobre novas op��es de pr�dios para loca��o durante as obras, que t�m dura��o prevista de 18 meses. Em rela��o ao transporte, a Unifesp vai investir R$ 140 mil mensais na opera��o de uma linha de �nibus entre o Metr� Itaquera e o c�mpus.
Ainda segundo Melchiori, a pauta do movimento grevista est� sendo respondida. "O MEC declarou de utilidade p�blica um terreno pr�ximo ao c�mpus, para construir a moradia universit�ria e a creche." A nova �rea, ainda em processo de desapropria��o, no entanto, n�o deve abrigar salas de aula.
Volta �s aulas
Segundo o diretor acad�mico do c�mpus de Guarulhos, Marcos Cezar de Freitas, a Congrega��o da EFLCH se reuniu na quinta-feira para iniciar o planejamento da reposi��o das aulas. O �rg�o tem at� a pr�xima sexta-feira, dia 31, para apresentar "cen�rios poss�veis". "Tudo que foi parado ser� reposto, desde o in�cio da greve dos alunos", diz. Ele afirma ser "imposs�vel" responder neste momento se o ingresso de novas turmas no primeiro semestre de 2013 est� comprometido. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.