Faltam vagas em creches e escolas de educa��o infantil

O relat�rio divulgado ontem, ter�a-feira, pela Organiza��o para Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE), aborda a falta de vagas em creches e em escolas de educa��o infantil, problema comum nas grandes cidades. De acordo com o estudo, apesar de o Brasil ter aumentado as taxas de escolariza��o nessa fase, as taxas de atendimento s�o bem menores que as registradas na m�dia dos pa�ses considerados.

Se se forem consideradas as crian�as de 3 anos de idade, por exemplo, o porcentual delas que est�o matriculadas em creches subiu de 21% em 2005 para 32% em 2010, um n�mero bem abaixo da m�dia dos pa�ses da OCDE, que � de 66%.

O mesmo se repete na observa��o da garantia de escolariza��o para as crian�as de 4 anos. Apesar de o Brasil ter aumentado de 36% para 55% o porcentual de atendimento, o �ndice � bem menor que os 81% da OCDE.

“Na compara��o com os outros pa�ses, o Brasil � um dos que t�m maior disparidade entre os investimentos no ensino superior em rela��o � educa��o infantil”, explica Eduardo Queiroz, presidente da Funda��o Maria Cec�lia Souto Vidigal. “Ao fazer isso, o Pa�s ignora que o investimento na primeira inf�ncia � o melhor que se poderia fazer.”

Queiroz cita um estudo do economista James Heckman e do professor Fl�vio Cunha que mostra que 93% da diferen�a de desenvolvimento cognitivo aos 13 anos de idade j� est� presente aos 5. Eles mostraram que interven��es educacionais feitas durante a primeira inf�ncia com crian�as de baixa renda possuem taxa de retorno bem superiores a investimentos feitos em idades posteriores. Trata-se de uma das metas do Plano Nacional de Educa��o, que prev� universalizar, at� 2016, o atendimento da popula��o de 4 e 5 anos, e ampliar, at� 2020, a oferta de educa��o infantil para atender a 50% da popula��o de at� 3 anos.