Bras�lia – O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An�sio Teixeira (Inep), Luiz Cl�udio Costa, considerou nesta sexta-feira "significativa" a redu��o da taxa de analfabetismo entre pessoas com 15 anos de idade ou mais, entre 2009 e 2011. Os dados s�o da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
A m�dia nacional de analfabetismo caiu de 9,7% para 8,6% no per�odo. A maior propor��o de analfabetos ainda � verificada na Regi�o Nordeste, mesmo com queda na taxa de 18,8% para 16,9%. “A redu��o mostra que o Brasil est� caminhando para alcan�ar a Meta de Dakar [estipulada pelo F�rum Mundial de Educa��o de Dakar, em 2000, e que deve ser alcan�ada at� 2015] de reduzir para 6,5% os �ndices de analfabetismo no pa�s. Temos que comemorar a redu��o”, disse.
Segundo Costa, a dificuldade em erradicar o analfabetismo entre a popula��o com mais velha acontece, entre outros motivos, por barreiras culturais. “Atingir pessoas com a faixa et�ria alta � dif�cil, mas essa queda mostra que os trabalhos d�o resultado. Nos �ltimos anos, as quedas n�o foram como esper�vamos. � uma maratona, mas estamos falando de uma redu��o de mais de um ponto percentual. A escurid�o das letras deixou de existir para essas pessoas”, analisou.
Luiz Cl�udio Costa calcula que 1,2 milh�o de pessoas foram alfabetizadas no per�odo da pesquisa e destacou que os esfor�os do MEC devem ser concentrados na Regi�o Nordeste. “Os programas dos estados e munic�pios v�m trabalhando de forma integrada com o governo federal, mas sabemos que para continuar com redu��es significativas � necess�rio concentrar esfor�os e aumentar investimentos. � uma obriga��o do governo e direito de aprender do cidad�o.”
Outro dado analisado pelo presidente do Inep � o impacto do rendimento familiar na matr�cula da pr�-escola. Segundo a Pnad, enquanto 69,1% das crian�as de 4 e 5 anos com renda familiar per capita de at� um quarto do sal�rio m�nimo estavam na escola, a propor��o sobe para 88,9% na faixa de renda superior a um sal�rio m�nimo. “Por esse motivo, a constru��o de creches � tida como priorit�ria pelo governo da presidenta Dilma Rousseff. Precisamos oferecer as creches para todas as classes sociais. As m�es precisam ter seus filhos na escola para trabalhar.”
Costa destacou ainda o investimento previsto pelo governo federal de R$ 7,6 bilh�es para abertura de 6 mil creches at� 2014, como forma de diminuir o impacto negativo da renda familiar na educa��o infantil.