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Estado de Minas

Ci�ncia sem Fronteiras muda imagem do Brasil em Portugal, dizem alunos em interc�mbio


postado em 01/12/2012 15:11

A presen�a cada vez maior de estudantes brasileiros em Portugal tem feito com que a imagem do Brasil – distorcida muitas vezes por causa de clich�s e estere�tipos – mude aos olhos dos lusitanos. Na avalia��o de estudantes do Programa Ci�ncia sem Fronteiras, alunos e professores de grandes institui��es portuguesas t�m se deparado com uma nova vis�o do Brasil a partir da viv�ncia com os bolsistas.

“A gente est� mostrando um outro lado do Brasil para eles”, diz Maiara Sakamoto Lopes, aluna de engenharia ambiental na Universidade Estadual Paulista (Unesp, Rio Claro), que, desde setembro, estuda na Universidade de Lisboa.

“A vis�o que eles [os portugueses] t�m � a do Tropa de Elite e a do Carandiru [filmes brasileiros que abordam a viol�ncia]. Achei curioso, eles vieram perguntar onde h� mais favela - se � no Rio ou em S�o Paulo. Sempre perguntam de futebol e acham que no Brasil s� tem ax�”, lamenta a estudante. Estigmas e clich�s � parte, o Brasil tem sido “muito bem visto” por causa do Ci�ncia sem Fronteiras, avalia a bolsista. “Eles sabem que os estudantes est�o aqui por incentivo do governo.”

Aluno de enfermagem da Universidade Federal do Esp�rito Santo (UFES), Elias Dias faz gradua��o-sandu�che na Universidade de Coimbra. “Em uma aula sobre sa�de da mulher e sa�de da crian�a eu dei informa��es sobre o nosso SUS [Sistema �nico de Sa�de] que eles [colegas e professores portugueses] n�o conheciam. N�o h� um sistema assim aqui.”

Para alguns bolsistas, al�m de melhorara imagem do Brasil no exterior, o Programa Ci�ncia sem Fronteira elevaa autoestima dos brasileiros. “O complexo de vira-lata que [o dramaturgo e cronista] N�lson Rodrigues dizia nunca foi t�o falso”, diz Gabriel dos Passos Gomes, estudante de qu�mica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e bolsista na Faculdade de Ci�ncias da Universidade de Lisboa.

Segundo ele, o contato com os alunos e professores portugueses e de outras partes do mundo na institui��o � interessante para comparar a forma��o e a capacidade dos brasileiros.

“N�o somos menos capazes”, avalia, destacando que o estudante brasileiro � autodidata e “aprende a se virar muito bem”. De acordo com o aluno, uma das diferen�as do ensino entre os dois pa�ses � que, em Portugal, as aulas aliam teoria e pr�tica. “N�o temos aula para praticar no Brasil com acompanhamento do professor. Isso faz falta”, diz Gabriel.

“Pude ver aqui a aplicabilidade do que aprendi”, confirma Aline Pacheco Albuquerque, estudante de qu�mica industrial na Universidade Estadual da Para�ba (Campina Grande). Assim como Gabriel, ela � bolsista na Universidade de Lisboa e lembra que, no Brasil, n�o teve “aula para praticar”.

O paraibano Henrique Borborema, aluno de biologia da Universidade Federal da Para�ba, tamb�m elogia o modelo portugu�s. “O que a gente v� aqui na teoria a gente imediatamente v� na pr�tica, nos laborat�rios ou nos computadores”, conta. “Na minha universidade, e no Brasil, h� essa defici�ncia de a teoria ficar �s vezes solta”, completa.

Os estudantes entrevistados acreditam que o comportamento extrovertido dos brasileiros favorece o relacionamento com colegas e professores. “Eles [os estudantes portugueses] n�o perguntam tanto. �s vezes est�o l�, sem entender, e n�o perguntam”, observa a estudante Aline Albuquerque.

Para a presidenta da Associa��o de Pesquisadores e Estudantes Brasileiros em Coimbra (Apeb-Coimbra), Viviane Carrico, a maior aproxima��o do brasileiro ocorre porque “o contato institucional no Brasil � diferente” e menos formal.


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