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Estado de Minas

Candidatos tentam tudo por uma vaga no Sisu

Para reduzir a concorr�ncia e entrar numa universidade p�blica, estudantes adiam sonhos, se inscrevem em qualquer curso e longe de casa. Primeira chamada vai sair na segunda-feira


postado em 12/01/2013 06:00 / atualizado em 12/01/2013 07:19

Gisele trocou medicina por ciências biológicas. Jéssica manteve o curso e trocou Juiz de Fora por Ouro Preto(foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
Gisele trocou medicina por ci�ncias biol�gicas. J�ssica manteve o curso e trocou Juiz de Fora por Ouro Preto (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press)
Gisele Soares de Carvalho, de 18 anos, n�o pretendia estudar ci�ncias biol�gicas. Maysa Jehanne Vieira, de 17 anos, nunca tinha imaginado se formar em ci�ncias cont�beis. Mas foram esses os cursos que as estudantes marcaram como primeira op��o no Sistema de Sele��o Unificada (Sisu), cujas inscri��es terminaram ontem. No site do sistema, que seleciona candidatos para institui��es p�blicas de ensino superior com base na pontua��o do Exame Nacional do Ensino M�dio (Enem), as notas de corte para cada curso e turno eram atualizadas diariamente. Angustiados com as constantes mudan�as nas listas de classifica��o, muitos alunos abriram m�o das carreiras que realmente queriam, na tentativa de assegurar logo uma vaga.


Desde crian�a, Gisele planeja se formar em medicina. No in�cio das inscri��es do Sisu, ela concorria a uma vaga na gradua��o da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). Como segunda op��o, havia se inscrito para engenharia qu�mica na Universidade Federal de Vi�osa (UFV). Depois, ao ver que as notas de corte dos dois cursos excediam sua pontua��o no Enem, a mo�a pesquisou alternativas e acabou mudando tudo. A primeira op��o passou a ser ci�ncias biol�gicas na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a segunda, engenharia ambiental na Universidade Federal do Paran� (UFPR). “Medicina � um sonho mais distante, � muito dif�cil passar, n�o me preparei o suficiente. E quero passar r�pido. � ansiedade mesmo”, explica.

Gisele sabe que morar em outro estado pode ser um desafio doloroso, mas ainda prefere essa alternativa a ficar fora da universidade. “Ficar longe da fam�lia seria a pior parte, mas talvez eu gostasse”, considera. Por�m, ela ainda n�o desistiu de realizar seu sonho. “A ideia � me formar e, no futuro, fazer medicina”, planeja. Para saber em que posi��o estava nas listas de classifica��o, a jovem visitava o site do Sisu todo dia. “Essas mudan�as me deixavam muito ansiosa”, lembra. A ansiedade dominava tamb�m J�ssica Ribeiro, de 18, a cada vez que visitava a p�gina virtual do Sisu. Ela n�o mudou o curso, que continuou sendo ci�ncias biol�gicas. No entanto, desistiu de concorrer � Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e � UFV, juntou-se � Ufop. “� que a nota de corte da UFJF estava muito alta e tive que descartar”, explica.

Ang�stia

A princ�pio, Maysa Jehanne Vieira, de 17, tentaria engenharia civil na UFU e, como segunda op��o, arquitetura em uma federal do Rio de Janeiro. Depois, viu que a pontua��o no Enem era insuficiente. “Olhei todas as faculdades que ofereciam engenharia e arquitetura, no pa�s inteiro, mas em nenhuma conseguiria entrar”, diz. Ent�o, a primeira op��o passou a ser ci�ncias cont�beis, tamb�m na UFU. “Nunca tinha imaginado estudar isso, n�o acho que seria feliz nesse curso. S� faria para n�o parar de estudar, at� conseguir passar em engenharia civil”, explica. Ela tamb�m alterou a segunda op��o: passou a concorrer a uma vaga no Instituto Federal do Tri�ngulo Mineiro.

As notas de corte altas n�o fizeram Jorge Dinis Neto, de 24, desistir do sonho de cursar medicina. Ele deixou de concorrer � Ufop e, como segunda op��o, � UFV. “Pesquisei todos os estados. No come�o, havia alguns em que eu tamb�m seria aprovado, mas as notas foram aumentando”, conta. O jeito foi se candidatar �s universidades federais do Acre (Ufac) e do Piau[i (UFPI).

Justi�a d� a mineira acesso � reda��o

O Tribunal Regional Federal concedeu ontem � estudante mineira Taissa Magalh�es, de 20 anos, o direito de acesso � corre��o da prova de reda��o do Enem. A ju�za Mara Lina Silva do Carmo, do Distrito Federal, acatou pedido de liminar contra o Inep, criando a possibilidade de que a aluna questione os crit�rios de avalia��o.


O advogado da estudante, Paulo Kumaira, disse, se dorem constatados erros na corre��o, vai entrar com mandado de seguran�a para garantir a melhor posi��o da aluna no Sisu e na segunda etapa do vestibular da UFMG. Taissa se surpreendeu com a nota de 560 em reda��o. Ela concorre a uma vada de medicina da UFMG.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Regi�o (TRF4) j� havia derrubado ontem a segunda liminar que liberava o acesso antecipado � corre��o da reda��o do Enem e suspendia a divulga��o dos resultados e o prazo de inscri��es no Sisu. A liminar havia sido concedida pela Justi�a Federal de Bag� (RS) a um estudante.

O resultado da primeira chamada do Sisu ser� divulgado segunda-feira. Os convocados devem se matricular de 18 e 22. A segunda chamada est� prevista para o dia 28, com matr�cula de 1º a 5 de fevereiro. Quase 1,8 milh�o de estudantes tinham se inscrito no Sisu at� a tarde de ontem. Neste ano, o sistema seleciona candidatos para 101 institui��es p�blicas. Eles concorrem a 129.319 vagas em 3.752 cursos.

Disputa amanh� na UFMG

"Estou revisando, fazendo exerc�cios. Acho que n�o vai ser dif�cil passar", B�rbara Barcellos, candidata a ci�ncias biol�gicas (foto: T�lio Santos/EM/D.A Press)
A segunda etapa do vestibular 2013 da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) come�a amanh� e segue at� o dia 20. As provas ser�o nos turnos da manh� e da tarde, no c�mpus Pampulha e em Montes Claros, a depender da op��o feita pelo candidato ao inscrever-se no concurso, que considera a nota do Enem. Dos 18.732 convocados, 711 s�o treineiros e 18.021 disputam 6.670 vagas em 76 cursos. Em Belo Horizonte, far�o provas 17.950 inscritos, enquanto Montes Claros receber� 782 candidatos. Na capital, cursinhos preparat�rios d�o aulas at� hoje e muitos alunos continuam a estudar em ritmo acelerado.

Candidata a uma vaga no curso de ci�ncias biol�gicas, B�rbara Barcellos, de 20 anos, pretende aproveitar at� o �ltimo instante para assimilar conte�dos que podem ser cobrados nas provas. “Vou estudar hoje e segunda tamb�m. S� vou descansar amanh�”, diz, sorrindo. Ela explica que, h� cerca de um m�s, intensificou os estudos. No cursinho pr�-vestibular em que se matriculou, ela fica cerca de nove horas di�rias. “E ainda estudo em casa. Estou revisando, fazendo exerc�cios. Acho que n�o vai ser dif�cil passar”, ressalta.

Por sua vez, Polyanne Oliveira, de 17 anos, n�o mostra tanta confian�a. “Estou vivendo um dos momentos mais dif�ceis da minha vida”, revela a jovem, que busca uma vaga em engenharia de produ��o. �s vezes, o nervososismo � t�o grande que ela sente enjoos e vomita. “Estou muito sens�vel, choro ou brigo por qualquer coisa”, relata. Assim como B�rbara, Polyanne n�o diminuiu o ritmo de estudos nos �ltimos dias. Ela chega ao cursinho �s 7h e, por conta pr�pria, estuda at� as 11h. As aulas come�am �s 13h e s� acabam �s 17h30. Em casa, ela s� descansa a partir das 22h. “Estou revisando os assuntos, lendo resumos. Estou me concentrando em qu�mica, mat�ria em que tenho mais dificuldade”, destaca. (TH)


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