Escolas de tempo integral em SP ter�o novo curr�culo

Criadas em 2006, as escolas de ensino fundamental de tempo integral do Estado de S�o Paulo v�o passar pela primeira reformula��o curricular. A ideia foi fortalecer o aprendizado de l�ngua portuguesa e matem�tica e possibilitar que as disciplinas diversificadas possam ser escolhidas pelas escolas. Entram oficinas como educa��o financeira e sexualidade e somem, por exemplo, filosofia e empreendedorismo social.

As mudan�as ser�o implantadas na volta �s aulas nas 297 escolas que j� estavam no programa e n�o migraram para o novo modelo estadual de ensino integral, criado em 2012 para o ensino m�dio e estendido para o ciclo 2 do fundamental a partir deste ano.

As escolas de ensino integral criadas em 2006, na outra gest�o do governador Geraldo Alckmin (PSDB) sofreram uma s�rie de cr�ticas ao longo dos anos. Ainda hoje havia casos de falta de material e inadequa��o de pr�dios, transtornos que eram mais graves quando o projeto foi iniciado. Na �poca, o governo estadual implementou de uma s� vez o modelo em 500 escolas - algumas reclama��es chegaram � Justi�a, com a suspens�o do programa em algumas escolas.

No modelo anterior, o curr�culo era mais separado entre as disciplinas b�sicas e as oficinas, oferecidas sempre no contraturno. A nova diretriz, publicada no s�bado no Di�rio Oficial do Estado, prev� uma integra��o maior. “A orienta��o � que as escolas busquem, sempre que poss�vel, diversificar a matriz curricular”, afirmou a secretaria em resposta � reportagem.

Ser�o obrigat�rias as chamadas atividades complementares. Nos ciclos 1 (de 1.º ao 5.º ano) e 2 (de 6.º ao 9.º ano), est�o previstas hora da leitura, produ��o de texto e experi�ncias matem�ticas. L�ngua estrangeira tamb�m � obrigat�ria, estando classificada como “oficina” no anos iniciais e vinculada �s atividades complementares no ciclo 2. Nos anos finais, tamb�m ser�o obrigat�rias oficinas de orienta��o de estudos.

O novo curr�culo define outros dez temas para as oficinas curriculares, que podem ser obrigat�rias ou eletivas, de acordo com o que vai definir a escola. As oficinas v�o de atividades art�sticas e esportivas, que j� eram previstas anteriormente, �s novas educa��o financeira, para o tr�nsito, �tnico-raciais, direitos humanos e at� sexualidade. Nos anos iniciais, as escolas dever�o ter pelo menos oito das dez oficinas e nos finais, pelo menos seis.

Profissionais

Para dar aulas nas oficinas mais espec�ficas, o Estado informou que a reformula��o curricular prev� uma descri��o detalhada do profissional que atuar� em cada oficina. “H� professores j� formados e outros que dever�o passar por forma��o”, completa a secretaria. A pasta afirma que tem capacidade de atender a necessidade de quantidade de professores, mas pondera. “� preciso aguardar a conclus�o da atribui��o de aulas para verificar se haver� necessidade de contrata��o.”

O modelo foi sendo enxugado com o passar dos anos. Quando Alckmin assumiu o governo em 2011, depois da gest�o de Jos� Serra, do mesmo partido, j� encontrou 399 escolas no sistema. No final de 2011, eram 309. Segundo a secretaria de Educa��o, a reorganiza��o do curr�culo tem objetivo de torn�-lo mais atrativo. � resultado de um processo que come�ou em 2011 e contou com a colabora��o de dirigentes e supervisores de ensino de todo o Estado.