Enquanto representantes das escolas e professores da rede particular n�o se resolvem sobre o calend�rio escolar do ano que vem, pais dos alunos de institui��es particulares sofrem com a impossibilidade de se programar para as f�rias de julho. Eles reclamam que, sem uma defini��o, n�o podem marcar as datas das pr�prias f�rias e, inclusive, ficam impedidos de comprar pacotes de viagem ou passagens com anteced�ncia. Ainda nesta semana, representantes da Federa��o das Associa��es de Pais e Alunos de Escolas de Minas Gerais prometem se reunir para cobrar a divulga��o do calend�rio. De acordo com o presidente da entidade, Nilo Furtado Teodoro, a mudan�a de �poca do recesso � dispens�vel. “Alterar o per�odo do recesso muda a vida de toda a fam�lia. O que vai ocorrer � que pais e filhos ter�o f�rias em �pocas diferentes”, diz.
Outra cr�tica do presidente em rela��o a qualquer altera��o no calend�rio se refere � qualidade da reposi��o. Caso as aulas sejam suspensas nos dias de jogos em Belo Horizonte e tamb�m nas partidas da Sele��o Brasileira, as escolas devem oferecer aulas normais na reposi��o e n�o apenas atividades extraclasse ou gincanas, diz ele.
Tentando adiantar-se a qualquer mudan�a, o Col�gio Santo Ant�nio j� est� elaborando modelos de calend�rio. A institui��o trabalha a princ�pio com o recesso em julho, entre os dias 15 e 30, como prev� a conven��o coletiva assinada neste ano. Por outro lado, n�o descuida da possibilidade de que o recesso ocorra antes, para atender � Lei da Copa. “Aguardamos o acordo sindical. Entendo que � complicado definir isso agora, porque n�o sabemos como ser� o cen�rio em Belo Horizonte no ano que vem. Se teremos manifesta��es, como estar� o tr�nsito. Tudo tem que ser levado em considera��o”, diz o diretor geral e pedag�gico do col�gio, frei Jacir de Freitas Faria.
Mostrando-se ainda em d�vida, o diretor diz que o ideal seria ter o recesso no per�odo da Copa, respeitando os 200 dias letivos. Mas entende tamb�m ser poss�vel manter o calend�rio j� previsto e suspender as aulas nos dias de jogos e usar os s�bados como compensa��o. Sem repostas para o impasse, o diretor diz ser constantemente questionado pelos pais de alunos nos corredores do col�gio. “As pessoas querem saber, querem se programar para o momento de descanso com suas fam�lias”, afirma.
"Espero que, com criatividade, escolas e professores possam encontrar uma boa sa�da, que n�o cause tanto impacto na vida das fam�lias. O melhor para todos ser� o que for avisado antes",�der Coradi, pai de Helena e Jo�o Victor, alunos do Col�gio Santo Ant�nio (foto: Beto Magalh�es/EM/D.A Press)
Pai de dois alunos matriculados no Santo Ant�nio, o contador �der Coradi, de 49 anos, pede que, independentemente da decis�o a ser tomada, a defini��o do calend�rio saia o quanto antes. Ele afirma que assim poder� se programar no trabalho para aproveitar o recesso de julho com a fam�lia no interior de Minas. “Espero que, com criatividade, escolas e professores possam encontrar uma boa sa�da, que n�o cause tanto impacto na vida das fam�lias”, diz. Ele admite ainda n�o ter se decidido sobre qual seria a melhor data, mas tem uma certeza: “O melhor para todos ser� o que for avisado antes.” Escolas P�blicas
A pol�mica do calend�rio de 2014 ainda n�o chegou �s escolas da rede p�blica de ensino. As secretarias Municipal e Estadual de Educa��o est�o em fase de discuss�o para definir as propostas apresentadas aos professores em rela��o ao pr�ximo ano letivo. Em Belo Horizonte, a decis�o pode ser anunciada at� dia 20, por meio de portaria. O governo do estado ainda n�o se posicionou sobre uma eventual data.
O que diz a lei
Lei nº 12.663, de 5 de junho de 2012
Art. 64. - Em 2014, os sistemas de ensino dever�o ajustar os calend�rios escolares de forma que as f�rias escolares decorrentes do encerramento das atividades letivas do primeiro semestre do ano, nos estabelecimentos de ensino das redes p�blica e privada, abranjam todo o per�odo entre a abertura e o encerramento da Copa do Mundo Fifa 2014.
