Ideb aponta piora no ensino m�dio do pa�s, mas alcan�a meta de anos iniciais

Dados do �ndice de Desenvolvimento da Educa��o B�sica (Ideb), divulgados nesta sexta-feira (5/9) em coletiva de imprensa, revelam que o Brasil superou as metas propostas pelo Minist�rio da Educa��o (MEC) para 2013 relativas aos ciclos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), mas n�o alcan�ou as metas estabelecidas para o fim do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e para o ensino m�dio. Os �ndices apontam piora no ensino m�dio do pa�s em rela��o ao ano de 2011.

Na rede privada, o �ndice nacional caiu 0,3 ponto, passando de 5,7 para 5.4. A rede estadual manteve o mesmo �ndice (3,4), assim como a rede federal (5,6). Em rela��o ao ensino fundamental em territ�rio nacional, nos anos iniciais (1º ao 5º ano), o �ndice subiu 0,3 ponto em rela��o � 2011, enquanto que, nos finais (6º ao 9º ano), a melhora foi de apenas 0,1 ponto – totalizando 5,2 e 4,2 pontos, respectivamente.

N�meros locais
No ensino m�dio, os �nicos estados que superaram a meta foram Amazonas, Piau�, Pernambuco, Rio de Janeiro e Goi�s. Mato Grosso do Sul teve �ndice igual ao estabelecido pela meta. Goi�s obteve nota de 3,8 no Ideb e figura na primeira posi��o entre as unidades da Federa��o. Em 2011, ocupava a 5ª posi��o e, em 2009, estava na 16º coloca��o. Os outros estados e o DF ficaram abaixo do esperado.

Franciso Soares, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An�sio Teixeira (Inep), respons�vel pelo Ideb, destacou que o �rgao est� trabalhando em indicadores capazes de medir a forma��o dos docentes. O ministro da Educa��o, Henrique Paim, afirmou que "� preciso rever o ensino m�dio no pa�s" e atribuiu o resultado ruim dos anos finais dos ensinos fundamental e m�dio � infraestrutura e � forma��o dos professores.

Paim disse ainda que 250 mil professores de escolas p�blicas est�o na universidade e que a melhora no ensino requer amplia��es em investimento e gest�o. O ministro citou ainda o custo anual de um aluno de ensino m�dio para os cofres p�blicos, de R$2,7 mil, e o papel do Plano Nacional de Educa��o, que, segundo ele, p�e o MEC em papel central para uma poss�vel reforma educacional.

Como o Ideb � calculado
A nota varia de 0 a 10. O Ideb � calculado a partir de dois componentes: taxa de rendimento escolar (aprova��o) e m�dias de desempenho nos exames padronizados aplicados pelo Inep. Os �ndices de aprova��o s�o obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente pelo Inep. As m�dias de desempenho utilizadas s�o as da Prova Brasil (para Idebs de escolas e munic�pios) e do Saeb (no caso dos Idebs dos estados e nacional).

Envio das notas �s escolas
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An�sio Teixeira (Inep) esclarece que os resultados da Prova Brasil j� foram encaminhados �s escolas e aos secret�rios estaduais e municipais de educa��o para valida��o. Os recursos apresentados, mais de 300, foram analisados pelo Inep e ap�s a comunica��o aos interessados, os valores do Ideb para escolas e sistemas de ensino foram calculados e est�o sendo finalizados para divulga��o. Portanto, � desprovida de qualquer fundamento a ila��o de que os resultados do IDEB estariam retidos na Casa Civil, pois esta n�o os recebeu. Divulgar os resultados � responsabilidade do Inep e do Minist�rio da Educa��o.