
Est� oficialmente aberta a temporada do Exame Nacional do Ensino M�dio (Enem). Com o in�cio das inscri��es, �s 10h de ontem, candidatos a uma vaga no ensino superior come�aram a contagem regressiva para as provas, marcadas para 25 e 26 de outubro. Com o cadastro feito, estudantes apertam ainda mais o ritmo de prepara��o, em busca do melhor desempenho na t�o concorrida prova, que no ano passado teve mais de 9,5 milh�es de inscritos, contra 7,8 milh�es em 2013. Para os candidatos de primeira viagem, fica a expectativa sobre os testes, considerados longos e cansativos. Quem caminha para anos seguidos de Enem acumula experi�ncia, mas est� tendo que mudar estrat�gias para n�o cometer os mesmo erros que atrapalharam o rendimento.
Para esse p�blico, o desafio � ainda maior. Mas a regra � persistir e ter confian�a. De acordo com o diretor pedag�gico do Chromos Pr�-Vestibular, Aim� Sampaio, cada aluno tem uma trajet�ria de ensino, mas h� uma regra para todos: “Vale a pena investir um tempo maior da vida para realizar o sonho de ingressar em uma universidade federal”. Para otimizar o processo, o professor diz que � importante rever as estrat�gias que n�o deram certo e continuar apostando nas pr�ticas de sucesso. Aim� diz que n�o � poss�vel abrir m�o da frequ�ncia regular e pontualidade nas aulas, al�m de participar dos simulados. “Aplicamos provas de teste nos mesmos dias da semana e hor�rios do Enem e com quest�es de perfil semelhante, para o aluno chegar preparado para o exame. No mais, � preciso ter calma, controlar a ansiedade e persistir na aprova��o”, diz.
Segundo o diretor de ensino do Col�gio e Pr�-Vestibular Bernoulli, Romeo Fernandes Domingues, o tempo m�dio para aprova��o nos cursos mais concorridos, como medicina e algumas engenharias “mais puxadas”, � de dois anos. “Mas � comum, para essas �reas que exigem notas mais altas, que alunos fa�am tr�s ou quatro provas do Enem at� conseguirem uma vaga na universidade”, afirma Romeo. O diretor explica, no entanto, que � preciso entender por que a aprova��o exige mais tempo, para que n�o haja cobran�as injustas do pr�prio candidato ou de familiares. “Na maioria dos casos, isso ocorre porque o aluno n�o cursou ensinos fundamental e m�dio de qualidade. Depois, faz o Enem e tenta uma �rea muito disputada. Para chegar l�, vai precisar de mais prepara��o do que o colega que adquiriu uma boa bagagem de ensino”, diz.
“O primeiro ano, e �s vezes at� o segundo, serve para equilibrar essas falhas de aprendizado, seja porque a escola n�o cumpriu todo o conte�do ou porque o aluno n�o levou a s�rio. No ano seguinte, ele adquire velocidade para as provas, fica bem-treinado e mais experiente”, afirma. Uma boa dica, na avalia��o do diretor, � mudar a estrat�gia de estudo. Romeo explica que o aluno deve perceber onde erra, em quais conte�dos tem mais dificuldade e focar nessas �reas. Ele destaca ainda: “� preciso estudar conte�do, mas dar foco tamb�m a atualidades, treinar reda��o, ler muito e dar valor a tem�ticas nacionais que estejam em evid�ncia”, diz.

� o que Guido Meireles, de 21, est� tentando fazer. Candidato ao curso de medicina, o jovem vem de escola p�blica, onde reconhece ter enfrentando dificuldades. “N�o � � toa que hoje tenho dificuldade em f�sica. No primeiro ano, chegamos a ficar o ano todo sem professor dessa disciplina. E n�o houve reposi��o”, conta. Segundo o candidato, depois de n�o ter tido sucesso na prova no fim do ensino m�dio, ele fez um ano de cursinho em Ipatinga, onde morava, e, neste ano, se matriculou em um pr�-vestibular da capital para tentar seu terceiro Enem. “Tenho consci�ncia de que ainda estou correndo para me recuperar do preju�zo. Se n�o passar, vou fazer cursinho s� por mais um ano e serei flex�vel na escolha de um curso menos disputado”, contou. Para corrigir os erros do passado, o jovem disse ter focado seus estudos na �rea de exatas, para equilibras as m�dias.
Aluna do pr�-vestibular G8, na Savassi (Regi�o Centro-Sul), a estudante Rebeca Santos Garcia, de 19, adotou uma nova forma de estudo, depois de j� ter feito quatro provas do Enem (duas como treineira e duas disputando). Preparando-se para mais um exame, a jovem, que busca uma vaga de medicina, diz que rev� todo o material no livro antes mesmo da aula, para aproveitar o momento com o professor. A �rea de linguagens (portugu�s, literatura e l�ngua estrangeira) sempre foi o ponto fraco da estudante, e, por isso, ela est� se concentrando nesses conte�dos este ano, bem como em reda��o. “Fa�o quatro por semana. Estou confiante que neste ano vou passar”, disse ela, em seu primeiro ano no cursinho.
Ciente das dificuldades, o estudante do Col�gio Magnum, Igor Assis, de 17, aproveita os simulados para treinar estrat�gias. “No dia a dia, estou privilegiando as �reas de linguagens e humanas, em que tenho mais dificuldade. Mas, nas provas para treinamento, come�o pelo caderno que tenho mais facilidade, para ganhar tempo e seguir com otimismo. Perder tempo em uma quest�o pode atrapalhar toda a prova”, afirma o rapaz, cuja meta s�o as universidades p�blicas. “Elas t�m uma reputa��o melhor no mercado e, al�m disso, a escola particular � muito cara”, disse.
Cefet oferece 100% das vagas pelo Sisu
O Centro Federal de Educa��o Tecnol�gica (Cefet) aderiu ao Sistema de Sele��o Unificada (Sisu) e, a partir do primeiro semestre de 2016, passa a ofertar 100% das vagas de gradua��o por meio do programa. Isso significa que, para concorrer a uma vaga no primeiro semestre de 2016, os interessados dever�o ter participado da edi��o 2015 do Exame Nacional do Ensino M�dio (Enem) e, depois, se inscrever no Sisu. Ao fim do per�odo de inscri��es, ser�o selecionados os candidatos mais bem classificados dentro do n�mero de vagas em cada curso.
Segundo a diretora de Gradua��o, professora Ivete Peixoto Pinheiro, quase todas as institui��es federais j� aderiram ao Sisu e o ingresso do Cefet-MG contribui para estabilizar o processo, ao concentrar o n�mero de candidatos em uma s� sele��o. “A prova �nica disponibiliza mais vagas para os candidatos, o que torna o processo mais atrativo”, completa. A ades�o integral foi aprovada em 30 de abril. O processo foi gradual: em 2011, foram 20% das vagas e em 2015, a oferta foi ampliada para 50%. A partir do primeiro semestre de 2016, ser� ofertada a totalidade das vagas.
Programe-se
Confira informa��es fundamentais para quem vai fazer as provas
Inscri��o
Exclusivamente pela internet, at� as 23h59 de 5 de junho de 2015
Dados de contato (e-mail e telefone) devem estar atualizados para comunica��es
Altera��o nos dados cadastrais, op��o de cidade de provas ou de l�ngua estrangeira ser�o permitidas apenas no per�odo de inscri��o
Cart�o de confirma��o
Estar� dispon�vel para impress�o na p�gina do participante (enem.inep.gov.br/participante) e informa sobre: N�mero de inscri��o, data; hora; local de realiza��o das provas; Indica��o do(s) atendimento(s) especializado(s) e/ou do(s) atendimento(s) espec�fico(s), se for o caso; op��o de l�ngua estrangeira e solicita��o de certifica��o, se for o caso.
As provas
Quatro provas objetivas de 45 quest�es cada e uma reda��o
24 de outubro de 2015 (s�bado) Ci�ncias humanas e suas tecnologias; Ci�ncias da natureza e suas tecnologias
Tempo de prova: 4h30
25 de outubro de 2015 (domingo) Linguagens, c�digos e suas tecnologias; Reda��o; Matem�tica e suas tecnologias
Tempo de prova: 5h30
No dia da prova
Os port�es de acesso s�o abertos �s 12h e se fecham �s 13h, hor�rio de Bras�lia.
Recomenda-se que todos os participantes cheguem ao local de prova at� as 12h (hor�rio oficial de Bras�lia), j� que ser� proibida a entrada ap�s o fechamento dos port�es
Mudan�a nesta edi��o
Depois que os port�es se fecharem, �s 13h, diversos procedimentos de seguran�a ser�o realizados e as provas s� ter�o in�cio �s 13h30
IMPORTANTE!
Verifique com anteced�ncia, na p�gina do participante, a valida��o da inscri��o e o local de realiza��o das provas. Fa�a o trajeto at� o local com anteced�ncia e evite atrasos no dia da aplica��o