
O que � gentileza urbana? Para a estudante Larissa Capovilla Rocha, de 14 anos, � muito mais do que um gesto de cidadania: � sin�nimo de uma vida melhor em sociedade. Assim como ela, as tamb�m estudantes Let�cia Nat�lia Camargos, de 16, e Gi�lia Monteiro Silva Gomes Vieira, de 17, t�m autoridade para falar do assunto. As tr�s foram as vencedoras, cada qual em sua categoria, da segunda edi��o do Pr�mio Jornal na Escola, promovido pelo Estado de Minas e pelo Centro Universit�rio UNI-BH.
Larissa, aluna do primeiro ano do ensino m�dio do Coleguium Ouro Preto, conta que sempre gostou de escrever. E o concurso serviu para mostrar que ela tem talento para isso. “Acho que � essencial para a nossa vida em sociedade ser gentil. A cidade precisa muito disso. A gente observa a falta de gentileza em v�rios aspectos, como no tr�nsito, o que atrapalha muito”, afirmou a estudante.
Vencedora da Categoria 3, Giulia Monteiro Silva Gomes Vieira, de 17, estuda na mesma rede de ensino e disse ter se surpreendido com o resultado. “N�o esperava ser a vencedora. Mas n�o foi um trabalho penoso, pois o assunto � muito interessante. A gentileza urbana deveria ser mais discutida. As pessoas precisam saber tratar melhor umas �s outras. Algumas s�o gentis, outras n�o, e muitas s� de vez em quando”, afirmou.
A entrega dos pr�mios para os nove alunos selecionados, os tr�s primeiros em cada categoria, ocorreu na �ltima ter�a-feira, no audit�rio do Teatro Ney Soares, no Centro Universit�rio UNI-BH. Os 90 finalistas, familiares e representantes das escolas se emocionaram durante a solenidade. O concurso de reda��o incentivou pr�ticas de leitura e escrita entre estudantes do ensino m�dio do estado. Centenas de participantes foram orientados no processo de escrita por professores das respectivas institui��es.
A comiss�o julgadora avaliou 771 reda��es produzidas por estudantes vinculados a 44 escolas que se inscreveram. As institui��es inscritas receberam exemplares gratuitos do EM, tiveram acesso digital ao conte�do do jornal e puderam disponibiliz�-lo aos seus alunos. Al�m de assinatura digital e certificado de participa��o, os vencedores receberam pr�mios como bolsas de estudos de gradua��o ou gradua��o tecnol�gica, iPhones, iPads e notebooks.
Com a palavra, as premiadas
Trechos das reda��es vitoriosas
Larissa Capovilla Rocha
Categoria 1 – 1º ano do ensino m�dio
“Torna-se claro que n�o somente a sociedade � um reflexo da soma de a��es individuais, como tamb�m o sujeito � a proje��o da sociedade em que vive. Se todos trabalharem em prol da coletividade, a sociedade orientar� atitudes que visem sempre � preocupa��o com o pr�ximo, de modo que se exer�a a cidadania como forma de contribui��o social, visto que, ao cumprir seus direitos e deveres para com os outros, os indiv�duos estabelecem a uni�o e interdepend�ncia que gera a coes�o social.”
Let�cia Nat�lia Camargos
Categoria 2 - 2º ano do ensino m�dio
“Gentileza urbana � ter a humildade para admitir que as pessoas s�o interdependentes. � ter a sabedoria de ser cidad�o e a simplicidade de lutar pelo bem do coletivo. � preservar o espa�o comum e todos os que est�o nele. Gentileza � mudar, todo dia um pouco, a hist�ria de um pa�s. Existe um rastro de gentileza em cada ‘Bom dia!’, em cada prefer�ncia dada ao pedestre. Atos generosos n�o ser�o escritos nos livros, mas eternizar�o um legado.”
Giulia Monteiro Silva Gomes Vieira
Categoria 3 – 3º ano do ensino m�dio
“Projetos como a distribui��o de alimento e roupas a moradores de rua e comunidades carentes; mutir�es de reforma e revitaliza��o de espa�os p�blicos depreciados; visitas a hospitais, asilos e creches; iniciativas de cursinhos comunit�rios e doa��o de sangue s�o exemplos mais reconhecidos socialmente como formas de gentileza urbana. Contudo, ela tamb�m se encontra em movimentos mais delicados e menos emergenciais, como as trocas de livros em pontos de �nibus, os post-its com mensagens positivas espalhados pela cidade, sistemas de carona, distribui��o de flores e abra�os, valoriza��o da arte de m�sicos de rua e o ato de segurar a mochila de quem est� em p� no �nibus.”