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Estado de Minas

Brasil cai em ranking mundial de educa��o e est� entre os piores desempenhos

Em compara��o com os demais pa�ses, o Brasil ocupa a 63� posi��o em ci�ncias; a 59� posi��o em leitura e a 65� posi��o em matem�tica


postado em 06/12/2016 09:03 / atualizado em 06/12/2016 10:42

Brasil está estacionado entre os piores desempenhos do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa)(foto: Suami Dias/ GOVBA)
Brasil est� estacionado entre os piores desempenhos do Programa Internacional de Avalia��o de Estudantes (Pisa) (foto: Suami Dias/ GOVBA)

O Brasil est� estacionado entre os piores desempenhos do Programa Internacional de Avalia��o de Estudantes (Pisa), de acordo com os resultados da avalia��o de 2015, divulgados nesta ter�a-feira pela Organiza��o para a Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE). O Pisa mediu o conhecimento dos estudantes de 72 pa�ses em leitura, ci�ncias e matem�tica. Nas tr�s, a m�dia dos estudantes brasileiros ficou abaixo da dos demais pa�ses. Em matem�tica, o pa�s apresentou a primeira queda desde 2003, in�cio da s�rie hist�rica da avalia��o.

Em ci�ncias, a m�dia do Brasil foi 401 pontos, enquanto a m�dia dos pa�ses da OCDE foi 493. Em leitura, o pa�s obteve 407 pontos, abaixo dos 493 pontos dos pa�ses-membros da OCDE e em matem�tica, o desempenho brasileiro foi de 377 contra 490 da OCDE.

De acordo com os crit�rios da organiza��o, 30 pontos no Pisa equivalem a um ano de estudos. Isso significa que, em m�dia, os estudantes brasileiros est�o cerca de tr�s anos atr�s em ci�ncias e leitura e mais de tr�s anos em matem�tica.
O Pisa testa os conhecimentos de estudantes de 15 anos de idade em matem�tica, leitura e ci�ncias. A avalia��o � feita a cada tr�s anos, e cada aplica��o � focada em uma das �reas. Em 2015, o foco foi em ci�ncias, que concentrou o maior n�mero de quest�es da avalia��o.

Participaram da edi��o do ano passado 540 mil estudantes que, por amostragem, representam 29 milh�es de alunos dos pa�ses participantes. A avalia��o incluiu os 35 pa�ses-membros da OCDE, al�m de economias parceiras, como o Brasil. No pa�s, participaram 23.141 estudantes de 841 escolas. A maior parte deles (77%) estava matriculada no ensino m�dio, na rede estadual (73,8%), em escolas urbanas (95,4%).



Ranking

Em compara��o com os demais pa�ses, o Brasil ocupa a 63ª posi��o em ci�ncias; a 59ª posi��o em leitura e a 65ª posi��o em matem�tica. O ranking considera 70 economias - foram exclu�das a Mal�sia e o Cazaquist�o, que n�o seguiram as mesmas regras de amostragem dos demais pa�ses, o que n�o permite a compara��o.

No topo do ranking de ci�ncias est�o Cingapura (556), o Jap�o (538) e a Est�nia (534). Em leitura est�o Cingapura (535), Hong Kong (China), o Canad� (527) e a Finl�ndia (526). Em matem�tica, Cingapura tamb�m aparece em primeiro lugar, com 564 pontos, seguida de Hong Kong (548) e Macau (China), com 544 pontos. 

A OCDE pondera que as condi��es socioecon�mica do Brasil e dos pa�ses da OCDE s�o diferentes. Enquanto no Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita considerado no estudo � de US$ 15,9 mil, a m�dia da OCDE � de US$ 39,3 mil por habitante. Os pa�ses-membros da organiza��o tamb�m investem mais por estudantes dos 6 aos 15 anos, US$ US$ 90,3 mil, enquanto no Brasil esse gasto � de menos da metade, 38,2 mil.

Outros pa�ses, no entanto, como a Col�mbia, o M�xico e o Uruguai gastam menos por estudante que o Brasil e tiveram um desempenho melhor em ci�ncias - respectivamente, 416, 416 e 435 pontos. O Chile, que gasta o mesmo que o Brasil, tamb�m obteve uma pontua��o maior, de 447.

Minist�rio da Educa��o


Na avalia��o da secret�ria executiva do Minist�rio da Educa��o, Maria Helena Guimar�es de Castro, o resultado geral do Brasil "� muito ruim em compara��o at� com pa�ses que t�m investimento menor que o nosso em educa��o e, inclusive, um n�vel de desenvolvimento inferior ao do Brasil. Pa�ses como a Col�mbia e o M�xico, que tinham um desempenho parecido e agora ja superaram o Brasil", afirma.

De acordo com Maria Helena, � poss�vel "dar um salto de qualidade" desde que haja pol�ticas p�blicas adequadas. Segundo ela, a forma��o de professores � chave nesse processo. Ela aposta na defini��o da Base Nacional Comum Curricular para melhorar o ensino. A base vai definir o m�nimo que estudantes devem aprender, desde o ensino infantil at� o ensino m�dio. O documento, que est� em discuss�o para o ensino m�dio e em fase final de elabora��o para as demais etapas, vai orientar tamb�m a forma��o dos professores.

"Acho que o Pisa � bom relat�rio para que se entenda as enormes dificuldades do pa�s, que n�o melhora a educa��o b�sica e, ao mesmo tempo, pensa em melhorar a economia. S� vai conseguir melhorar [a economia] se melhorar a educa��o b�sica", acrescenta.


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