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Estado de Minas

Quanto maior a escolaridade, melhores s�o as oportunidades salariais

Trabalhador com ensino superior completo recebe 5,7 vezes mais do os profissionais com outros n�veis de escolaridade


postado em 14/08/2018 11:24 / atualizado em 15/08/2018 12:01

Quanto maior a escolaridade, melhores são as oportunidades salariais(foto: Educa Mais Brasil)
Quanto maior a escolaridade, melhores s�o as oportunidades salariais (foto: Educa Mais Brasil)

Diante do elevado n�mero de desempregados do pa�s, a falta de oportunidade atinge de forma desigual diferentes grupos sociais. Ter conclu�do o ensino superior � um grande diferencial. E, apesar do diploma n�o trazer a certeza da inser��o no mercado de trabalho, ele coloca o trabalhador em uma posi��o de vantagem salarial. 


Segundo dados do estudo feito pelo pesquisador Sergio Firpo, professor do Insper - institui��o de ensino superior e pesquisa, um trabalhador com diploma pode ganhar at� 5,7 vezes mais do os profissionais com outros n�veis de escolaridade. Essa diferen�a salarial � tamb�m consequ�ncia dos efeitos provocados pela crise econ�mica brasileira. 


Os n�meros que deram suporte ao estudo foram extra�dos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lio (Pnad) e tiveram como base o rendimento mensal habitual do trabalho principal de brasileiros com mais de 14 anos. Hoje, um trabalhador que concluiu a faculdade recebe, em m�dia, R$ 4 mil, enquanto um trabalhador com at� um ano de estudo ganha, em m�dia, R$ 850. A diferen�a entre os dois rendimentos foi de 471% - maior do que no ano passado, quando a diferen�a foi de 443%. 


Segundo afirma��es de Sergio Firpo h� uma piora nesse quadro, embora ela seja lenta. O especialista salientou que � importante lembrar que esse diferencial j� foi maior, sobretudo nos 90 e no in�cio dos anos 2000. Em 2012, esses n�meros tamb�m eram negativos. Os mais escolarizados ganhavam em m�dia quase 500% a mais que os que tinha at� um ano de estudo. 


O que piora ainda mais essas estat�sticas � quantidade de pessoas que, por falta de op��o, vivem na informalidade. Esse � caso de Elaine Silva, 36 anos, que s� estudou at� o ensino m�dio e foi demitida em janeiro do seu emprego como balconista, na empresa em que trabalhou por 12 anos. Elaine est� h� sete meses procurando por um emprego formal e, assim como Firpo, tamb�m acredita que a crise � o principal fator para essas demiss�es e para a dificuldade de recoloca��o no mercado de trabalho. 

 
Elaine estava conseguindo se manter por conta do seguro desemprego, mas esse � o �ltimo m�s que ter� direito ao benef�cio. Para ter como arcar com os seus gastos durante os pr�ximos meses, decidiu partir para a informalidade. "Vou vender roupa infantil. Ainda n�o pude calcular quanto ser� a minha renda a partir de agora, mas eu recebia R$ 1.300 de seguro desemprego", assegurou. 


Andrey Oliveira, 22 anos, vive uma realidade diferente. Formando desde o in�cio de 2018, o jornalista s� levou dois meses para conseguir se inserir no mercado. Trabalhando h� seis meses no atual emprego, est� satisfeito por estar atuando em sua �rea. "Fico feliz que tenha dado certo. As coisas n�o est�o f�ceis, mas acredito que facilita para quem investe de verdade nos estudos".

Pouca escolaridade X Maior Dificuldade 


� fato que os candidatos menos escolarizados enfrentam um mercado mais restrito. Dados da �ltima Pesquisa Nacional Por Amostra de Domic�lios (Pnad) revelaram que, no primeiro trimestre deste ano, a ocupa��o para os trabalhadores sem instru��o ou com menos de um ano de ensino recuou 19,9% na compara��o com o mesmo per�odo de 2017. Entre os brasileiros que conclu�ram o ensino m�dio, a ocupa��o cresceu 2% neste ano e, para os trabalhadores com ensino superior, o avan�o foi de 5,3%. Os dados apresentados pela Pnad abrangem empregos formais e informais. 


Embora, a realidade ainda seja preocupante, no primeiro semestre de 2018, o Brasil criou mais de 340 mil vagas formais de emprego, ou seja, vagas com carteira assinada. Esses dados s�o do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) da base do Minist�rio do Trabalho e emprego (MTE). Entretanto, houve uma perda de postos de trabalho formais em todos os n�veis de escolaridade abaixo do ensino m�dio, o que confirma novamente, que quanto menor a escolaridade maior a chance de ficar desempregado.


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