
Em uma sala de aula da educa��o b�sica � poss�vel encontrar alunos que aprendem qualquer assunto de forma bem r�pida e outros que n�o conseguem acompanhar o ritmo dos colegas. No geral, todos correm o risco de tirar nota baixa uma vez ou outra. Mas, quando isso ocorre com frequ�ncia, pais e respons�veis devem ficar atentos. E caso o diagn�stico de dificuldade de aprendizagem seja confirmado, interven��es se tornam necess�rias. Acompanhamento psicopedag�gico, psicol�gicos e at� uso de medica��es controladas s�o alguns dos recursos poss�veis. Mas h� tamb�m tratamentos alternativos, como o Neurofeedback.
Desenvolvido h� mais de 50 anos, o Neurofeedback consiste, inicialmente, em analisar o funcionamento do c�rebro. Afinal, o centro das aten��es � o c�rebro, �rg�o vital localizado dentro da caixa craniana, que comanda os pensamentos, mem�rias, humores, emo��es e comportamentos, como um maestro de uma orquestra. A partir de uma avalia��o fisiol�gica de Eletroenc�falografia (EEG) � que o profissional vai verificar as disfun��es que podem ser trabalhadas. Segundo Wolff, o c�rebro tem diversas �reas e cada uma delas � respons�vel por uma fun��o no funcionamento do corpo. "Se um cliente precisa relaxar para fazer uma prova, existem lugares espec�ficos do c�rebro respons�veis para ajudar a estabilizar o seu humor e aquietar seu corpo", exemplificou.
Conectado a um computador, o paciente tem suas ondas cerebrais medidas em tempo real com ajuda de eletrodos e equipamento de �ltima gera��o. O processo n�o � invasivo e totalmente indolor porque n�o h� corrente el�trica vindo do aparelho para o sujeito. Com crian�as, o atendimento tamb�m � realizado de forma l�dica, ou seja, utilizando jogos, v�deos e brincadeiras. Desta forma, o treinamento cerebral � visto pela crian�a como um jogo, onde ela tem o objetivo de atingir pontos. "O paciente fica sentando em frente ao computador, coloco os eletrodos em lugares do c�rebro que precisamos trabalhar e a pessoa ter� acesso a um v�deo, m�sica ou jogo. Em seguida, pe�o que ela siga os feedbacks positivos, caso o mesmo esteja atingindo a frequ�ncia necess�ria receber� respostas positivas em suas a��es", explicou.
Cada paciente precisar� de um protocolo diferente dependendo da sua situa��o pessoal e necessidades. O Neurofeedback � muito �til no tratamento de depress�o, enxaquecas, transtornos obsessivos compulsivos, ins�nia, mem�ria e principalmente crian�as com TDAH - Transtorno do D�ficit de Aten��o com Hiperatividade. De acordo com a necessidade de cada caso, ser� definido um protocolo personalizado contendo o n�mero de sess�es a serem realizadas. Em geral, s�o necess�rias, no m�nimo, 20 sess�es.
O treinamento cerebral acontece em sess�es terap�uticas individuais. "Junto ao trabalho fisiol�gico, tamb�m criamos com o paciente alguns objetivos para que esse sujeito entenda o que est� mudando na sua vida comportamental. Esses objetivos precisam ser alcan��veis, observ�veis e alinhados com o tr�nsito biol�gico", pontuou o psic�logo.
Segundo Yuri, profissionais de sa�de, como m�dicos e psic�logos, podem se especializar no Neurofeedback, ferramenta que tem se tornando cada vez mais conhecida. "Existem muitas pessoas que v�o ao m�dico em busca de solu��o de suas quest�es buscando rem�dios, mas tamb�m, vemos pessoas que n�o querem aderir a esse tipo de tratamento por conta dos efeitos colaterais. No Neurofeedback, a mudan�a vem do pr�prio sistema", destaca. Em 2013, a Associa��o Americana de Pediatria passou a recomendar o Neurofeedback como primeira alternativa aos pacientes com D�ficit de Aten��o. Quem experimenta a t�cnica sente as vantagens do m�todo ainda pouco conhecido no Brasil.