
Um estudo da Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT) alerta: a desigualdade entre homens e mulheres no trabalho n�o diminuiu. Permanece h�, pelo menos, 27 anos. A pesquisa revelou que o mercado de trabalho remunera cerca de 20% menos as mulheres quando comparadas com os profissionais do g�nero masculino, que exercem atividades compat�veis.�
Apesar de ser inaceit�vel que essa distin��o ainda exista, mulheres vem batalhando cada vez mais para combater essa desigualdade. O caminho para a mudan�a passa sempre pela busca do conhecimento e aperfei�oamento. Ol�via Kamio, 36 anos, sentiu necessidade e coragem para mudar de carreira. Formada em Sistemas de Informa��o, com MBA em Gest�o Empresarial e trabalhando com a Engenharia de Software, j� n�o estava mais feliz, quando sentiu a necessidade de dar uma virada na vida profissional. "Precisava resgatar minha confian�a para fazer essa mudan�a de carreira".�
A transforma��o na vida de Ol�via aconteceu quando conheceu a Escola ELAS. Focada no desenvolvimento pessoal de mulheres que desejam assumir posi��es de destaque nas empresas, em seus neg�cios ou na sociedade, a Escola Elas investe nas potencialidades do universo feminino. "Fiquei apaixonada! A escola trouxe muitas mudan�as internas e externas para minha vida. Consegui mudar de �rea e hoje atuo como profissional de Agile Coaching, que � um Coaching de m�todos �geis". Com novo �nimo e perspectivas, Ol�via mudou de carreira, mas n�o de empresa. "Em apenas tr�s meses, tive reconhecimento do meu papel e em seis meses ganhei um b�nus financeiro", comemora.�
Dados da �ltima pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) em rela��o � participa��o da mulher em cargos de ger�ncia no Brasil apontam que ELAS ocupam apenas 39,1% dessas posi��es, contra 60,9% de homens. Ainda de acordo com a pesquisa, em todas as faixas et�rias havia maior propor��o de homens ocupando os cargos gerenciais, o que se agravava nas faixas et�rias mais elevadas. Al�m disso, a desigualdade entre mulheres pretas ou pardas e os homens pretos ou pardos � maior do que entre as mulheres brancas e os homens brancos.
"Al�m de uma forte mudan�a cultural, quem t�m grande impacto e papel fundamental nesse processo s�o as empresas", defende Amanda Gomes, 38 anos, uma das fundadoras da ELAS. Para ajudar mulheres que desejam seguir uma carreira e alcan�ar os melhores cargos de lideran�a ou chefia, a Escola ELAS oferece cursos e consultorias focados no p�blico feminino. Os cursos geralmente s�o ministrados na cidade de S�o Paulo, mas j� houve turmas de workshop no Rio de Janeiro, Bras�lia e no estado de Minas Gerais.�
"Percebemos que no mercado n�o existia nada neste nicho, pois � um treinamento direcionado para desenvolver a lideran�a. Nosso trabalho � s� com as mulheres", destaca a cofundadora do ELAS, Carine Roos, 33 anos. Formada em Sociologia e Comunica��o Social, ela j� trabalha na �rea h� uma d�cada. "A escola existe h� pouco mais de um ano mas � fruto de muito estudo", acrescenta.�
O maior desafio da Escola ELAS � expandir a mensagem para outras regi�es do pa�s. "Afinal, temos objetivo de conscientizar as empresas dos benef�cios de ter um programa exclusivo para as mulheres. Isso, com certeza, vai fazer a diferen�a", ressalta Amanda, que � formada em Administra��o de Empresas.�
Atualmente, 30% do p�blico das iniciativas da Escola ELAS s�o de outros estados. Os cursos s�o presenciais. As inscri��es podem ser feitas pelo site https://programaelas.com.br/. "Acreditamos no impacto social positivo, As mudan�as s�o percept�veis, acontecem de dentro para fora. As mulheres que participam ficam mais leves e aumentam seu poder de influ�ncia nos ambientes em que convivem. � um trabalho de cura e transforma��o", define Carine.