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Estado de Minas MUNDIAL FEMININO

Segunda chance de t�tulo

Aposentada dos gramados em 96, as maiores conquistas da sueca Pia Sundhage enquanto t�cnica s�o as Ol�mpiadas de Pequim e Londres. No Mundial de 2011, foi vice


18/07/2023 04:00
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Pia Sundhage durante treino da Seleção Brasileira
Pia Sundhage � primeira mulher a atuar como treinadora da Sele��o Brasileira feminina em Copas (foto: Thais Magalh�es/CBF)


Sofia Cunha *

A Sele��o Brasileira Feminina de futebol inicia, na pr�xima segunda-feira, a luta pelo in�dito t�tulo da Copa do Mundo. Pela primeira vez, o comando da equipe, em Mundial, est� nas m�os de uma mulher: a sueca Pia Sundhage.

Ex-jogadora de 63 anos, ela nasceu em Ulricehamn, em fevereiro de 1960. Como treinadora, Pia conquistou duas Olimp�adas pelos EUA e chegou � Sele��o Brasileira em 2019. O bicampeonato ol�mpico com as norte-americanas � o maior feito da sueca como treinadora.

A participa��o dela no cen�rio do futebol come�ou como atacante. Pia vestiu as cores de times suecos e da Lazio, da It�lia, entre 1978 e 1996. Tamb�m atuou pela Sele��o de seu pa�s: esteve nas Copas de 1991 e de 1995, e na Olimp�ada de Atlanta'1996.

Como jogadora de clubes, Pia venceu o Campeonato Sueco de futebol feminino e a Copa da Su�cia quatro vezes. Al�m disso, foi uma das principais artilheiras da sele��o n�rdica – marcou 71 gols em 144 jogos.

Pia se aposentou dos gramados em 1996 e, apesar das conquistas, os ‘anos dourados’ dela no futebol foram como treinadora. A carreira na beirada do campo come�ou como auxiliar, logo ap�s se retirar como jogadora.

O primeiro trabalho como t�cnica foi em 2003, quando comandou o Boston Breakers, time feminino dos EUA. Depois, passou pelo Kolbotn, da Noruega, e pelo Karlslunds �rebro, da Su�cia, antes de chegar a uma sele��o.

J� em um selecionado nacional, a primeira experi�ncia de Pia foi na China. L�, trabalhou como auxiliar t�cnica da sele��o principal em 2007. Um ano depois, chegou ao comando dos Estados Unidos.

Com as estadunidenses, Pia Sundhage teve o melhor desempenho da carreira. Logo na primeira temporada, conquistou a Olimp�ada de 2008, em Pequim, na China.

Em 2011, os EUA perderam a final da Copa para o Jap�o, nos p�naltis. Mesmo assim, a sueca seguiu no comando e, um ano depois, venceu os Jogos Ol�mpicos de 2012, em Londres, na Inglaterra. Nesse ano, a sueca foi eleita a melhor treinadora pela Fifa.

A segunda conquista ol�mpica foi a despedida de Pia dos EUA. Ainda em 2012, a treinadora recebeu proposta da Su�cia e decidiu comandar a sele��o de seu pa�s. Por l�, levou a equipe ao vice-campeonato da Olimp�ada de 2016, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, Pia deixou o cargo ap�s ser eliminada da Eurocopa.

No Brasil

Ap�s dois anos sob o comando da Sele��o Sub-16 dos EUA, a Confedera��o Brasileira de Futebol (CBF) anunciou a contrata��o de Pia. Pela primeira vez, uma estrangeira assumia o comando da Sele��o Brasileira Feminina.

Ela foi a escolhida para substituir o ex-t�cnico Vad�o, que foi demitido pelo desempenho do Brasil na Copa do Mundo de 2019 – o time foi eliminado pela Fran�a, por 2 a 1, nas oitavas de final.

Na Olimp�ada de T�quio, em 2021, o Brasil caiu nas quartas de final para o Canad�, nos p�naltis. Pela terceira vez consecutiva, o pa�s n�o subiu ao p�dio na competi��o.

Apesar da derrota, Pia Sundhage seguiu na Sele��o por causa de todas as mudan�as que promoveu no futebol brasileiro. Em julho do ano passado, venceu a Copa Am�rica, o primeiro e �nico t�tulo desde que chegou.

Mudan�as no time

Neste ano, a Sele��o Brasileira obteve resultados importantes que indicam evolu��o. Pela Final�ssima (uma das iniciativas de interc�mbio firmadas entre Uefa e Conmebol para aproximar as entidades), o Brasil perdeu para a Inglaterra (quarta colocada no ranking da Fifa) nos p�naltis, depois do empate por 1 a 1 no tempo normal. Apesar da derrota nas penalidades, a atua��o nos 90 minutos animou os torcedores. Na sequ�ncia, o Brasil encarou a Alemanha, segunda no ranking, em amistoso, ganhando por 2 a 1.

A Sele��o Brasileira ocupa a oitava posi��o no ranking da Fifa. Em 2018, antes da chegada da treinadora, era a 10ª colocada.

Dentro de campo, � poss�vel notar organiza��o e, principalmente, renova��o. E n�o s� isso. O trabalho de Pia Sundhage � percept�vel para al�m das quatro linhas.

Desde que chegou, ela promoveu mudan�as estruturais – exigiu mais mulheres na comiss�o t�cnica e na pr�pria CBF, integrou os trabalhos de base da Sele��o, al�m de outros procedimentos rotineiros, como apresentar a import�ncia de psic�logos.

Pia tamb�m participa de reuni�es que discutem o desenvolvimento do futebol feminino e luta em prol da igualdade de pagamentos.

* Estagi�ria, sob supervis�o da subeditora Kelen Cristina

Enquanto isso...

Premia��o questionada

A Copa do Mundo feminina come�a nesta quinta-feira, e apesar de as jogadoras j� terem avan�ado em diversos sentidos de igualdade com os homens no esporte, a quest�o financeira segue sendo um ponto de diferen�a. A sele��o australiana fez uma cobran�a � Fifa sobre a premia��o destinada �s mulheres no Mundial. A a��o aconteceu por meio de um v�deo institucional das atletas. A premia��o do torneio chega aos R$ 529 milh�es, enquanto o disputado no final do ano passado pelos homens, no Catar, rendeu R$ 1,8 bilh�o. A informa��o � da "Sky Sports". Na federa��o australiana, as jogadoras v�o receber os mesmos pr�mios do que os homens, que ca�ram na fase oitavas de final na Copa do Mundo de 2022.


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