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Estado de Minas MUNDIAL FEMININO

Promessa de apoio total �s brasileiras

Brasileiros que moram na Austr�lia garantem recep��o calorosa �s jogadoras do time canarinho. Os dias de jogos da Sele��o ter�o pagode e "pipoquinha"


22/07/2023 04:00 - atualizado 21/07/2023 22:41
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Casal de brasileiros residentes na Austrália
O nutricionista paulista Eduardo Revito, de 37 anos, diz que os australianos parecem n�o estar no clima da competi��o, mas que nos jogos do Brasil a situa��o ser� diferente (foto: Arquivo pessoal)


Ailton do Vale
 
A partir da semana que vem, enquanto milh�es de pessoas acordar�o cedo no Brasil para assistir aos jogos da Sele��o na Copa do Mundo Feminina, do outro lado do mundo, na Oceania, outros tantos brasileiros j� estar�o em festa com churrasco, cerveja e pagode. A promessa desses torcedores que moram na Austr�lia � fazer a maior festa entre todas as na��es que disputam o Mundial. Mais animada, inclusive, do que a dos pr�prios anfitri�es.

“Eles (australianos) n�o t�m a mesma vibe do Brasil, nem de perto. Apesar de terem muitos campos de futebol amador e clubes pelas cidades, apesar de os imigrantes e descendentes de ingleses e irlandeses assistirem a muitos jogos, nem parece que est�o no clima da Copa. N�o � da cultura deles, apesar do crescente interesse. Voc� v� que o est�dio at� lotou na estreia da Sele��o da Austr�lia. Mas os jogos do Brasil ser�o diferentes”, prev� o nutricionista Carlos Eduardo Revito, de 37 anos, que nasceu em S�o Paulo, mas mora em Gold Coast, na costa leste da Austr�lia, h� quase cinco anos.

As celebra��es antes e ap�s os jogos ocorrer�o nos arredores dos est�dios das tr�s cidades (Adelaide, Brisbane e Melbourne) em que o Brasil disputar� jogos pela Grupo F, contra Panam�, Fran�a e Jamaica.

De acordo com a Embaixada do Brasil em Camberra, capital da Austr�lia, o �ltimo censo realizado em 2021 apontou que aproximadamente 46 mil brasileiros vivem no pa�s. Embora espalhados por todo o continente, eles t�m uma comunidade unida, especialmente na cidade de Brisbane, capital de Queensland, terceiro estado mais populoso do pa�s.

A cidade receber� a segunda partida da Sele��o Brasileira na Copa, diante da Fran�a, em um s�bado (29/7), a partir das 7h (de Bras�lia). O Brisbane Stadium, conhecido pelo apelido “The Cauldron” (O Caldeir�o, em tradu��o livre para o portugu�s), � o que tem a maior capacidade entre os tr�s est�dios em que o Brasil jogar� na fase de grupos. A comunidade brasileira promete presen�a expressiva nessa partida, e os ingressos para os principais setores j� est�o esgotados, como conta a estudante manauara Caroline Lins, de 25 anos, que faz interc�mbio em Gold Coast h� cinco meses.

“Vou (assistir ao jogo) com duas amigas brasileiras. Tem muita gente interessada em ir. Todo mundo quer ingresso e agora praticamente voc� s� pode comprar de outra pessoa, que desistiu de ir por algum problema. As pessoas informam nos grupos de Facebook e em outras redes sociais quando t�m algum ingresso sobrando, e os bilhetes saem como �gua. A comunidade brasileira � enorme, sempre estamos em contato, trocando informa��es”, ressalta.
Brasileira brinca com um canguru
A estudante de Manaus, Caroline Lins, de 25 anos, faz interc�mbio em Gold Coast e vai assistir a estreia do Brasil com duas amigas brasileiras (foto: Arquivo pessoal)

Gastos com a Copa

Os brasileiros que v�o aos jogos da primeira fase Copa do Mundo Feminina gastaram entre 10 e 40 d�lares australianos com os bilhetes – aproximadamente R$ 32 o ingresso para o setor mais barato e R$ 128 para o mais caro.

“Estou indo com minha namorada e mais dois amigos. At� o come�o deste m�s, ningu�m na cidade falava muito do jogo. Mas a� a Fifa come�ou a enviar e-mails comunicando sobre os ingressos e eu corri para comprar. Havia poucos setores, mas consegui muito barato. Muito barato mesmo comparando com outras partidas. Uma semana depois, come�ou uma loucura por ingressos. Os brasileiros deixaram para a �ltima hora e agora j� tem aqueles espertos vendendo em grupos at� por 100 d�lares australianos”, lamenta Carlos Eduardo.

Em rela��o � alimenta��o no est�dio, os torcedores j� esperam pre�os mais caros e pretendem comer fora da arena, com outros brasileiros.

“Vai ter uma festa da torcida brasileira, do movimento verde e amarelo, na rua do est�dio. Ent�o, vou acabar consumindo mais l�, antes e depois do jogo, do que dentro do est�dio. E vai ter uma festa de pagode ap�s a partida tamb�m”, destaca o paulista.

“Tenho certeza que ser�o valores mais elevados, mas j� vou preparada. Comer bem antes de ir, porque vida de estudante na Austr�lia n�o � f�cil, e a gente faz tudo para economizar. No m�ximo, vou consumir uma pipoquinha”, comenta Caroline Lins.

Brasileiros em outros jogos

Quem mora distante das cidades onde a Sele��o Brasileira jogar� na fase de grupos tamb�m n�o perder� a oportunidade de assistir a pelo menos uma partida da Copa do Mundo Feminina, mesmo que seja de outras sele��es.

� o caso da jornalista mineira Rosane Meireles, de 27 anos, que reside em Perth, maior cidade da Austr�lia ocidental, umas das metr�poles mais isoladas do mundo. Ela faz interc�mbio h� quatro meses no pa�s e vai acompanhar alguns jogos do Mundial Feminino.

“Os ingressos est�o baratos. Vou a tr�s jogos e comprei por 20 d�lares australianos cada. Nem tentei comprar para o jogo do Brasil porque os outros estados ficam longe demais para fazer um bate-volta”, salienta.

Praticidade e seguran�a

No clima da Copa do Mundo Feminina, dois grandes clubes ingleses disputaram um amistoso neste m�s, em Perth. Apaixonada por futebol, Rosane Meireles foi ao est�dio da cidade acompanhar a partida entre Tottenham e West Ham e conferiu um pouco da estrutura preparada para o futebol na Austr�lia.

“A organiza��o � muito boa. Sem tumulto para entrar, as pessoas se sentam no local em que compraram os ingressos. O que me deixou mais impressionada � que n�o tem aquela burocracia para validar o ingresso na catraca. Voc� mesmo coloca o c�digo de barras e pronto. Ficam alguns funcion�rios perto para ver se voc� tem algum problema, mas � super-tranquilo”, destaca.

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