
No seu primeiro ano como presidente do Conselho de Designers de Moda da Am�rica (CFDA), Tom Ford j� mostrou a que veio: quer recolocar Nova York no centro das tend�ncias. O estilista compactou a programa��o em seis dias e fez de tudo para atrair mais nomes significativos do territ�rio norte-americano. Pelo visto, o plano funcionou. A semana de desfilou termina com a sensa��o de que estamos diante do melhor da moda dos Estados Unidos.
O anfitri�o criou uma atmosfera de luxo underground, por assim dizer. A come�ar pelo lugar escolhido para o desfile: uma plataforma de metr� abandonada. Ford admitiu que est� com vontade de levar a moda streetwear para looks que est�o prontos para a festa. “Acho que � um momento de facilidade e, dessa forma, um retorno ao tipo de roupas esportivas luxuosas pelas quais os Estados Unidos se tornaram conhecidos em todo o mundo”, comentou.

Um dos looks que mais representa a cole��o combina blazer de cetim, microshort de gin�stica em seda e meia cal�a fina com um risco de cima abaixo. Suti�s de couro � mostra lembravam o estilo punk. Mas o estilista deixou mesmo o p�blico instigado com tops de pl�stico moldados no corpo das modelos, que evidenciavam as curvas dos seios.
Se a inten��o de Jeremy Scott era mesmo divertir o p�blico, conseguiu. Na passarela, a extravag�ncia (para n�o dizer cafonice) dos anos 1980, capaz de arrancar risos incr�dulos e saudosistas. Bem pr�ximo da cultura pop, o estilista norte-americano se inspirou no desenho animado Jem e as Hologramas para criar “uma banda pop sint�tica imagin�ria intergal�ctica no espa�o sideral”.
Explica-se: ao mesmo tempo em que resgata elementos da d�cada divertidamente over, a cole��o tem um ar de fic��o cient�fica. Ao usar tubos de tecido prateado como vi�s, Scott mostra tudo o que se espera de uma roupa futurista: volumes geom�tricos nos ombros e gola. O lado oitentista se revela atrav�s dos excessos, seja em mangas bufantes, babados, lantejoulas, couro metalizado, animal print em cores neon e, acreditem, um patchwork de calcinhas.

Um antigo banco em Wall Street se transformou em uma glamourosa casa noturna para o desfile da Ralph Lauren. De volta aos anos 1920, a marca investiu em decora��o no estilo art d�co, show ao vivo de jazz e roupa de gala na passarela. O traje n�o poderia ser menos que o cl�ssico smoking, que ganhou v�rias reinterpreta��es femininas em preto e branco e algumas pitadas de azul, vermelho e amarelo.
As mulheres usaram gravata borboleta, sim, mas em nenhum momento perderam a feminilidade. A modelagem do colete foi usada em um macac�o de frente �nica com decote profundo. O estilista levou a gola e os bot�es de camisa de smoking para uma blusa de organza com mangas fluidas e transpar�ncia nas costas. Em outro look, um robe de veludo entra no lugar do tradicional blazer. Ainda apareceram na passarela saias com aquela faixa de pregas na cintura.
FLORES J� que estamos falando de primavera, nada melhor que mostrar flores. H� um ano no comando da grife Carolina Herrera, Wes Gordon se inspirou na superflora��o da Calif�rnia para desenvolver a cole��o, marcada por um colorido explosivo, com amarelo, rosa e azul. “Nossa mulher ama cores e acho que o mundo precisa de tanta cor quanto poss�vel”, defende o estilista, que escolheu mostrar as roupas de dia e dentro de uma tenda transparente instalada no meio de um parque.
A novidade fica por conta dos vestidos curtos, que n�o eram comuns de se ver na era de Carolina. O estilista justifica dizendo que buscou diferentes formas encontradas na natureza. Gordon ainda levou frescor para o conjunto cl�ssico de camisa branca, saia ampla e cinto, que automaticamente nos faz enxergar a pr�pria fundadora. Chama a aten��o a delicadeza de pe�as com flores aplicadas.