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Estado de Minas Virada

Sonho antigo

Kelly Zamboni deixou uma carreira bem-sucedida na ind�stria farmac�utica para criar a marca Mis en Bouteille, a MIB, focada no slow fashion e na atemporalidade


23/05/2021 04:00 - atualizado 22/05/2021 20:06

(foto: Bouteille Brand/divulgação)
(foto: Bouteille Brand/divulga��o)
 
N�o h� outra maneira de definir o que Kelly Zamboni, de 36 anos, m�e de duas filhas, est� se sentindo desde que lan�ou a sua marca, a Mis en Bouteille Brand – ou MIB –, como a realiza��o de um sonho adormecido por muitos anos.
 
A nova empres�ria e estilista � ne�fita, nunca frequentou escola de moda, tampouco participou de qualquer comunidade fashion. Foi durante a pandemia, no entanto, que come�ou a se questionar quanto ao futuro profissional. Tais reflex�es passaram pela cabe�a de muita gente nesse per�odo, com a diferen�a de que Kelly passou do pensamento para a a��o muito rapidamente, para n�o perder o bonde da moda.
 
(foto: Bouteille Brand/divulgação)
(foto: Bouteille Brand/divulga��o)
 
 
Engatada em uma carreira de sucesso na Alcon, empresa especializada em sa�de ocular, ela n�o hesitou em trocar o certo pelo duvidoso, e anunciou a MIB no m�s passado, em uma live no instagram com a participa��o e endosso da influencer Raquel Mattar.
 
(foto: Bouteille Brand/divulgação)
(foto: Bouteille Brand/divulga��o)
 
 
O que foi apresentado corresponde ao idealizado pela diretora criativa: muita alfaiataria de qualidade, tecidos e materiais nobres – como tricoline, linho, seda, couro – pegada minimalista,  atemporalidade, tons mais neutros, tudo com um toque de jovialidade e uma pitada de moda destacada por cores fortes, degrad�s, detalhes em richelieu.
 
(foto: Bouteille Brand/divulgação)
(foto: Bouteille Brand/divulga��o)
 
 
Os vestidos bem femininos t�m destaque na cole��o, mas h� espa�o para o antigo salopete da inf�ncia, renovado para usar com blusa de mangas bufantes; para o blazer “masculino” entretelado, com ombreira; para a saia-l�pis em pelica, refer�ncia tradicional. “Brinco com uma cartela que tem shocking, laranja e amarelo forte, mas uso tamb�m o azul- marinho, acho elegante e distinto”, ressalta.
 
(foto: Bouteille Brand/divulgação)
(foto: Bouteille Brand/divulga��o)
 
 
A ideia inicial � lan�ar pequenas c�psulas com novidades constantes e atender ao Brasil inteiro por meio do e-commerce e das redes sociais. Kelly acredita ainda na for�a do boca a boca e tem resili�ncia suficiente para bancar uma empreitada que promete muitos desafios. “Comecei a pensar em uma mudan�a de vida h� cinco anos, quando minha filha mais velha nasceu e fui percebendo que estava faltando alguma coisa no meu mundo e que precisava buscar algo que me fizesse feliz”, ela conta.
 
Dois fatos marcantes a impulsionaram nessa dire��o: a perda de uma amiga querida e muito pr�xima e a rotina frequente de viagens de trabalho, que a mantinha longe do marido e das filhas. Foi nesse clima que, em determinado momento, por acaso, abriu o seu instagram e deu de cara com a Escola de Moda Denise Aguiar. 
 
(foto: Bouteille Brand/divulgação)
(foto: Bouteille Brand/divulga��o)
 
 
“Salvei o contato, liguei para l� e iniciei uma mentoria on-line, come�ando pela hist�ria da moda e outros conhecimentos te�ricos essenciais para me situar nesse universo at� chegar nas quest�es pr�ticas. Foi quando disse para a Denise que iria abrir minha marca, em plena pandemia, e que j� tinha o nome, Mis en Bouteille Brand – MIB”.
 
(foto: Bouteille Brand/divulgação)
(foto: Bouteille Brand/divulga��o)
 
 
A estilista explica que essa � uma frase que vem escrita em todas as garrafas de vinho franc�s e remete ao local onde ele foi engarrafado. “Eu sempre vi essa frase e achava muito legal, porque significa que tudo aquilo que tem dentro do vinho teve que ser colocado em uma embalagem. E o que significa um vinho? Algo elegante, chique, cl�ssico, poderoso, misterioso, que � tudo que a mulher �. N�s precisamos, em algum momento, externar isso e a MIB  tem esse prop�sito de ajudar as mulheres a externalizar todo esse poder que t�m dentro delas”, esclarece.

Versatilidade no vestir Naturalmente, o direcionamento da label tamb�m passa pela viv�ncia de Kelly com rela��o � moda. Ela sempre optou pela compra de marcas elegantes, que pudessem ser usadas no dia a dia do trabalho e em outros ambientes sociais tamb�m. “Gosto de estar arrumada, aprecio pe�as vers�teis e de qualidade, porque penso que, quando voc� se sente bem-vestida, maquiada, sua autoestima aumenta e isso traz, inclusive, melhor performance profissional. Tudo tende a dar certo. Nos meus treinamentos na empresa em que trabalhei, chamava a aten��o para os cuidados com a apresenta��o pessoal. Ent�o, meu objetivo com a MIB � deixar as mulheres lindas, n�o apenas para os momentos de festa, mas para viver o cotidiano”.
 
Por isso, um dos principais valores que ela tamb�m professa � a qualidade. “Penso em encontrar minhas roupas, um dia, em um brech�, porque, quando uma roupa � boa e atemporal, ela � eterna, tem um ciclo de vida longo, ser� apreciada e comprada por outras pessoas. E isso passa tamb�m pela �tica da sustentabilidade”.
 
Entre os preparativos para o lan�amento da primeira cole��o, a estilista enfrentou toda s�rie de desafios. De outubro para c�, desde que pediu demiss�o da Alcon, se viu envolvida em uma verdadeira maratona. Teve que montar uma equipe, encontrar fornecedores que combinassem com o que ela almejava para a MIB, f�bricas que acompanhassem a ideia, m�o de obra compat�vel. 
“Hoje, trabalho com tr�s f�bricas com o suporte de modelistas, cortadores e costureiras, que me entregam o produto pronto, mas ainda sonho, em mais tarde, ter uma f�brica e me voltar para o atacado. Apesar do progresso, me considero na fase de aprendizado e procurando ser uma boa aluna”, admite.
 
Para o Dia das M�es, Kelly preparou uma cole��o de pijamas fashion que esgotou completamente, com fila de espera. Com toda essa movimenta��o, n�o tem tempo para sentir saudades da ind�stria farmac�utica, onde atuou por 20 anos. Como representante da Alcon, ela n�o s� vendia equipamentos oftalmol�gicos, como lentes e pr�teses oculares, e dava treinamentos para equipes, mas tamb�m acompanhava cirurgias. Era quase uma m�dica especializada no assunto.
 
“Entrei para esse ramo por influ�ncia do meu irm�o, percebia que as pessoas eram bem-sucedidas, ganhavam bem. Ent�o, essa ascens�o profissional e financeira me fisgou e, como para ser admitida na �rea era necess�rio ter cursos de administra��o de empresas ou comunica��o, me encaminhei para a universidade.”
 
 Por�m, as lembran�as da av� costureira, das brincadeiras debaixo da m�quina de costura, do cheiro dos tecidos sendo cortados, dos retalhos com os quais vestia suas bonecas falaram mais alto. “Foi uma virada de chave e estou acreditando muito na minha aposta”, garante.


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