(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas MANTER E CRESCER

De pais para filhos: o que ensinam casos de sucess�o na moda

Segunda gera��o mostra que d� certo quando h� talento, muito interesse em aprender e amor pelo que se faz


23/07/2023 04:00 - atualizado 22/07/2023 19:45
685

A união de habilidades complementares é o que fortalece a marca de sapatos Luiza Barcelos, comandada pelos irmãos Lúcia, Luiza Márcia, Luiz e Rosa
A uni�o de habilidades complementares � o que fortalece a marca de sapatos Luiza Barcelos, comandada pelos irm�os L�cia, Luiza M�rcia, Luiz e Rosa (foto: Leca Novo/Divulga��o)
Sucess�o nunca � um assunto f�cil. Mas vive rondando as empresas. Ser� que a pr�xima gera��o vai se interessar pelos neg�cios da fam�lia? A seguir, casos bem-sucedidos no mercado da moda. De filhos que, n�o s� seguiram com o legado dos pais, como impulsionaram o crescimento das marcas. As hist�rias envolvem talento, muito aprendizado e amor pelo que se faz.
Enquanto lidava com o luto pela morte abrupta do pai, ele se inteirava dos neg�cios. Era o mais velho de oito filhos. Manoel Bernardes tinha 19 anos e estudava engenharia civil. Nunca tinha trabalhado fora, muito menos dispunha de conhecimento t�cnico para atuar no mercado de joias.
 
No dia seguinte ao enterro, ele, a m�e, um tio arquiteto e o irm�o mais velho se reuniram para discutir o que fazer. O perigo de a empresa se desmanchar era iminente, j� que Manoel Bernardes, o pai, era a alma da empresa de lapida��o, com�rcio atacadista de gemas brasileiras e produ��o de joias.

“No primeiro momento, tive muito medo de enfrentar uma situa��o que n�o conhecia, mas um deu a m�o para o outro e fomos trabalhando a favor do tempo”, conta.
 
Maria Rita Malloy (centro) só se despediu da Arte Sacra quando percebeu que as filhas Marcela, Renata, Fernanda e Carolina estavam prontas para levar a marca adiante
Maria Rita Malloy (centro) s� se despediu da Arte Sacra quando percebeu que as filhas Marcela, Renata, Fernanda e Carolina estavam prontas para levar a marca adiante (foto: Gustavo Marx/Divulga��o)
Naquela reuni�o, eles tomaram a decis�o de suspender o atacado e se voltar para o varejo. Um ano depois, em 1976, a Manoel Bernardes lan�aria um conceito moderno de joalheria, com atendimento individualizado em mesas.

Nas d�cadas seguintes, a empresa voltou a atender o atacado, associou-se a escrit�rios fora do Brasil, investiu na fabrica��o de joias exclusivas e agregou marcas internacionais de luxo da relojoaria, focando em um p�blico que valoriza o design.
  
Manoel, o filho, chegou a trabalhar como engenheiro civil por seis anos, depois fez arquitetura. Nesse meio tempo, passou por todas as �reas da empresa at� se estabelecer � frente dos setores de desenvolvimento de produto, marketing e comunica��o. Diz que nunca se sentiu obrigado a seguir esse caminho. Pelo contr�rio, se sente absolutamente satisfeito com as suas escolhas.
 
“Temos muito orgulho de termos levado adiante o legado do nosso pai, expandindo os neg�cios e tornando a empresa conhecida para o grande p�blico. Conquistamos o reconhecimento que ele merecia e n�o teve na �poca por ser o maior atacadista brasileiro de gemas”, comenta Manoel, que hoje divide a gest�o da empresa com mais quatro irm�os, cada um com a sua expertise.
 
Como já estava por dentro de todos os setores da empresa, Gustavo Rabello sucedeu a mãe, Iorane, com muita naturalidade
Como j� estava por dentro de todos os setores da empresa, Gustavo Rabello sucedeu a m�e, Iorane, com muita naturalidade (foto: Leca Novo/Divulga��o)
 Manoel, o pai, teria orgulho de ver todas as sementes que plantou dando frutos. Segundo o filho, os valores que ele deixou, de integridade, honestidade e solidariedade, s�o permanentes, a base da empresa, o que permite a conviv�ncia dos irm�os sem brigas.

Fora isso, a segunda gera��o herdou o amor pelas gemas brasileiras e avan�ou no desenvolvimento de um design brasileiro de joias, sem repetir modelos europeus. Esse olhar resulta em pe�as coloridas, com balan�o e formas originais.
 
Nesses quase 50 anos, desde a sucess�o, a empresa cresceu e aprimorou sua gest�o. Manoel compara: antes o comando estava nas m�os de uma �nica pessoa, intuitiva, um “furac�o que constr�i tudo”. Depois o trabalho passou a ser coletivo e baseado em crit�rios de efici�ncia.
 
No momento, eles preparam a chegada da terceira gera��o. “S�o eles que, de alguma forma, v�o perpetuar o legado da nossa empresa e os valores s�lidos ajudam muito em um mercado em constante muta��o”, comenta Manoel.

Por enquanto, seus dois filhos (um da �rea de inform�tica e outro advogado) n�o fazem parte dos neg�cios da fam�lia.

Habilidades complementares

Pouco tempo depois de montar uma f�brica de cal�ados femininos, em 1986, Dorinha Barcelos decidiu que a filha mais nova seria a estilista. Luiza M�rcia tinha 19 anos e estava na faculdade de design de interiores. No in�cio, ela achou que a m�e estava doida, que aquilo n�o fazia sentido, mas logo resolveu considerar a possibilidade.

Com a missão de levar adiante o legado de Helen de Carvalho (centro), Georgiana Mascarenhas assina o estilo e Stefânia responde pelo administrativo da Barbara Bela
Com a miss�o de levar adiante o legado de Helen de Carvalho (centro), Georgiana Mascarenhas assina o estilo e Stef�nia responde pelo administrativo da Barbara Bela (foto: Luiza Ananias/Divulga��o)
“Soube de um curso de dois anos de design de cal�ados na UFMG e falei: m�e, se der certo, vou ficar. Estou aqui at� hoje”, conta.
 
A fundadora da marca Luiza Barcelos preparou a sucess�o muito antes de pensar em parar de trabalhar. O neg�cio ainda estava engatinhando quando ela definiu as fun��es de cada um da fam�lia. Com o olhar de m�e, que conhece bem as qualidades dos filhos, soube direcion�-los para �reas espec�ficas, de onde n�o sa�ram mais.
 
Luiza, a criativa, assumiu o estilo e o marketing. Rosa, muito comunicativa, foi direcionada para o comercial. L�cia, organizada e met�dica, passou a cuidar da opera��o e do planejamento. Luiz era o menos “gastador”, por isso ficou no financeiro.

Intui��o de m�e n�o falha. Os filhos quiseram seguir a dire��o apontada por Dorinha e, juntos, impulsionaram o crescimento da empresa.

A fundadora batizou a marca com o nome da filha mais nova, mas a pr�pria Luiza considera que a “Luiza Barcelos” � uma outra pessoa, a fus�o dos quatro irm�os. Tanto que, para diferenciar, ela � chamada de Marcinha.

“Claro que existem as dificuldades, mas a uni�o de habilidades completamente diferentes e complementares � o que nos fortalece.”
 
O neg�cio deixou de ser apenas uma f�brica de cal�ados para agregar lojas de varejo (pr�prias e franquias), vendas no atacado e e-commerce, o que exigiu, ao longo das d�cadas, profissionalizar ainda mais a gest�o.

Manoel Bernardes
Manoel Bernardes (foto: Gustavo Arrais/Divulga��o)
Apesar de todo o crescimento, Luiza M�rcia diz que s�o os valores familiares que conduzem a empresa. Algo importante para Dorinha, que, h� 18 anos, quando faleceu, deixou uma carta escrita � m�o para os filhos, em que dizia que se sentiria homenageada se eles mantivessem e ampliassem cada vez mais sua obra.

Nem dos almo�os aos s�bados, que era uma tradi��o da matriarca, a fam�lia abre m�o.
 
Mais que isso, os herdeiros continuam a conduzir o neg�cio com o olhar vision�rio e o esp�rito desbravador de Dorinha.

Pelo ponto de vista do estilo, a filha que assina as cole��es mant�m as caracter�sticas que fizeram dos sapatos da marca um sucesso, como feminilidade, sofistica��o, aten��o aos m�nimos detalhes e criatividade.
 
Com a chegada da terceira gera��o, os irm�os j� come�am a planejar a sucess�o. Depois de passar por todas as �reas da empresa, as duas filhas de L�cia, Fernanda e Izabela, assumiram as �reas com as quais tinham mais afinidade. Enquanto uma cuida do varejo (lojas pr�prias e franquias), a outra administra o e-commerce.

M�e e professora

Georgiana Mascarenhas tem praticamente a mesma idade da Barbara Bela, marca que sua m�e, Helen de Carvalho, lan�ou em 1974. Com isso, cresceu no meio de alfinetes, linhas e m�quinas de costura.

Luiza Barcelos
Luiza Barcelos (foto: Leca Novo/Divulga��o)
Por vontade pr�pria, escolheu o curso de estilismo e se apaixonou ainda mais pela moda. A filha chegou a ter uma loja de decora��o, mas logo percebeu que seu lugar era ao lado da m�e. “Ela sempre me apoiou. Acho que toda m�e quer ver a empresa prosperando e dando continuidade com os filhos.”
 
M�e e filha trabalharam juntas por 18 anos. Georgiana diz que aprendeu muito com Helen, “uma pessoa admir�vel”, que era autodidata e fazia de tudo na empresa, comprava mat�ria-prima, desenhava, costurava e bordava as pe�as e ainda fazia a moulage. N�o copiava nem um modelo, criava roupas completamente diferentes de tudo que existia no mercado e vendia para o Brasil inteiro.
 
“Estou longe de ter talento dela, mas fui muito bem treinada para ter o mesmo olhar. Eu a acompanhava o tempo todo nas viagens, compras de mat�ria-prima e idealiza��o de cole��o. Ela foi a minha professora, aprendi tudo o que sei com ela”, reconhece.
 
No in�cio, a m�e era quem dava a dire��o. Com o tempo, a filha foi adquirindo experi�ncia, conhecendo a empresa e conseguiu trabalhar em todas as �reas, menos a financeira (que tamb�m n�o era a praia da m�e). Bom que a irm�, Stef�nia Mascarenhas, j� estava no setor administrativo.

Helen deixou a empresa h� oito anos. Foi se desligando aos poucos e a transi��o se deu naturalmente. Brincava que seu sonho era morar em uma praia de nudismo para n�o ter que pensar mais em roupa.

Arte Sacra
Arte Sacra (foto: Gustavo Marx/Divulga��o)
Na vis�o de Georgiana, mais que dar continuidade a um trabalho t�o primoroso, o maior desafio � profissionalizar gest�o. Para isso, elas contrataram uma empresa de consultoria e fizeram curso de sucess�o familiar.
 
“� muito responsabilidade tocar uma empresa de moda com quase 50 anos, de tanto reconhecimento, e continuar a criar desejo, ter qualidade e estar sempre � frente do tempo, com novidades.”

Ao mesmo tempo, ela se orgulha dessa continuidade, bem estruturada. A Barbara Bela � a �nica marca sobrevivente do Grupo Mineiro de Moda, que fez hist�ria no cen�rio nacional. J� est� na terceira gera��o de clientes e segue com o DNA de moda festa.
 
As s�cias (duas irm�s e uma prima) ainda n�o falam sobre sucess�o. A filha mais velha de Georgiana tem 19 anos, faz economia e ama moda, mas ainda n�o quer trabalhar na marca.

“A sucess�o n�o pode ser for�ada ou imposta. Moda tem que envolver paix�o e profissionalismo, n�o � para amadores. Diferentemente do que foi a nossa, a transi��o tem que ser profissional”, opina.

Impulso e intui��o 

Aos 18 anos, Gustavo Rabello tinha voltado de interc�mbio nos Estados Unidos e n�o sabia muito bem o que ia fazer da vida. Foi quando ouviu o chamado da m�e, Iorane Rabello: “Vem para a f�brica”. E ele aceitou.

Iorane
Iorane (foto: Lufree/Divulga��o)
“Mergulhei de cabe�a e, desde os primeiros dias, vi que gostava daquilo. Me descobri ali”, destaca o diretor da marca, que cresceu cercado pelo universo da moda. A av� comandava um ateli� de alta-costura e a m�e sempre teve confec��o de roupa.
 
Na �poca, as cole��es eram comercializadas por pedidos. A� veio a crise, muitos cancelamentos, dificuldades financeiras e Gustavo percebeu que a estrat�gia estava errada.

Sem capital de giro para bancar uma produ��o antecipada, ele sugeriu migrar para a pronta-entrega, isso h� 26 anos, e a Iorane foi pioneira nesse formato de neg�cio no Prado.
 
A partir da�, Gustavo assumiu toda a parte comercial e Iorane ficava por conta da produ��o. Segundo o filho, a m�e sempre foi muito aberta a ouvir sugest�es e trocar ideias. Tanto que a marca deu outro salto quando ele come�ou a levar informa��es do showroom para a f�brica.

“Como a nossa f�brica era pequena, consegu�amos atender quase que de imediato os desejos dos clientes, e isso foi uma virada do neg�cio. T�nhamos a roupa que o comprador queria na hora certa e fomos crescendo assim.”
 
Com o tempo, Gustavo foi se aproximando do estilo e passou a participar de tudo, desde a escolha dos tecidos at� a prova de roupa. Aprendeu muito com a m�e e ensinou tamb�m.

“A empresa cresceu muito com o meu olhar, a vontade de fazer acontecer sem grandes preocupa��es, sem medo de se arriscar. Quando voc� � jovem, faz as coisas guiado pelo impulso e intui��o”, analisa o diretor, que consegue somar o lado criativo e o comercial.
 
Barbara Bela
Barbara Bela (foto: Luiza Ananias/Divulga��o)
Iorane n�o est� mais na ativa h� sete anos. Gustavo conta que o processo de sucess�o foi bem tranquilo. Na verdade, nem houve o momento de passar o bast�o. Como ele j� estava totalmente integrado a todos os setores da empresa, tudo aconteceu com muita naturalidade.

A conviv�ncia intensa com a m�e foi importante para seguir sua hist�ria. O filho mant�m a cultura de ser uma empresa humanizada, que acredita e sempre ouve seus funcion�rios.
 
“O maior legado que ela deixou foi essa paix�o por moda. Fizemos muitos anos de viagens de pesquisas e foi muito rica a troca. Ela me ensinou a ter esse olhar para o novo e tenho uma enorme gratid�o.” Gustavo cuida de todas as �reas, mas passa pelo menos metade do dia no estilo.
 
Pensando no neg�cio em si, tudo mudou. No passado, as vendas eram s� para multimarcas. Com a expans�o para o varejo, eles investiram em mais qualidade e um mix maior de produtos. A ideia foi da esposa de Gustavo, Carol Rabello, que h� 15 anos abriu a primeira loja pr�pria e levou a outra virada da marca. Hoje ela responde pela estrat�gia e marketing. 

O casal tem dois filhos, de 13 e 7 anos. A mais velha se interessa por moda, mas s� o tempo vai dizer ela vai querer assumir os neg�cios At� l�, eles querem cada vez mais profissionalizar a gest�o da empresa para que n�o dependa de uma pessoa s�.

“Acredito muito nesse formato de ter a empresa pronta e profissionalizada para seguir seu caminho independentemente de quem a est� gerindo.”

A marca das quatro mulheres

Em 2010, quando percebeu que as filhas estavam prontas para levar a marca adiante, cada uma no seu setor, Maria Rita Malloy se despediu da Arte Sacra.

Foi um processo de sucess�o muito maduro e planejado. A m�e havia preparado as quatro desde novas para aquele momento. A mais velha entrou logo no in�cio, depois que a primeira s�cia pulou do barco, e as outras tr�s foram chegando aos poucos.
 
Manoel Bernardes colar
Manoel Bernardes (foto: Gustavo Arrais/Divulga��o)
Nada era for�ado. Por livre e espont�nea vontade, as filhas entraram para somar. Passaram por todos os setores, cada uma no seu tempo, e escolheram por afinidade suas �reas de atua��o.

“A minha m�e perguntava se era isso mesmo que n�s quer�amos e acreditamos na ideia. Ent�o, foi um caminho muito natural”, aponta Carolina, a diretora comercial e de marketing, �nica que, por op��o, nunca botou os p�s para fora da empresa.

As irm�s chegaram a passar um tempo longe, mas voltaram. Fernanda � a diretora administrativa e financeira, Renata lidera o setor de desenvolvimento e produ��o e Marcela, g�mea de Carolina, responde pelo estilo.
 
As filhas de Maria Rita formam um time coeso. Cada uma cuida de um setor espec�fico, mas est�o sempre unidas em prol de um objetivo em comum.

“Caminhamos juntas, com o mesmo prop�sito, ent�o uma fortalece a outra. Temos pouqu�ssimas discuss�es e ideias divergentes e isso chega a ser at� um certo entrave, porque uma passa a m�o na cabe�a da outra. Tinha que ter mais pux�o de orelha”, brinca.
 
Maria Rita � m�e “coruja”. Tem o maior orgulho de ver que as filhas seguiram seus passos e fizeram a empresa crescer. A fundadora n�o est� mais no dia a dia da empresa, mas continua por perto, incentivando e dando for�a, coragem e f� (o que teve de sobra) para enfrentar os desafios, bate palmas para as conquistas.

Carolina e as irm�s consideram a m�e a diretora master e tamb�m conselheira para assuntos emocionais. Em resumo, “ela � a nossa hero�na”.
 
A presen�a da m�e � um incentivo e tanto para que Fernanda, Renata, Carolina e Marcela construam o seu pr�prio caminho. Sem abandonar os valores deixados pela fundadora, de honestidade, respeito ao pr�ximo, a “�tica inabal�vel” que ela ensinou.

Transportando para a roupa, as irm�s continuam a fazer roupa do embasado dentro das premissas da arte, da beleza e do primor.
 
Ainda � cedo para pensar em sucess�o, j� que o mais velho da terceira gera��o est� com 15 anos. Segundo Carolina, o momento � de pensar em projetos de expans�o e preparar a empresa para uma venda futura, caso nenhum dos herdeiros se interessem em assumir os neg�cios.

Servi�o

Manoel Bernardes (@manoel_bernardes)
(31) 99863-4950

Luiza Barcelos (@luizabarcelos)
(31) 99740-5426
 
Barbara Bela (@barbarabela)
(31) 98448-4305 
 
Iorane (@iorane)
(31) 98744-3986
 
Arte Sacra (@artesacra)
(31) 99210-3836


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)