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Estado de Minas

Lei tira sacolas pl�sticas dos supermercados


postado em 23/12/2008 06:54 / atualizado em 08/01/2010 03:54

Annemarie Hanlon leva embalagem biodegradável para fazer as compras e ensina a prática aos filhos(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Annemarie Hanlon leva embalagem biodegrad�vel para fazer as compras e ensina a pr�tica aos filhos (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

Antes de sair de casa para fazer compras no supermercado, a m�dica Irene Adams nunca esquece de levar sacolas recicl�veis para carregar os produtos. Ela adotou o costume nos �ltimos anos em visita � filha, Annemarie Hanlon, e aos netos, que moram na B�lgica e a ensinaram o h�bito ecologicamente correto. Agora, em Belo Horizonte, a pr�tica de Irene se tornou lei. A partir de 28 de fevereiro, os moradores da capital tamb�m devem repensar o modo como tratam o meio ambiente. BH � a primeira cidade do pa�s a obrigar estabelecimentos comerciais a substituirem as sacolas pl�sticas por outras feitas de material biodegrad�vel ou reciclado.

O decreto que regulamenta a Lei Municipal 9.529, de autoria do vereador Arnaldo Godoy (PT), foi publicado na edi��o de s�bado do Di�rio Oficial do Munic�pio (DOM). De acordo com as disposi��es preliminares, farm�cias, supermercados, a�ougues, lojas de roupa e outros centros de venda t�m prazo de tr�s anos para fazer a modifica��o. Segundo a secret�ria Municipal de Meio Ambiente, Fl�via Mour�o, a nova legisla��o deve contribuir para a conscientiza��o da popula��o e a mudan�a de comportamento em favor da causa verde. “Uma simples sacola de supermercado pode demorar at� 400 anos para se decompor e em toda compra se leva pelo menos uma. � preciso criatividade e participa��o da popula��o para serem criados novos costumes, inclusive com rela��o � produ��o de lixo”, afirma. Diariamente, equipes da Superintend�ncia de Limpeza Urbana (SLU) recolhem cerca de 4 mil toneladas de lixo, entre domic�lios e com�rcio.

Nascida na Holanda e morando no Brasil h� 32 anos, a m�dica Irene carrega duas sacolas recicladas: uma para as compras e outra exclusiva para garrafas. As medidas foram praticamente todas aprendidas na Europa. “L�, em cada casa s�o quatro lixeiras, uma para cada tipo de material. Minha filha paga pelo lixo produzido e alguns produtos t�m data certa para ser entregues. Por exemplo, camar�o ela s� pode comer dois dias antes de ser feito o recolhimento, sen�o ningu�m suporta o cheiro.” Segundo ela, o efeito � notado anualmente. “Cada vez se produzem menos dejetos na B�lgica. Custa pouco e a diferen�a � enorme”, afirma.

Tamb�m no exterior, a banc�ria aposentada Anizia Wanderley, de 56, adotou novas pr�ticas ambientais. A sobrinha mora na Alemanha e, segundo ela, cada um leva sua pr�pria sacola de pano ao supermercado. “Preciso salvar o planeta para minha neta”, diz, pensando no futuro de Liliane, de 2, moradora da Calif�rnia, nos Estados Unidos. Na segunda-feira, por�m, ela esqueceu a embalagem em casa e carregou mais de 30 novas. “Sinto culpa. Mas at� deixei a cerveja fora para n�o gastar mais”.

Selos

Com a regulamenta��o do novo texto, ficam tamb�m criados dois comprovantes que atestam a ado��o de medidas favor�veis ao meio ambiente: Selo Atitude Ambiental e o Socioambiental. Todos os �rg�os p�blicos e estabelecimentos comerciais que aderirem � pr�tica podem requisit�-los. A rede Verdemar Supermercado e Padaria deve reivindicar o t�tulo. Antes da elabora��o da nova lei, tr�s medidas foram tomadas para troca das sacolas de pl�stico por outras de produtos que afetam em menor propor��o o ecossistema.

Desde junho do ano passado, as tr�s lojas da rede usam sacolas feitas de material oxibiodegrad�vel, que demora at� 18 meses para esfarelar. Al�m disso, por meio de parcerias com fabricantes, na compra de produtos da marca o cliente recebe um saco de material reciclado, produzido com banner por moradores de aglomerados da capital. Ao todo, foram feitas 5 mil unidades e restam apenas 600. Segundo a analista de marketing do grupo, Maria Fernanda Fonseca, a campanha tem incentivado muitas pessoas a mudarem o costume. “Mensalmente, compramos mais de 2 milh�es de sacolas. Mas, a melhor op��o � o consumidor trazer de casa”, afirma. O material oxibiodegrad�vel ainda n�o tem efeito confirmado. Apesar de o tempo de decomposi��o ser muito menor, a destina��o dos produtos qu�micos ainda n�o � confirmada e estudos podem comprov�-la, j� que o pre�o � somente 10% mais caro que as usadas atualmente.


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