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Estado de Minas

Detetive ser� julgado oito anos ap�s morte de modelo em BH


postado em 09/01/2009 06:52 / atualizado em 07/07/2020 07:59

Cristiana Ferreira foi encontrada morta em agosto de 2000(foto: Reprodução/Álbum de Familia)
Cristiana Ferreira foi encontrada morta em agosto de 2000 (foto: Reprodu��o/�lbum de Familia)
Oito anos depois da morte da ex-modelo Cristiana Aparecida Ferreira, cujo corpo foi encontrado num apartamento do Hotel San Francisco Flat, no Bairro de Lourdes, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, o suspeito ser� julgado nesta sexta-feira pelo 1º Tribunal do J�ri do F�rum Lafayette. O detetive particular Reinaldo Pac�fico de Oliveira Filho, de 41 anos, teria asfixiado a ex-namorada por ci�mes e simulado um suic�dio. A sess�o do j�ri come�a �s 13h e ser� aberta ao p�blico.

O crime foi em agosto de 2000, no hotel da Avenida �lvares Cabral, onde a v�tima se hospedou para um encontro com um suposto amante. De acordo com a den�ncia oferecida � Justi�a pelo Minist�rio P�blico, Reinaldo conheceu Cristiana em 1996 e namoraram at� o ano seguinte. O detetive teria se apresentado � fam�lia dela como um juiz criminal, mas, aos poucos, segundo o processo, foi revelando o seu temperamento violento, possessivo, ciumento e dissimulado, motivo que levou Cristiana a abandon�-lo, pois vinha sendo agredida e amea�ada por ele. A v�tima chegou a registrar queixa na pol�cia, mas o caso foi arquivado pelo Juizado Especial de Contagem, Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte.

Conforme o processo, Reinaldo passou a seguir os passos da v�tima, vigiando-a o tempo todo. A ex-modelo, diz o processo, passou a se relacionar com “homens de elevado padr�o financeiro e posi��o social”, o que teria alimentado a f�ria do acusado.

As investigações apontaram Reinaldo Pacífico como o principal suspeito(foto: Emmanuel Pinheiro/EM/D.A. Press- 29/05/2003 )
As investiga��es apontaram Reinaldo Pac�fico como o principal suspeito (foto: Emmanuel Pinheiro/EM/D.A. Press- 29/05/2003 )
As primeiras investiga��es da pol�cia conclu�ram que a morte foi um suic�dio, mas n�o convenceram o Minist�rio P�blico, que resolver apurar diretamente o caso, acreditando que as dilig�ncias requeridas � Pol�cia Civil n�o foram devidamente atendidas. Um procedimento administrativo foi instaurado para complementar o inqu�rito, ouvindo familiares da ex-modelo, funcion�rios do hotel, empres�rios e pol�ticos. A conclus�o � de que Cristiana foi assassinada entre 4 e 5 de agosto de 2000, em hor�rio n�o determinado.

Amante

Consta no processo que a ex-modelo se hospedou no hotel no dia 3, com um suposto acompanhante que n�o foi identificado por funcion�rios do hotel. No dia seguinte, por volta das 14h, ela pediu para fechar a conta por telefone, mas n�o desceu, pois teria recebido a visita inesperada do detetive. Depois de mat�-la por asfixia e agress�o f�sica, diz o processo, o acusado teria tentado “maquiar” o local do crime, para parecer que Cristiana havia se matado, ou incriminar um suposto amante da v�tima.

O promotor de Justi�a Francisco de Assis Santiago havia pedido o adiamento do j�ri, mas n�o foi atendido pelo juiz presidente do 1º Tribunal, Carlos Henrique Perp�tuo Braga. A alega��o de Santiago � de que duas testemunhas de acusa��o, que desde a �poca do crime s�o atendidas pelo Programa de Prote��o a V�timas e Testemunhas Amea�adas (Provita) e est�o morando fora de Belo Horizonte, n�o podem comparecer � sess�o desta sexta-feira. A defensora do acusado, Eunice Batista da Rocha Filha, n�o foi localizada. O j�ri j� foi adiado antes, por quest�es t�cnicas e processuais.

Se condenado por homic�dio duplamente qualificado, por motivo torpe e emprego de asfixia como meio cruel, o ex-detetive pode pegar de 12 a 30 anos de pris�o. Ele aguarda o julgamento em liberdade.


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