A morte do cabo F�bio de Oliveira numa cela do 1º Batalh�o da Pol�cia Militar, no Bairro Santa Efig�nia, Regi�o Leste da capital, vai levar a corpora��o a intensificar a vigil�ncia sobre os outros tr�s soldados do Batalh�o de Rondas T�ticas Metropolitanas (Rotam), que tamb�m est�o presos, desde quarta-feira, acusados das mortes no Aglomerado da Serra. “Vamos tomar todos os cuidados para que o fato ocorrido no 1º Batalh�o n�o venha a alcan�ar os outros que est�o presos, � disposi��o da Justi�a. Agora que temos ind�cios do que pode vir a acontecer, toda a seguran�a ser� mais pr�xima”, disse o chefe da comunica��o social da PM, tenente-coronel Alberto Luiz Alves.
O soldado Adelmo Felipe de Paula Zuccheratte est� detido no 5º Batalh�o do Bairro Gameleira, na Regi�o Oeste; Jason Ferreira Paschoalino, no 36º Batalh�o de Vespasiano, na Grande BH; e Jonas David Rosa, no 39º Batalh�o de Contagem, tamb�m na regi�o metropolitana. Eles seriam ouvidos na manh� dessa sexta-feira, na Corregedoria da Pol�cia Militar, mas os depoimentos foram suspensos depois de terem sido avisados da morte do colega. Segundo o advogado Ricardo Guimar�es, eles est�o psicologicamente abalados pela fatalidade. “Dei a not�cia, e eles n�o tiveram condi��es de prestar depoimento. A rea��o foi de desespero. � normal. Quem morreu foi um colega de farda que nunca teve uma conduta, que desabonasse sua ficha”, disse.
O depoimento de ontem seria o terceiro deles na Corregedoria da PM. “Somente a pol�cia t�cnica vai dizer se houve realmente suic�dio. Conversei com o cabo at� por volta das 19h (de quinta-feira) e ele estava tranquilo, conformado, confiante no trabalho da defesa para provar sua inoc�ncia”, acrescentou Ricardo. Segundo ele, o cabo n�o negava ter matado os dois moradores, pois era um fato comprovado. “Houve uma troca de tiros, em tese, e as pessoas vieram a morrer. Agora, o que est� sendo apurado � a veracidade dessa informa��o e cabe � Justi�a concluir sobre o que ocorreu”, afirmou o advogado.
Segundo o diretor da Associa��o de Pra�as, Policiais e Bombeiros Militares (Aspra), subtenente Luiz Gonzaga Ribeiro, o cabo F�bio estaria recebendo amea�as de morte de pessoas n�o identificadas, possivelmente bandidos do Aglomerado da Serra. “As amea�as eram por telefone, antes de ele ser preso. Inclusive, ele comunicou o fato � Corregedoria”, disse o subtenente. “Querendo, ou n�o, o cabo foi condenado pela opini�o p�blica, mas n�o vou dizer que a pris�o dele foi injusta, pois h� um inqu�rito e duas mortes. Do ponto de vista da lei, a pris�o era legal”, concluiu Luiz Gonzaga, que teme pela vida dos outros tr�s soldados presos.
Manifesta��o
Policiais militares participaram, no fim da manh� dessa sexta, de uma passeata promovida pelo Centro Social de Cabos e Soldados, em apoio aos policiais do Rotam acusados pelas mortes no Aglomerado da Serra. Com faixas e cartazes, eles deixaram o 1º Batalh�o da PM, na Pra�a Floriano Peixoto, no Santa Efig�nia, e percorreram as avenidas do Contorno e Andradas, at� a sede do Batalh�o Rotam. “O cabo F�bio foi condenado, injusti�ado e agora ele foi executado. Ele foi assassinado pelas declara��es dadas pelas autoridades e tamb�m pela press�o que foi feita em cima dele”, disse o presidente do Centro Social de Cabos e Soldados, �lvaro Rodrigues. “Vamos acompanhar tudo e saber realmente o que ocorreu com o cabo F�bio”, disse.
AGLOMERADO DA SERRA