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Estado de Minas

Exame de sanidade mental atrasa julgamento do Bando da Degola


postado em 24/03/2011 06:50 / atualizado em 24/03/2011 09:17

Os crimes cometidos pelo Bando da Degola completam um ano nos pr�ximos dias sem que nenhum dos oito acusados tenha sido mandado ao banco dos r�us pelas mortes dos empres�rios Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, e Rayder Santos Rodrigues, de 39. A morosidade da Pol�cia Civil na conclus�o de um exame de sanidade mental do l�der da quadrilha, o estudante de direito Frederico Flores, feito em janeiro, adia a perspectiva de julgamento dele e contribui para aumentar ainda mais a dor dos parentes das v�timas e a sensa��o de impunidade.

Com o processo parado, o juiz sumariante do 2º Tribunal do J�ri, Maur�cio Torres, cobrou o laudo do exame ao Instituto M�dico Legal, mas n�o obteve resposta. Agora, o magistrado encaminhou of�cio � Corregedoria Geral da Pol�cia Civil exigindo provid�ncias. A assessoria de imprensa da Pol�cia Civil indicou que o laudo est� pronto e que seria encaminhado na quarta-feira � tarde ao juiz, a quem caber� divulgar o teor do resultado. �s 17h30, por�m, a assessoria de imprensa do F�rum Lafayette afirmou n�o ter sido protocolada nenhuma documenta��o a respeito.

De acordo com a promotora de Justi�a �ngela Elias, os cabos da PM Renato Mozer e Andr� Bartolomeu, o estudante de direito Arlindo Lobo e o gar�om Adrian Grigorcea j� t�m senten�a de pron�ncia (em que h� concord�ncia do Judici�rio para julgamento no Tribunal do J�ri) desde novembro, mas h� um recurso ao processo no Tribunal de Justi�a de Minas.

Livres

A m�dica Gabriela Costa, o advogado Luiz Astolfo e o pastor evang�lico Sidney Beijamin respondem em liberdade, exercendo suas profiss�es, a m�dica em um hospital do Rio do Janeiro. “O Minist�rio P�blico j� ofereceu as alega��es finais nesse processo dos r�us soltos e esperamos a defesa deles se manifestar para o juiz dar a senten�a de pron�ncia. Esse processo vai demorar um pouco mais. Como s�o tr�s, abri vista para um advogado em fevereiro, depois para o outro e depois para o outro”, disse a representante do Minist�rio P�blico.

Em abril, segundo den�ncia do Minist�rio P�blico, os acusados sequestraram, extorquiram e decapitaram dois empres�rios do ramo de inform�tica, depois de sacar e transferir valores de suas contas banc�rias. Para dificultar a identifica��o das v�timas, os corpos foram queimados sem as cabe�as e os dedos das m�os, na regi�o Nova Lima, Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, mas exames de DNA garantiram as identifica��es.

Segundo foi apurado, Frederico Flores tinha informa��es de que as v�timas estariam envolvidas em estelionato e lavagem de dinheiro. Os empres�rios, conforme a pol�cia, mantinham v�rias contas banc�rias com documentos falsos, e movimentavam grandes quantias em dinheiro. Frederico, de acordo com o inqu�rito, planejou o sequestro, a extors�o e as mortes. Havia um terceiro alvo, um homem identificado por Marcinho, que seria o dono das quantias movimentadas por Rayder e Fabiano.

Fam�lia

O pai de Rayder, o fot�grafo Arthur Rodrigues, de 70, disse que a condena��o dos acusados n�o trar� seu filho de volta, mas aliviaria sua ang�stia. “O tempo se encarrega de muitas coisas, mas as marcas ficam. Acredito na teoria da causa e do efeito e os culpados v�o pagar pelo que fizeram”, prev� Arthur, lembrando a data do �ltimo anivers�rio do filho, 7 de novembro. “Foi um momento marcante. At� um ano antes, a gente dividia cada momento das nossas vidas com ele. Quando chegou o anivers�rio, a gente ficou recordando o passado e estou com depress�o, tomando rem�dio controlado de manh� e � noite, o que tem me ajudado”, descreveu. “Meu filho era muito alegre, comunicativo, vivia pela fam�lia e era muito querido por todos”, contou, sem conter o choro, o fot�grafo, que diz buscar for�as para viver pensando nos outros sete filhos e no neto de um ano e meio, filho de Rayder.

Arthur Rodrigues disse que ainda n�o conseguiu entender a crueldade e frieza dos acusados. N�o acredita que Frederico Flores tenha problemas mentais e considera o exame uma jogada da defesa para ele sair impune. “Ele n�o tem nada de louco, mas � nocivo � sociedade. Por isso, deve ser julgado, condenado e mantido na pris�o”, defende.

O advogado Luiz Alberto Oliveira, defensor de Frederico, explica que se seu cliente foi avaliado por dois psiquiatras e uma psic�loga no IML. “Se meu cliente for considerado inimput�vel, ser� aplicada uma medida seguran�a e ele ser� internado num hospital ou cl�nica psiqui�trica. Se ele for imput�vel, o processo vai continuar correndo e ele ser� ouvido pela Justi�a, o que ainda n�o aconteceu at� hoje. Depois, o juiz d� a pron�ncia, se vai mand�-lo ao Tribunal do J�ri ou inocent�-lo”, completa o advogado.

Frederico est� preso na Penitenci�ria Nelson Hungria, em Contagem, Grande BH. Os cabos Renato Mozer e Andr� Bartolomeu est�o recolhidos em batalh�es da PM. O estudante de direito Arlindo Lobo est� na Pres�dio de S�o Joaquim de Bicas, Grande BH. De acordo com o F�rum Lafayette, s�o quatro processos de a��es penais e outro de insanidade mental em andamento.


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