Enquanto Justi�a admite falha na fuga de Roni Peixoto, mais dois presos fogem em Neves

Dois homens que cumpriam pena no Pres�dio Inspetor Jos� Martinho Drummond, em Ribeir�o das Neves, na Grande Belo Horizonte, est�o foragidos. De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), eles deixaram a unidade no �ltimo domingo. No entanto, o �rg�o desconhece como se deu a fuga e n�o soube esclarecer se eles teriam sido beneficiados com sa�da tempor�ria, n�o retornando em seguida.

Segundo a Seds, Ant�nio Aparecido Ger�nimo, de 32 anos, cumpria pena por latroc�nio (roubo seguido de morte). J� Cristiano Ac�cio de Ara�jo, de 23 anos, foi condenado por roubo. A Pol�cia Militar foi chamada para registrar Boletim de Ocorr�ncia e o caso j� foi repassado para a Pol�cia Civil.

Por meio de nota, a Seds informou ainda que o pres�dio instaurou um Procedimento Interno de Investiga��o para apurar como se deu a sa�da dos dois detentos.

Falha no Judici�rio

Tamb�m em Ribeir�o das Neves, mas na Penitenci�ria Jos� Maria Alckmin, outro detento est� foragido desde a semana passada. Trata-se de Roni Peixoto, traficante condenado a mais de 30 anos de pris�o e apontado pela pol�cia como bra�o direito de Fernandinho Beira-Mar. Ele deixou a unidade beneficiado pela Justi�a com o regime semi-aberto, que prev� a sa�da diurna e o regresso noturno. Os advogados do traficante apresentaram um pedido para que ele trabalhasse em um Centro Automotivo. Entretanto, a Justi�a e o Minist�rio P�blico admitem que os documentos apresentados pela defesa podem ser falsos.

O caso revela uma brecha no sistema judici�rio. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais, a Vara de Execu��es Criminais n�o tem como verificar a autenticidade dos documentos que s�o apresentados pelos advogados. Somente quando legalmente provocados os ju�zes poder�o solicitar que seja confirmada a autenticidade da documenta��o.

Fraudes

No dia 30 de junho, O desembargador H�lcio Valentim de Andrade Filho, do TJMG, foi afastado do cargo ap�s ser alvo de uma opera��o da Pol�cia Federal que investigava a venda de habeas corpus em Divin�polis. Segundo a PF, os valores das liminares podiam chegar a R$ 180 mil e os maiores beneficiados pela soltura eram traficantes de drogas da regi�o.

A investiga��o teve in�cio no come�o do ano, a pedido do Minist�rio P�blico Estadual da Comarca de Alpin�polis, que solicitou � PF a apura��o da conduta de um advogado que atuava na cidade.

Na opera��o, batizada de Jus Postulandi, foram detidos, al�m do desembargador, Tancredo Aladin Rocha Tolentino, primo de quinto grau do senador A�cio Neves (PSDB) e apontado como lobista da quadrilha e o vereador e advogado Walqu�rio Avelar. No total, foram expedidos nove mandados de pris�o e 13 mandados de busca e apreens�o.