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Estado de Minas Entre alunos de institui��es federais

Estudantes da Ufop s�o os que mais consomem de bebida alco�lica no pa�s

29,18% dos estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) assumem consumir bebidas alc�olicas periodicamente ou sempre, n�mero que representa mais que o dobro da m�dia nacional, de 14%


20/08/2011 06:00 - atualizado 19/08/2011 23:21

(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)

Meio-dia ou madrugada, em dia �til ou no fim da semana, no bar ou na rep�blica. N�o importa a hora, nem o local para farrear em Ouro Preto, na Regi�o Central de Minas. Na cidade conhecida pelo potencial tur�stico e universit�rio, o encontro no bar depois da aula para papear e tomar uma cerveja, o "rock" na rep�blica de amigos para fazer o social entre grupos diferentes e a balada que corta a madrugada s�o programas corriqueiros. Mas, agora, esses eventos, regados a bebidas alc�olicas, ganharam um peso a mais. Conforme levantamento divulgado nesta semana, universit�rios da cidade hist�rica, famosa pelo carnaval, caloradas, festas e festivais, foram apontados como os que mais fazem uso de �lcool entre os alunos das institui��es federais do pa�s. Pelo estudo, 29,18% dos estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) assumem consumir bebidas alc�olicas periodicamente ou sempre, n�mero que representa mais que o dobro da m�dia nacional, de 14%.

E a mistura que enche cada vez mais os copos, lota bares e anima as festas nas casas dos alunos � bem sugestiva � bebedeira. Pelo menos metade dos 9 mil inscritos nos cursos da Ufop oriundos de outros estados – a m�dia nacional � 21% – e 53% deles vivem associados em grupos de amigos, morando em rep�blicas e distantes dos pais. As casas federais somam 59 na cidade, enquanto as particulares ultrapassam 300 unidades. A liberdade excessiva apontada por especialistas e reconhecida at� mesmo pelo reitor da institui��o, Jo�o Luiz Martins, ainda se soma ao anseio por aventuras e descobertas da faixa et�ria de 18 a 24 anos, predominante entre os alunos, e ainda � falta de oportunidades de cultura, lazer e esportes na cidade.

Em dias comuns, o consumo de �lcool ocorre entre amigos nas rep�blicas, nas quais, h�, inclusive, boates para festas e frezzeres de marcas de cerveja. A bebida � entregue aos moradores da casa sob consigna��o pelo vendedor e paga-se posteriormente pelo que for consumido. Quando � dia de rock em bares e casas de shows, o aquecimento � feito na rep�blica at� meia-noite ou uma hora da manh� e a balada segue pela madrugada. Na quinta e sexta-feira, os estudantes t�m destino marcado. No bar Bambuzal, no Centro Acad�mico da Escola de Minas (Caem), no Centro Hist�rico, a �nica regra � apresentar o documento de identidade e exce��o mesmo � ficar sem o copo na m�o.

Com um p�blico essencialmente composto por universit�rios, a casa vende cerca de 1,5 mil latas de cerveja por dia, al�m de destilados. "Abrimos por volta de duas e s� fechamos �s 6h", conta um funcion�rio. O cigarro � reprimido por seguran�as, mas os jovens n�o se intimidam com a maconha, cujo cheiro � sentido no ar.

"Aqui em Ouro Preto, a gente paga para entrar em igreja, mas n�o paga para beber, principalmente se for mulher", relata a estudante D.F.L, de 20 anos, aluna do curso de artes c�nicas. O relato dela � compartilhado pelos colegas de classe: "Tudo � motivo para fazer um rock. Comprar um m�vel novo, fazer uma reforma ou terminar um trabalho da faculdade. Uma vez passei oito dias bebendo", conta. Os alunos dizem que a cidade tem o servi�o de tele-cerveja que funciona at� 1h30. "O consumo maior dos estudantes na cidade � por �lcool e lanche. �s vezes, tem churrasco, mas grande parte n�o tem carne, s� bebida", explica a jovem.

Comemora��o

Por volta das 20h de quinta-feira, enquanto se organizavam para partirem para um rock em Mariana, os jovens falaram ao EM sobre a repercuss�o que o ranking alcan�ado por Ouro Preto teve nas redes sociais. “Est�o achando engra�ado e at� mesmo comemorando. Esse resultado n�o nos assusta, s� confirma o que a gente v� entre os alunos da universidade. Aqui, n�o beber � uma exce��o. Mesmo assim, tamb�m tem gente que n�o bebe”, afirma D.

Fim da manh� de sexta-feira e a situa��o n�o foi diferente. Com a imin�ncia do in�cio da greve dos professores na Ufop, um grupo de oito alunos troca a cadeira na universidade pela mesa de bar no Barroco, estabelecimento localizado no Centro Hist�rico de Ouro Preto. "At� fui � universidade mais cedo, mas n�o teve aula. Tem gente que nem mesmo est� indo, relata um dos universit�rios".

Os n�meros de Ouro Preto fazem parte do Perfil Socioecon�mico e Cultural dos Estudantes de Gradua��o das Universidades Federais Brasileiras. O levantamento foi feito pela Associa��o Nacional dos Dirigentes ds Institui��es Federais de Ensino Superior (Andifes) e traz informa��es das 56 insituti��es federais do pa�s. Al�m de Ouro Preto, todas as mineiras tamb�m est�o acima da m�dia nacional.

Amea�a de greve
Depois de ter sido surpreendida com o ranking negativo do consumo de �lcool, outra preocupa��o da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) � com a amea�a de greve dos professores. Desde que o per�odo letivo do segundo semestre teve in�cio, na quarta-feira, muitos alunos ainda n�o tiveram aula. Alguns que moram em outras cidades ou estados nem mesmo voltaram � cidade e est�o � espera de uma defini��o sobre o movimento.


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