Um ano depois do maior roubo da hist�ria policial de Minas, em 4 de setembro de 2010, quando bandidos armados levaram R$ 45 milh�es da Embraforte Transportes de Valores, no Bairro Ouro Preto, Regi�o da Pampulha, a pol�cia n�o tem qualquer pista dos autores do crime, e atribui o insucesso das investiga��es ao elevado grau de intelig�ncia dos criminosos, o que estaria dificultando a identifica��o e a pris�o dos culpados.
“Pela forma como eles agiram, n�o s�o amadores. Estamos lidando com profissionais. Eles planejaram o crime muito bem e n�s precisamos ser mais inteligentes que eles”, diz o chefe do Departamento Especializado em Crimes contra o Patrim�nio, delegado Islande Batista. O coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Combate �s Organiza��es Criminosas (Cao-Crimo), promotor de Justi�a Andr� Est�v�o Ubaldino Pereira, � outro que elogia a intelig�ncia dos ladr�es. “O roubo foi bem planejado. N�o deixaram rastro nenhum”, conclui o representante do Minist�rio P�blico, que acompanha as investiga��es. “N�o temos novidade nenhuma”, completa. O delegado da Pol�cia Civil Wanderson Gomes, que faz parte do Cao-Crimo, admite que as investiga��es n�o tiveram resultado.
Islande Batista considera o crime mais complicado de ser apurado que o furto ao Banco Central em Fortaleza, em agosto de 2005, de onde foram levados mais de R$ 164,7 milh�es. “No crime de Fortaleza, um dos autores foi preso transportando ve�culos adquiridos em Fortaleza para S�o Paulo, com parte do dinheiro camuflado em compartimentos secretos. Naquele assalto, as investiga��es flu�ram. No caso da Embraforte, n�o tivemos nenhum suspeito preso”, disse o delegado.
SEQUESTRO No assalto em Belo Horizonte, o coordenador de seguran�a da empresa, sua mulher e o filho de 7 anos, o tesoureiro e mais tr�s pessoas foram sequestradas no dia anterior e levados para um s�tio alugado pela quadrilha em Ribeir�o das Neves, na regi�o metropolitana. Os ref�ns passaram a madrugada amarrados com lacres pl�sticos e presos �s pernas de uma mesa. Durante todo o tempo, sofreram amea�as. Os ladr�es falaram em amarrar um cinto com explosivos na cintura da mulher e explodi-la em frente � sede da Embraforte, caso o roubo desse errado.
At� hoje, segundo funcion�rios da Embraforte, as v�timas do sequestro vivem com medo. Na �poca, elas foram amea�adas de morte caso passassem as caracter�sticas f�sicas dos ladr�es para a pol�cia. Os ref�ns disseram, no entanto, que os ladr�es tinham sotaques paulista e carioca, e que se chamavam de “Major”, “D’Artagnan” e “Capit�o Gancho”. Questionado se houve ind�cios de participa��o de funcion�rios e ex-funcion�rios da Embraforte no crime, bem como de policiais, o delegado Islande Batista insistiu no sil�ncio, segundo ele, para n�o atrapalhar a apura��o. “As investiga��es est�o fluindo bem e n�o podemos falar que os envolvidos s�o de S�o Paulo, Rio de Janeiro, Esp�rito Santo, e se tem gente de Belo Horizonte envolvida, pois se a gente falar, aquele alvo que estamos buscando vai simplesmente evaporar”, completou.
MENORES DROGADOS

Comiss�rios do Juizado da Inf�ncia e da Juventude, com apoio de policiais militares, apreenderam pelo menos 20 menores que participavam de um duelo de MCs debaixo do Viaduto Santa Tereza, na Regi�o Central da capital, anteontem � noite. Com os adolescentes foi apreendida grande quantidade de coca�na, crack e outras drogas, al�m de bebidas alco�licas. O local � usado toda sexta-feira para esse tipo de encontro e, segundo a PM, o consumo de drogas � comum na regi�o.