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Estado de Minas

Imagem sacra retornar ao altar-mor do Mosteiro de Maca�bas

Depois de restaurada, imagem de Nossa Senhora de Lourdes, do s�culo 19, ser� reentronizada no Mosteiro de Maca�bas, em Santa Luzia, durante festa solene com chuva de p�talas de rosas


10/09/2011 06:00 - atualizado 10/09/2011 07:07

 

Atacada por cupins, escultura de 1,65m foi recuperada pela restauradora Carla Castro Silva dentro do mosteiro, sob o olhar atento das freiras
Atacada por cupins, escultura de 1,65m foi recuperada pela restauradora Carla Castro Silva dentro do mosteiro, sob o olhar atento das freiras (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press - 17/5/11)

 

F�, alegria e muita expectativa. Mosteiro de Maca�bas, de 1714, em Santa Luzia, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, est� em contagem regressiva para ter de volta ao altar da sua capela-mor a rec�m-restaurada imagem da padroeira Nossa Senhora de Lourdes. A reentroniza��o ser� dia 17, �s 18h, em missa festiva celebrada pelo arcebispo metropolitano dom Walmor Oliveira de Azevedo. Na festa, que ter� banda de m�sica, queima de fogos e chuva de p�talas de rosas, ser�o tamb�m comemorados os 500 anos da aprova��o da Regra da Ordem da Imaculada Concei��o – Ad Statum Prosperum –, fundada por Santa Beatriz da Silva Menezes.

Durante os quatro meses de restauro, uma das celas do mosteiro, considerado um dos primeiros col�gios femininos de Minas, foi transformada em ateli�. Assim, a abadessa madre Maria Imaculada de Jesus H�stia evitou que a pe�a de origem francesa, com 1,65 metro de altura e integrante do acervo desde 1892, sa�sse do local e p�de, ao lado das freiras, supervisionar o trabalho sem se separar daquela que todas chamam de “m�ezinha”. A recupera��o � fruto da parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Associa��o Cultural Comunit�ria de Santa Luzia e o mosteiro, com recursos do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS Cultural).

 A experi�ncia de restaurar a pe�a no ambiente de clausura foi novidade para a especialista Carla Castro Silva, que desfrutou do sil�ncio e da calma reinantes para conduzir a atividade. O principal problema da imagem, segundo ela, estava no ataque avan�ado de cupins. Para deixar a escultura de madeira como era originalmente, foi preciso retirar camadas de repintura com tinta azul e purpurina, remover manchas da face, fazer a consolida��o da estrutura, pois havia muitas �reas ocas, e a reintegra��o das cores, al�m de passar verniz protetor. “� uma pe�a muito linda e deve ser preservada. Fizemos imuniza��o do trono, na capela”, afirmou Carla, que j� orientou as freiras sobre normas de preven��o a serem adotadas.

Satisfeito com a conclus�o do restauro, o diretor do Museu, o historiador Aur�lio Dolabela, Marco Aur�lio Carvalho Fonseca, respons�vel pelo acompanhamento do servi�o, diz que esta � a 16ª pe�a sacra da cidade restaurada com recursos do ICMS Cultural: “Ela � de grande import�ncia para o patrim�nio mineiro, pois foi a primeira imagem de Nossa Senhora de Lourdes a chegar ao estado”. Para conduzir o restauro, houve autoriza��o do Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) e Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico (Iepha/MG), j� que o convento � tombado pela Uni�o (1963), estado (1978) e munic�pio (1990), com prote��o espec�fica da imagem (2009).

Ritual

Dom Walmor far� a reentroniza��o da imagem ao altar da capela-mor seguindo um ritual do s�culo 19. Na cerim�nia, haver� a coroa��o da santa, como fez na chegada da escultura, em 1892, o padre superior do Semin�rio de Mariana, Jo�o Baptista Carnagliotte. Em maio, o Estado de Minas documentou o trabalho de Carla Castro Silva, sendo o primeiro jornal a entrar nas alas internas do Mosteiro de Maca�bas – a abadessa deu uma autoriza��o especial, pois se tratava de uma reportagem sobre o restauro de uma pe�a que poder� ser vista por toda a comunidade na capela-mor. Todos os domingos, �s 10h30, h� missa com participa��o de um coral da regi�o e aberta a moradores e visitantes.

 

Saiba mais

500 ANOS DE F�

Em 17 de setembro, o Mosteiro de Maca�bas vai comemorar o jubileu de 500 anos de aprova��o, pelo papa J�lio II (1443-1513), das regras que regem o comportamento das irm�s concepcionistas, como espiritualidade e carisma. A Ordem da Imaculada Concei��o, tamb�m conhecida como Concepcionistas Franciscanas, foi fundada por Santa Beatriz em 1484. Na �poca, ainda vigoravam as determina��es do lV Conc�lio de Latr�o (1215), que proibia aprova��o de novas regras – assim, o fundador ou fundadora teria que adotar uma das j� existentes. Certa de que sua ordem deveria ter a sua pr�pria, Santa Beatriz se conformou com o pensamento da Igreja e escolheu a Regra de Cister e, na sequ�ncia, passou a observar a de Santa Clara. Em 1511, a primeira gera��o concepcionista p�de ter em m�os sua t�o esperada regra.


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