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Estado de Minas

V�timas da chuva se solidarizam para recome�ar

V�timas de nova inunda��o na Cristiano Machado, moradores da regi�o contam com solidariedade e f� para retomar a vida. Defesa Civil registra outra morte em minas em decorr�ncia da chuva


postado em 17/12/2011 06:00 / atualizado em 17/12/2011 07:12

"Pe�o a deus para me dar for�a e para nos proteger", Edith da Concei��o Costa, de 78 anos, dona de casa (foto: EULER J�NIOR/EM/D.A PRESS)


Solidariedade, tristeza, revolta e f� se misturaram entre moradores nessa sexta-feira no Bairro Suzana, na Regi�o da Pampulha, uma das �reas mais atingidas pela inunda��o da Avenida Cristiano Machado no dia anterior. O dif�cil recome�o agora � o grande drama. Enquanto limpava a casa, a costureira Carolina Marilac Campos Brand�o, de 24 anos, contava que tudo ocorreu muito depressa. “Estava no trabalho quando uma vizinha me avisou que �gua estava invadindo a rua onde moramos, a L�cio Bittencourt”. Voltei para casa na mesma hora, mas j� era tarde. Havia mais de um metro de �gua estragando tudo”, disse Carolina, que s� teve tempo de salvar seus dois c�es de estima��o, o pit bull Fred e o beagle Pablo, e sair correndo de casa. “Pelo menos meus cachorros eu consegui salvar, eles s�o minha vida", disse a jovem.

A costureira n�o escondeu sua revolta ao lembrar que foi v�tima das inunda��es pela segunda vez. Em 23 de novembro do ano passado, quando ocorreu uma enchente, a lama chegou a atingir o teto de sua casa. “N�o pude salvar nem minha m�quina de costura. Quem estava por aqui na hora da chuva teve de correr para uma pra�a, enfrentando �gua pela cintura, carregando alguns objetos e animais de estima��o. Por isso, n�o quero ficar mais aqui. Todo ano � isso”, lamentou Carolina, que est� hospedada na casa da m�e.

A poucos metros, na casa de Edith da Concei��o Costa, de 78, na mesma rua, a idosa n�o conseguia esconder as l�grimas. “Pe�o a Deus para me dar for�a e para nos proteger”, disse Edith, erguendo as m�os ao lado de uma geladeira totalmente destru�da pela lama. A seu lado, a filha, Cleonice de F�tima, de 44, contava que em 2010 tamb�m teve sua casa invadida pela �gua. “H� 25 anos moro aqui. No ano passado foi a primeira vez que minha casa foi invadida. E tamb�m perdi tudo o que tinha. Meu sal�o de beleza foi totalmente destru�do, n�o existe mais”, desabafou.

 Equipes de garis da Superintend�ncia de Limpeza Urbana (SLU) foram deslocadas para as �reas castigadas pela inunda��o e passaram o dia retirando lama, entulho e dejetos das casas e quintais, mostrando o tamanho do desastre que atingiu a regi�ona quinta-feira .

Indeniza��o demorada

Quem perdeu m�veis, eletrodom�sticos e outros objetos na inunda��o de na quinta-feira em tr�s trechos da Avenida Cristiano Machado vai ter de esperar pelo menos at� o segundo trimestre do ano que vem para ser ressarcido dos preju�zos.

Foi isso o que ocorreu com as v�timas da inunda��o na mesma regi�o, em 2010. Na ocasi�o, a Prefeitura de Belo Horizonte decretou situa��o de emerg�ncia, cadastrou as fam�lias que tiveram bens destru�dos e s� conseguiu liberar os recursos financeiros em abril deste ano, uma espera de mais de quatro meses. Foram atendidas 924 fam�lias. As pessoas que tiveram preju�zos maiores receberam aux�lio financeiro de R$ 2 mil. Quem teve perdas menores recebeu R$ 1 mil e quem foi afetado de maneira superficial teve direito a R$ 500.

Para ter direito a esse dinheiro, as fam�lias s�o cadastradas por funcion�rios da administra��o municipal, que percorrem as �reas atingidas pela inunda��o. Isso s� � feito depois da declara��o da situa��o de emerg�ncia, com a publica��o do decreto no Di�rio Oficial do Munic�pio (DOM).

Al�m do valor dos objetos destru�dos pela �gua, o crit�rio para definir o aux�lio a ser pago leva em considera��o a situa��o socioecon�mica das fam�lias. Essa medida foi adotada em 2009, depois que o Ribeir�o Arrudas transbordou na virada do ano, causou a morte de cinco pessoas e deixou um rastro de destrui��o entre a regi�o do Barreiro e Contagem. Na ocasi�o, cerca de 300 fam�lias foram atingidas pela inunda��o.

 

 

Em meio à lama, moradores de bairros próximos à Cristiano Machado passaram dia de muito trabalho(foto: EULER JÚNIOR/EM/D.A PRESS)
Em meio � lama, moradores de bairros pr�ximos � Cristiano Machado passaram dia de muito trabalho (foto: EULER J�NIOR/EM/D.A PRESS)

 

 

Acidente mata quatro

A forte chuva que atingiu o Tri�ngulo Mineiro nessa sexta-feira de manh� � apontada pelo Corpo de Bombeiros de Araguari como a principal causa do acidente que matou quatro pessoas de uma mesma fam�lia na MG-223, pr�ximo a Estrela do Sul.

Segundo a equipe que atendeu a ocorr�ncia, o motorista de um Gol perdeu o controle do carro na pista molhada, rodou e bateu de frente contra uma carreta que vinha em sentido contr�rio. O carro de passeio ficou completamente destru�do com a batida, matando instantaneamente o motorista, Celson Ricardo da Cruz, a mulher, dele Tatiana Aparecida Bastos Alves e Maria do Perp�tuo do Socorro Alves, sogra do condutor.

O adolescente S.R.C., de 16, filho do casal, chegou a ser socorrido, mas morreu no Hospital de Pronto Socorro de Estrela do Sul. Um quinto ocupante do ve�culo, Gregorim Lester da Silva, de 21, sofreu politraumatismo e est� internado em estado grave. Todas as v�timas moravam em Patos de Minas, no Alto Parana�ba. O motorista do caminh�o, Euclides Faria, teve ferimentos leves.

Barreiras

Garis tiveram muito trabalho para recolher entulhos e móveis destruídos pela chuva na quinta-feira(foto: EULER JÚNIOR/EM/D.A PRESS)
Garis tiveram muito trabalho para recolher entulhos e m�veis destru�dos pela chuva na quinta-feira (foto: EULER J�NIOR/EM/D.A PRESS)


V�rias estradas federais e estaduais que cortam Minas j� come�am a apresentar problemas por causa das chuvas. Nessa sexta-feira de madrugada, uma barreira caiu na BR-135, em Bocai�va, no Norte do estado. De acordo com a Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) em Montes Claros, respons�vel pela fiscaliza��o do trecho, apenas meia pista est� liberada para a passagem de ve�culos.

O problema ocorreu na altura do quil�metro 403, no sentido Montes Claros. A PRF informou que j� comunicou a situa��o ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), mas os detritos n�o haviam sido removidos at� a noite dessa sexta-feira.

Na BR-116, em Governador Valadares, no Leste de Minas, o barranco que desmoronou sobre a rodovia continua dificultando a circula��o de ve�culos. Segundo a Defesa Civil de Valadares, um grande volume de terra atingiu a pista depois que um barranco de 10 metros de altura cedeu parcialmente. Uma pista da rodovia est� interditada e a retirada da terra s� come�ar� a ser feita segunda-feira, de acordo com informa��es do Dnit.

 

 


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