(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Chuva provoca danos e exige aten��o redobrada nas estradas de MG

Temporais que castigam Minas agravam problemas nas rodovias federais e estaduais, que t�m 11 pontos cr�ticos, como deslizamentos e eros�es. Rachaduras no Anel interditam tr�nsito


20/12/2011 06:00 - atualizado 20/12/2011 08:32

Fissuras no Anel Rodoviário, perto do Viaduto São Francisco, foram causadas por infiltração de água desviada de canaletas
Fissuras no Anel Rodovi�rio, perto do Viaduto S�o Francisco, foram causadas por infiltra��o de �gua desviada de canaletas (foto: MARIA TEREZA CORREIA/EM/D. A PRESS)


A nuvem cinza que cobre Minas Gerais, onde chove praticamente sem parar desde quinta-feira, n�o s� levou ao ch�o casas, alagou ruas e avenidas e derrubou �rvores. As tempestades tamb�m deixam rastro de destrui��o nas estradas federais e estaduais de Minas e agravam os problemas comuns j� enfrentados por motoristas. Segundo a meteorologia, este o segundo dezembro mais chuvoso nos �ltimos 40 anos.


Ao todo, s�o pelo menos 11 trechos cr�ticos afetados pela chuva, seja por eros�es, deslizamentos de terra ou buracos na pista. Os dados, consolidados pelo Estado de Minas, s�o do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) e da Pol�cia Rodovi�ria Federal. Mas, al�m das �guas, ainda se somam � equa��o do perigo o in�cio das f�rias escolares e o consequente aumento do movimento nas rodovias.


De acordo com a PRF, em dezembro o fluxo de ve�culos costuma crescer 30% e o n�mero de acidentes 35%. No ano passado, apenas no per�odo de Natal, entre os dias 24 e 26, ocorreram 596 acidentes, com 390 feridos e 27 mortes. A pol�cia n�o tem ainda dados consolidados de acidentes neste m�s, mas as ocorr�ncias de destaque postadas na p�gina da corpora��o no Twitter d�o a medida da trag�dia intensificada pela chuva. O registro na rede social aponta pelo menos seis mortos, 16 acidentes, 17 v�timas, 12 interdi��es de pistas e tr�s deslizamentos de terra em cinco dias, entre quinta-feira e a tarde de nessa segunda-feira, nas BRs que cortam Minas.


Para piorar, ontem, mais problemas em importantes rodovias do estado. Rachaduras no Viaduto S�o Francisco, que liga o Anel Rodovi�rio � Avenida Ant�nio Carlos, na Regi�o da Pampulha, provocadas pelo escoamento da �gua da chuva, levaram o Dnit a interditar duas das tr�s pistas do viaduto. Na MG-030, pr�ximo � entrada de Nova Lima, na regi�o metropolitana, houve deslizamento de pedras na pista. Em Florestal, na BR-262, uma eros�o deixou o tr�nsito lento e interditou parte de uma das pistas.


O alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para Minas refor�a a necessidade de cuidado. Um aviso meteorol�gico especial foi emitido pelo Inmet para o estado, informando sobre a previs�o de chuva significativa no Centro, Oeste, Noroeste, Sudeste e Leste de Minas.


O mestre em engenharia de transportes pelo Instituto Militar de Engenharia do Rio de Janeiro (IME) Paulo Rog�rio da Silva Monteir, ressalta que a combina��o chuva, buracos e estradas contribui para os acidentes. Segundo ele, o perigo maior � dirigir debaixo de chuva fina. “Durante as tempestades, normalmente os condutores j� reduzem a velocidade e agem com maior prud�ncia, diminuindo os riscos”, diz.


O Dnit destacou cinco pontos cr�ticos nas BRs com estragos causados pelas chuvas. Na BR-354, tanto nas proximidades de Arcos, no Centro-Oeste, quanto de Patos de Minas, no Alto Parana�ba, h� muitos buracos na pista, assim como na BR-040, entre o Viaduto da Mutuca, em Nova Lima, e Conselheiro Lafaiete, na Regi�o Central. A BR-251, entre Montes Claros e Salinas, que liga o o Norte de Minas ao Sul da Bahia, tamb�m est� cheia de buracos.

Chuvas em Belo Horizonte

Anel

O surgimento de rachaduras no asfalto do Anel Rodovi�rio, na cabeceira do Viaduto S�o Francisco, no Bairro Nova Cachoreirinha, Regi�o Noroeste de BH, levou ao fechamento de duas faixas no sentido Vit�ria, ontem. Pelo local passam diariamente 55 mil ve�culos (cerca de 110 mil nos dois sentidos) , sendo 40% caminh�es de carga. O tr�nsito ficou restrito a uma �nica faixa, causando engarrafamento de nove quil�metros, segundo a Pol�cia Militar Rodovi�ria (PMRv). A estrutura do viaduto n�o foi afetada.


Segundo o comandante de policiamento do Anel Rodovi�rio, tenente Geraldo Donizete, o problema na pista foi causado pela ocupa��o irregular �s margens da pista. Barracos foram constru�dos no acostamento e os moradores entupiram as canaletas para desviar a �gua da chuva das suas casas, provocando infiltra��o no solo debaixo do asfalto. “Houve deslocamento do terreno, o que causou abatimento na pista”, disse o tenente.


Funcion�rios do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) fecharam as rachaduras com areia e asfalto. Depois, todo o trecho, cerca de 20 metros, recebeu nova camada de asfalto. A previs�o era de que ainda ontem uma segunda faixa fosse liberada, permanecendo a terceira, pr�xima ao acostamento, interditada. “Vamos ficar monitorando o local, at� que seja feita recupera��o definitiva”, informou o tenente. Se o reparo n�o fosse feito, o tenente acredita que parte da pista poderia desabar com nova chuva.


“A libera��o de mais uma faixa de tr�nsito vai depender da avalia��o da Defesa Civil”, disse o engenheiro supervisor do Dnit, Alexandre Oliveira. “Vamos acompanhar a evolu��o do problema. H� v�rias fam�lias morando no n�vel abaixo ao da rodovia. Segundo S�rgio Alves, funcion�rio da empreiteira que presta servi�os para o Dnit no Anel, toda semana as canaletas s�o desobstru�das. “A gente faz a manuten��o, retira entulhos e outros objetos que os moradores colocam nas canaletas, mas eles fecham a passagem da �gua novamente. Retiramos v�rias toneladas de sujeira, mas n�o adianta”, informou S�rgio.


Tatiane de Jesus, de 27, mora com tr�s filhos, de 4 meses, 4 anos e 10 anos, �s margens da rodovia. Ela confirmou que seus vizinhos fazem barreira para impedir que �gua entre nas casas. “No meu caso, coloco apenas uma madeira na porta para a �gua n�o entrar em minha casa”, disse Tatiane, que comprou o barraco por R$ 2,5 mil, h� tr�s anos, e agora est� com medo de ficar no local.

(foto: Arte EM )


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)