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Estado de Minas

Anel Rodovi�rio pode ser interditado por causa da chuva

Risco de deslizamento perto de viaduto na Pampulha ser� avaliado hoje por especialistas do Dnit de Bras�lia. Interven��o pode causar interdi��o total do corredor no sentido Vit�ria


postado em 04/01/2012 06:00 / atualizado em 04/01/2012 06:57

Buraco dificulta passagem no Betânia. Tráfego foi limitado a uma pista no Viaduto São Francisco(foto: Beto Novaes/EM/DA. Press)
Buraco dificulta passagem no Bet�nia. Tr�fego foi limitado a uma pista no Viaduto S�o Francisco (foto: Beto Novaes/EM/DA. Press)


Ge�logos e engenheiros do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em Bras�lia, chegam nesta quarta-feira a Belo Horizonte para avaliar as condi��es da pista no km 19 do Anel Rodovi�rio, no Viaduto S�o Francisco. A vistoria vai definir as interven��es que devem ser feitas no trecho, que j� tem duas das tr�s pistas interditadas devido a deslizamentos abaixo da via, que causaram rachaduras no asfalto. O supervisor do Dnit em Minas, engenheiro Alexandre Oliveira, informou que h� risco de o aterro que sustenta o Anel Rodovi�rio ceder e provocar o fechamento total da rodovia no sentido BH-Vit�ria.

“O aterro est� rompido e a terra est� solta. Se continuar chovendo, vamos precisar fechar o Anel. Nesta ter�a-feira, tivemos um dia de sol, mas ainda assim � dif�cil dizer o que vai ocorrer. Pode ser uma situa��o de al�vio, mas o risco de deslizamento existe”, garantiu. Caso a interdi��o seja necess�ria, o que vai depender da avalia��o de hoje, pelo menos duas interven��es podem ser adotadas. “A solu��o pode ser uma obra r�pida de terraplanagem, de 30 a 40 dias, para reconstru��o do aterro, ou uma interven��o mais complexa de conten��o, que exigiria mais tempo”, disse.

(foto: Beto Novaes/EM/DA. Press)
(foto: Beto Novaes/EM/DA. Press)
Para que o aterro seja refeito, toda a terra precisa ser retirada para terraplanagem e reconstru��o da pista. Se adotada a segunda op��o, todo o sistema de drenagem dever ser recuperado para constru��o de um muro de conten��o, terraplanagem e recorbertura asf�ltica. Mas, para a tomada de qualquer decis�o, Oliveira alerta que � preciso haver estiagem.

“A situa��o j� � de risco, de emerg�ncia. N�o podemos conviver com ela, pois h� o risco de descer. Mas tamb�m n�o podemos s� chegar l� e abrir o aterro. Estamos com cautela. Tudo vai depender da solu��o que for apontada pelos t�cnicos”, garante o engenheiro.

Enquanto isso, medidas paliativas s�o adotadas para evitar uma trag�dia. Nessa ter�a-feira, funcion�rios de uma empreiteira fizeram reparos em um trecho de 200 metros na cabeceira do viaduto e a Pol�cia Militar Rodovi�ria limitou a passagem  a uma �nica pista. A mesma medida foi adotada no km 7, no Bairro Bet�nia, onde o aterro cedeu e provocou um buraco na pista. Os dois trechos registraram reten��es durante todo o dia.

Remo��es

Al�m da burocracia do Dnit, � preciso que 50 fam�lias que moram na Vila Cachoeirinha, perto do viaduto, deixem o local. Entre as que est�o sob o risco do que Oliveira intitula “trag�dia anunciada”, est� a atendente Zelita de Souza. “H� 20 anos, quando constru� o barraco, s� havia umas tr�s casas al�m da minha. N�o tinha medo de ficar aqui. A situa��o � diferente hoje. Nos �ltimos dias, n�o tenho dormido, porque a casa est� rachada e pode cair”, afirma. Ela diz que mora com cinco pessoas e precisa achar um aluguel razo�vel. “O aux�lio da prefeitura � de R$ 400 e todos os alugu�is s�o mais caros.”

Na mesma condi��o est� a filha dela, a balconista Claudin�ia de Souza, de 26, que tem o Anel como vizinho de parede. “Estou com muito medo e busco uma casa para morar com o marido e o filho. A casa est� cheia de rachaduras”, diz. Segundo a Companhia Urbanizadora e de Habita��o de Belo Horizonte (Urbel), 14 fam�lias foram abordadas para deixar as moradias e seis pediram o Bolsa Moradia e est�o em processo de sa�da.

E, mesmo cientes do risco desabamentos e da lentid�o das pessoas para deixar o local, o Dnit, a Urbel e a Defesa Civil se contradizem. “A Defesa Civil e a prefeitura j� sabem do risco de o barranco ceder e soterrar os barracos. J� fizemos o comunicado e hoje enviamos novo of�cio. A realoca��o deve ser feita o quanto antes”, cobra o engenheiro.

“N�o temos poder de pol�cia. N�o podemos pegar as pessoas pelo bra�o e retir�-las. Os casos de resist�ncia s�o levados � Defesa Civil”, defende a diretora da Urbel, Isabel Volponi. Segundo a Defesa Civil, tr�s moradias foram interditadas e as fam�lias foram retiradas.


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