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Estado de Minas

Chuva traz perigo de doen�as como leptospirose e dengue

Doen�as transmitidas em �poca de temporais e contamina��o de alimentos e medicamentos preocupam autoridades sanit�rias. Moradores devem ter cuidado com a higieniza��o da casa


postado em 05/01/2012 07:03

N�o bastassem as preocupa��es com alagamentos, enchentes, desmoronamentos e acidentes de tr�nsito, a chuva intensa que tem deixado cidades brasileiras em estado de emerg�ncia traz tamb�m o risco de doen�as como a leptospirose, a hepatite A e a dengue, que t�m sintomas bem parecidos. Al�m disso, ferimentos causados durante a retirada de pessoas e pertences em meio aos temporais tamb�m merecem aten��o.

A leptospirose � a doen�a que mais preocupa autoridades sanit�rias e de sa�de neste per�odo. De acordo com o m�dico infectologista Frederico Figueiredo Amancio, da Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES-MG), a bact�ria que causa a enfermidade � transmitida por meio da urina dos ratos, presente geralmente na lama e na �gua suja que inunda as casas. A contamina��o � facilitada pelo contato dessa �gua contaminada com les�es na pele, mas isso pode ocorrer mesmo com a pele �ntegra, caso ela seja exposta por um tempo prolongado.
“Deve-se evitar o contato com essa �gua, mas, se n�o for poss�vel, � fundamental usar botas, luvas ou sacos pl�sticos nas m�os e nos p�s. Al�m disso, � necess�rio proteger a boca com um len�o, para evitar o contato com os respingos.”

Os sintomas da leptospirose s�o mal-estar, febre, dor de cabe�a e no corpo, principalmente na batata da perna. “Quem apresentar esses sinais deve procurar atendimento m�dico com urg�ncia para a administra��o de antibi�ticos. O per�odo de incuba��o da doen�a � de at� 30 dias, mas os sintomas podem se manifestar logo nos primeiros dias depois do contato com a �gua contaminada”, acrescenta Amancio.

Outras doen�as comuns nesta �poca de muita chuva s�o a dengue e a hepatite do tipo A. Em rela��o � hepatite A, uma doen�a infecciosa aguda que produz inflama��o e necrose do f�gado, a contamina��o ocorre por meio fecal-oral, a partir da ingest�o de �gua e alimentos contaminados, ou de uma pessoa para outra. O v�rus pode ser eliminado pelas fezes, e como os esgotos costumam transbordar com as enchentes e alagamentos, o cont�gio � facilitado.

Os sintomas s�o parecidos com os da leptospirose e da dengue e incluem n�useas, v�mitos, apetite diminu�do e icter�cia (pele amarelada). “N�o h� um tratamento espec�fico, apenas repouso, mas � preciso acompanhamento m�dico para n�o evoluir para casos mais graves de hepatite”, explica o m�dico infectologista.

No caso da dengue, o alerta deve ser redobrado com a estiagem. Isso porque pode haver ac�mulo da �gua das chuvas em vasos de plantas, pneus e caixas d’�gua, quando o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, volta a fazer estragos.

O m�dico Frederico Amancio diz que outro motivo de preocupa��o s�o os machucados que surgem quando os moradores retiram seus pertences das casas inundadas. “Se houver algum ferimento, � necess�rio lavar bem o local com �gua e sab�o e procurar atendimento em um centro de sa�de, para ser avaliada a necessidade de dar algum ponto e de tomar vacinas, como a antitet�nica.” Tamb�m s�o comuns picadas e mordidas de animais pe�onhentos, que ficam desabrigados e, com isso, a proximidade de contato com o ser humano aumenta. Em caso de picadas de aranha ou escorpi�o e de mordidas de serpentes, pode-se buscar orienta��es no servi�o de toxicologia do Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII, pelo telefone (31) 3224-4000.

DIARREIA
Assim como os machucados, que parecem de menor gravidade, mas n�o devem ser subestimados, a diarreia causada pelo consumo de �gua contaminada deve ser levada a s�rio. Para evitar esse problema, alguns cuidados devem ser tomados. “Se a �gua apresentar cor e cheiro, n�o pode ser consumida. O melhor � comprar �gua mineral engarrafada, mas, se isso n�o for poss�vel, a �gua deve ser filtrada ou fervida”, ensina o infectologista. Outra op��o � usar uma solu��o de hipoclorito de s�dio (2,5%), encontrada em centros de sa�de. A indica��o � diluir duas gotas da solu��o em um litro de �gua e esperar 30 minutos para eliminar as bact�rias.

� importante tamb�m se proteger ao fazer a limpeza das casas inundadas. Inicialmente, para retirar o grosso da sujeira, deve-se proteger com botas, luvas ou sacos pl�sticos nas m�os e p�s, e usar �gua e rodo para sua remo��o. Depois, para uma limpeza mais minuciosa do ch�o e das paredes, deve-se usar �gua sanit�ria dilu�da em �gua na propor��o de 20 litros de �gua para 200ml de �gua sanit�ria.
“A �gua sanit�ria � um produto altamente corrosivo, que deve ser mantido longe do alcance de crian�as. Al�m disso, � preciso respeitar as orienta��es para dilui��o, para que n�o haja riscos de queimaduras graves, caso ingerida por acidente, inclusive no es�fago e no est�mago”, alerta.

Fique atento

N�o se pode usar �gua sanit�ria que contenha alvejante e perfume para desinfetar �gua, alimentos (frutas, verduras e legumes) e recipientes que armazenam �gua para consumo humano. A �gua sanit�ria s� pode ser usada para limpar ch�o, pisos, paredes e embalagens de vidro, latas e caixas do tipo longa vida que n�o estejam danificadas.

Se voc�, algum familiar ou amigo apresentar tr�s ou mais epis�dios de diarreia em um intervalo de 24 horas, procure atendimento m�dico. Caso duas ou mais pessoas apresentem diarreia, n�usea, v�mito e dor abdominal depois de beber e comer alimentos da mesma origem, isso pode ser um surto. Procure a unidade de sa�de mais pr�xima.

N�o consuma alimentos com cheiro, cor ou aspecto fora do normal (�mido, mofado, murcho); leite, carne vermelha, peixe, frango, ovos crus ou mal cozidos; frutas, verduras e legumes, principalmente aqueles que entraram em contato com a �gua da enchente.

Se sua casa tiver sido alagada, tome cuidado ao voltar. Observe atentamente a presen�a de animais pe�onhentos, bata os colch�es antes de us�-los e sacuda cuidadosamente roupas, sapatos, toalhas e len��is.

Nunca coloque as m�os em buracos ou frestas. Use ferramentas como enxadas, cabos de vassouras e peda�os compridos de madeira para mexer nos m�veis. N�o se esque�a de usar luvas.
Fontes: Minist�rio da Sa�de e Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SESMG)

LEPTOSPIROSE

� causada pela bact�ria Leptospira interrogans, presente na urina do rato. A forma mais comum de cont�gio se d� no contato com �guas de enchentes contaminadas. A bact�ria penetra por feridas na pele ou pelo contato prolongado com a �gua, uma vez que os poros dilatam e facilitam o cont�gio.

Sintomas
A leptospirose � potencialmente grave e em alguns casos pode levar � morte se n�o for tratada. Os sintomas, que aparecerem cinco dias ap�s a contamina��o, s�o febre alta de in�cio s�bito, sensa��o de mal-estar, dor de cabe�a constante e acentuada, dor muscular intensa, cansa�o, calafrios, dor abdominal, n�useas, v�mitos e dor na batata
da perna.

HEPATITE A

� uma doen�a infecciosa aguda causada pelo v�rus da Hepatite A (VHA), que � transmitido por via oral-fecal, de uma pessoa para outra ou atrav�s de alimentos ou �gua contaminada. Entre os alimentos destacam-se os frutos do mar e alguns vegetais. Uma vez infectada, a pessoa desenvolve imunidade contra esse v�rus por toda
a vida.

Sintomas

Pode ser sintom�tica ou assintom�tica. Durante o per�odo de incuba��o, que leva em m�dia de duas a seis semanas, os sintomas n�o se manifestam, mas a pessoa infectada j� � capaz de transmitir o v�rus. Uma minoria apresenta os sintomas cl�ssicos da infec��o: febre, dores musculares, cansa�o, mal-estar, inapet�ncia, n�useas e v�mitos. Depois de alguns dias, os olhos podem ficar amarelados e a urina escurece, adquirindo tonalidade semelhante � de um refrigerante avermelhado.


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