
Depois de tanta �gua, a falta de abastecimento nas torneiras n�o deixa de ser uma triste ironia nas cidades castigadas pelas enchentes. Enquanto Guidoval passou tr�s dias sem fornecimento, Al�m Para�ba ficou 10 dias com os canos secos. Caminh�es-pipa socorreram os moradores em um momento que a demanda aumentou, j� que os moradores precisam limpar suas casas para tentar voltar a elas. Uma adutora, no Rio dos Aventureiros, que leva �gua tratada pela Copasa ao munic�pio, se rompeu com a for�a das �guas na madrugada de 9 de janeiro. Funcion�rios trabalham na reconstru��o da estrutura h� 10 dias, mas ainda n�o conseguiram normalizar o abastecimento.
Apenas na quinta-feira a �gua voltou aos canos. Com 50% da capacidade, o abastecimento � feito em uma esp�cie de rod�zio pela cidade, o que faz faltar �gua nas casas na maior parte do dia. A Copasa informou que o fornecimento ainda � insuficiente para atender a demanda normal, por isso um sistema provis�rio de bombeamento continua sendo usado em car�ter emergencial. Segundo a secret�ria municipal de Administra��o, V�nia Beatriz Freitas, a prefeitura ainda trabalha no restabelecimento das condi��es b�sicas aos moradores e ainda n�o consegue calcular o valor do preju�zo.
Depois de receber o Cart�o de Pagamento da Defesa Civil, o segundo passo, de acordo com V�nia Beatriz, � buscar um novo lar para quem perdeu tudo. H� 3.230 desalojados na cidade – que n�o necessariamente perderam a casa – e 34 desabrigados – que tiveram a moradia destru�da e n�o t�m para onde voltar. A pensionista Madalena Teixeira, de 74, est� na lista. De um im�vel vizinho, no Bairro Santa Rita, viu sua moradia ser arrastada pela correnteza. Perdeu tudo e n�o sabe o que fazer. "� um desespero muito grande. Com a minha idade, vou ter de recome�ar a vida. Vim tirar um documento para ter pelo menos identidade", lamenta, enquanto � fotografada para a nova carteira.