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Estado de Minas

Moradores de Al�m Para�ba e Guidoval lutam para reconstruir suas vidas

Com a estiagem, cidades mais afetadas tentam se reerguer, mas muitos moradores n�o sabem nem por onde recome�ar


postado em 22/01/2012 07:13 / atualizado em 20/01/2015 10:16

Em algumas ruas das cidades atingidas, cenário é de campo de batalha(foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press.)
Em algumas ruas das cidades atingidas, cen�rio � de campo de batalha (foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press.)

Al�m Para�ba e Guidoval – Alguns se apegam � f� em Deus. Outros esperam socorro de uma a��o conjunta do poder p�blico. Parte j� recorreu ou pretende apelar a parentes e amigos. Poucos t�m alguma economia para raspar. E restou uma multid�o que simplesmente n�o sabe o que pensar, desejar ou fazer. Mais de 10 dias depois que a chuva deu tr�gua na maior parte do territ�rio mineiro, o Estado de Minas percorreu os dois munic�pios mais devastados pelos temporais na Zona da Mata, onde seis pessoas morreram e 32 mil foram afetadas. Com poucas palavras, muitas l�grimas e olhares incr�dulos, em meio a um cen�rio ainda tomado por barro e destro�os, moradores n�o veem a retomada da vida normal. M�quinas trabalham, um mutir�o providencia documentos, cargas de solidariedade v�o chegando. Mas faltam casas, faltam roupas, falta �gua limpa... Para muitos, falta at� esperan�a ou for�a para recome�ar.

Em Guidoval, o Rio Xopot� transbordou e arrasou a cidade no segundo dia do ano. A destrui��o � vista logo na entrada do pequeno munic�pio, de 7 mil habitantes, passa pelo Centro e chega � zona rural. Vinte dias depois, a Defesa Civil avalia que a situa��o � est�vel, sem riscos de novas trag�dias. Tr�s dias ap�s as enchentes, o sol voltou, inclemente. Os moradores aproveitaram para come�ar a dif�cil retirada da lama, mas o calor � tamanho – j� a temperatura chegou a 37°C – que obriga quem sofreu com as chuvas a reclamar do c�u de poucas nuvens.

J� em Al�m Para�ba foi o Rio Limoeiro, afluente do Para�ba do Sul, que arrastou casas, carros, ruas inteiras. Na madrugada do dia 9, quatro pessoas morreram carregadas pela enxurrada. Equipes do Servi�o Geol�gico do Brasil, do governo federal, avaliam riscos de novos deslizamentos, que na cidade vizinha, Sapucaia (RJ), com o mesmo relevo, mataram 22 pessoas. Como em Guidoval, o sol apareceu tr�s dias depois do desastre.

RECOME�O

”Fogo, fogo", gritava o louro, ao ver a �gua que invadia Guidoval. A dona do papagaio que deu o alarme como p�de, Eliana Martins Nogueira, de 48 anos, j� se mobilizava para salvar parte do que conseguiu na vida. Perdeu quase tudo. Ganhou mesa da vizinha, que se rendeu e decidiu recome�ar a vida em Ub�. "Minha retomada ser� por aqui. Pelo menos, j� tenho onde comer", diz. J� Leandra Alves, de 12, perdeu muito mais que bens materiais em Al�m Para�ba. A m�e e o irm�o morreram. “Recome�ar? N�o tenho nem ideia como”, diz.

Nas ruas dos dois munic�pios, alguns limpam casas ou tentam consertar espa�os destru�dos. Outros nem alicerce t�m para reconstruir. Resta esperar programas sociais de moradia, ainda incertos. O com�rcio tamb�m foi devastado. O dono de uma f�brica de m�veis em Guidoval calcula ter perdido R$ 500 mil em infraestrutura e R$ 120 mil mensais em vendas. As prefeituras ter�o de reconstruir pr�dios p�blicos, hospitais e postos de sa�de. “Estamos perdidos. Vai ser duro recome�ar”, prev� a pensionista Aurenice Nunes de Andrade, de 69, na fila por uma identidade.


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