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Estado de Minas

Exames cl�nicos comprovaram que condutores t�m sa�de prec�ria


postado em 30/01/2012 06:35

(foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
(foto: T�lio Santos/EM/D.A Press)
Os motoristas que transportam cargas pesadas tamb�m deixa a desejar. Dos oito que aceitaram ser submetidos a exames, cinco apresentavam grande tend�ncia � sonol�ncia. “S�o homens que dormem pouco e apresentam gordura e medidas avantajadas de pesco�o, com alto �ndice de massa corp�rea. Tudo isso contribui para que sejam mais suscet�veis aos efeitos do sono”, aponta o presidente da Associa��o Mineira de Medicina do Tr�fego (Ammetra), F�bio Nascimento. Cinco dos profissionais de transporte usavam chinelos para dirigir, o que � uma transgress�o do C�digo de Tr�nsito Brasileiro (CTB). “A rotina deles tamb�m n�o ajuda. S�o mais de 10 horas trafegando sem descansos regulares. O ideal s�o, no m�ximo, oito horas de servi�o, com paradas a cada duas horas em que podem descansar por 10 ou 15 minutos”, diz o m�dico.

As condi��es card�acas dos motoristas tamb�m n�o estavam boas. Segundo a avalia��o do diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Eust�quio Guerino, A.V.R., que apresentou tonturas e sente mal ao dirigir, precisa ver um m�dico, pois pode desenvolver diabetes e problemas vasculares mais s�rios. Uma dieta, recomenda��es de exerc�cios e de h�bitos saud�veis foram passadas a ele. Outros tr�s caminhoneiros tamb�m apresentaram press�o alta. “S�o homens que mesmo com planos de sa�de t�m dificuldade de consultar m�dicos. S�o escravos de suas profiss�es. Como ficam pouco em seu munic�pio, n�o conseguem articular esses cuidados”, atesta.

O relato mais impressionante foi o de um jovem de 24 anos que transporta granito de Medina, no Vale do Jequitinhonha, para v�rios pontos do pa�s. O homem n�o fez os exames, mas seus relatos foram chocantes. “O caminh�o dele suporta 14 toneladas. Ele traz blocos de 28 toneladas. Tem de rodar � noite e apaga o farol para os operadores das balan�as n�o o verem. Cobre a carga com lona para disfar��-la. Toma rebite para circular numa noite s�. � uma rotina suicida”, atesta o consultor em manuten��o, Alberto Guimar�es.


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