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Estado de Minas

Pol�cia refor�a investiga��o sobre chacina de sem-terra no Tri�ngulo Mineiro

Governo do estado envia equipe de BH para investigar mortes de tr�s sem-terra e evitar o aumento da tens�o agr�ria


postado em 26/03/2012 08:44

Com as roupas sujas de poeira vermelha e sangue seco dos av�s assassinados, o menino de 5 anos que sobreviveu � execu��o de um trio de l�deres do Movimento pela Liberta��o dos Sem Terra (MLST), no s�bado, no Tri�ngulo Mineiro, saiu do carro que foi emboscado e caminhou por cinco quil�metros para buscar ajuda. J� cansado da caminhada, avistou uma caminhonete que seguia pela estrada de Campo Florido (MGC-455), no distrito de Miraporanga, a 40 quil�metros de Uberl�ndia. “Ele conseguiu parar o motorista e disse que os av�s tinham sido baleados. O condutor n�o acreditou e foi embora. Mais � frente, viu o Kadett com os tr�s e retornou”, conta o superintendente do Instituto Nacional de Coloniza��o e Reforma Agr�ria (Incra) em Minas Gerais, Carlos Calazans. As palavras do garoto s�o o ponto de partida para as investiga��es sobre o crime, que devem ser intensificadas hoje, j� que ontem um grupo de policiais civis da capital foi encaminhado ao Tri�ngulo para refor�ar a apura��o.

Foi o mesmo motorista, depois do esfor�o da crian�a em buscar socorro para os av�s, que acionou a pol�cia e o Corpo de Bombeiros para ainda tentar salv�-los. A morte de Valdir Dias Ferreira, de 39 anos, e dos av�s do menino, Milton Santos Nunes da Silva, de 52, e Clestina Leonor Sales Nunes, de 48, repercutiu na c�pula do governo mineiro e a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) determinou prioridade absoluta na apura��o dos fatos, temendo que possa haver mais tens�o entre invasores e fazendeiros na regi�o. Por isso, uma unidade de investigadores da Delegacia de Homic�dios de Belo Horizonte seguiu ontem para Uberl�ndia e vai auxiliar os colegas locais no caso.

Na manh� de s�bado, segundo a PM, o trio de sem-terra saiu do acampamento no munic�pio de Prata para uma reuni�o de representantes de movimentos sociais em Uberl�ndia. Foram interceptados por um carro cinza antes de uma ponte na MGC-455. Segundo a per�cia, os tr�s foram mortos com tiros na cabe�a, com pelo menos tr�s ferimentos � bala cada um. “� um cen�rio de execu��o feita por matadores profissionais. N�o � algo que os pr�prios sem-terra, por exemplo, poderiam ter armado. � como na chacina de Una�, que est� impune at� hoje”, compara Calazans, lembrando as mortes de quatro servidores do Minist�rio do Trabalho, em 2004, por causa de conflitos agr�rios. Ainda de acordo com o superintendente do Incra, que foi ao vel�rio e enterro dos assassinados, ontem, em Cachoeira Dourada (GO), a ocupa��o na Fazenda S�o Jos� dos Cravos, onde as v�timas estavam, vinha sendo tumultuada, com v�rios registros de conflitos entre invasores e fazendeiros.

Os pais da crian�a j� est�o com ela. A pol�cia n�o sabe dizer se o garoto � capaz de reconhecer suspeitos. O delegado chefe da Delegacia de Homic�dios de Belo Horizonte, Wagner Pinto, informou que a equipe enviada ao Tri�ngulo Mineir ainda est� se inteirando dos fatos. De acordo com o comandante do 32º Batalh�o da PM de Uberl�ndia, tenente-coronel Sandro Heleno Leite, nenhum suspeito foi detido ainda, mas a Pol�cia Civil j� come�ou a tomar os primeiros depoimentos.


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