
O desembargador relator, Fl�vio Batista Leite, julgou hoje o recurso de Pac�fico, que pedia a anula��o do processo. A defesa tentava resgatar o voto minorit�rio do desembargador Delmival de Almeida Campos em outro recurso impetrado pela defesa, que foi julgado em mar�o do ano passado. Naquela ocasi�o, durante as preliminares, Delmival votou a favor da anula��o de todo o processo a partir da den�ncia, acatando a tese de que o Minist�rio P�blico n�o teria legitimidade para investigar. Ao julgar a a��o, o desembargor Fl�vio Batista Leite considerou que a investiga��o feita pelo MP � garantida pela Constitui��o.
“O MP � titular da a��o penal e pode requisitar dilig�ncias investigat�rias e a instaura��o do inqu�rito policial. Ele n�o tem o fim de condenar o cidad�o, mas buscar a verdade e promover a Justi�a. � evidente que o promotor n�o pode agir como delegado de pol�cia. Por�m, isso a lei e a Constitui��o n�o permitem e seria f�cil perceber o desvio de fun��o se assim ocorresse”, argumentou o magistrado.
Para pedir novamente a pris�o do condenado, o desembargador considerou que o ex-detetive, foragido durante boa parte das investiga��es, pode fugir a qualquer momento.
O crime
O crime foi em agosto de 2000, no hotel da Avenida �lvares Cabral, onde a v�tima se hospedou para um encontro com um suposto amante. O r�u foi condenado por asfixiar e agredir at� a morte a modelo. Ele tamb�m modificou o local do crime para que aparentasse suic�dio ou a��o de um suposto amante. De acordo com a den�ncia oferecida � Justi�a pelo Minist�rio P�blico, Reinaldo conheceu Cristiana em 1996 e namoraram at� o ano seguinte.
O detetive teria se apresentado � fam�lia dela como um juiz criminal, mas, aos poucos, segundo o processo, foi revelando o seu temperamento violento, possessivo, ciumento e dissimulado, motivo que levou Cristiana a abandon�-lo, pois vinha sendo agredida e amea�ada por ele.