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Estado de Minas

Obras na pra�a da Savassi 'correm' contra o calend�rio

Cerca de 80 oper�rios trabalham em ritmo acelerado para tentar encerrar a obra e o tormento que h� um ano derrubam vendas e desafiam pedestres e motoristas na �rea mais badalada da capital


postado em 10/04/2012 06:00 / atualizado em 10/04/2012 06:55

Para entregar o espaço de cara nova até o fim do mês, conforme previsão da Prefeitura de BH, trabalhadores cumprem turnos especiais, inclusive aos domingos. (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Para entregar o espa�o de cara nova at� o fim do m�s, conforme previs�o da Prefeitura de BH, trabalhadores cumprem turnos especiais, inclusive aos domingos. (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Depois de mais de 12 meses de obras, v�rias mudan�as de tr�nsito, 51 pontos de com�rcio fechado e queda estimada em at� 70% nas vendas dos que resistiram, o clima no canteiro de obras mais badalado de Belo Horizonte, enfim, � de reta final. A revitaliza��o da Savassi, or�ada em R$ 10,4 milh�es e iniciada em mar�o do ano passado, ganha cuidados de acabamento, mesmo diante da incredulidade de muitos quanto ao cumprimento do prazo, no meio de muita poeira e em ritmo acelerado. Em data, n�o se fala. Mas ao menos 80 oper�rios batalham em hor�rios e turnos especiais, inclusive aos domingos, para dar conta de entregar os novos quarteir�es � popula��o ainda este m�s.

Quem trabalha na regi�o ou precisa passar por ela por algum motivo n�o v� a hora de a promessa se cumprir, para poder se livrar de entulho, tapumes, transtorno. E da fuga de clientes. Cristiane Aparecida, de 32 anos, vendedora comissionada, h� tr�s anos trabalha na regi�o e diz que � preciso recuperar o tempo perdido. “As vendas ca�ram demais. Esta obra j� tem mais de ano. N�o precisava ter demorado tanto e acho que dificilmente vai ficar pronta at� o fim do m�s, como est�o falando.”

A Prefeitura de Belo Horizonte n�o marca dia para acabar com a expectativa. Em nota oficial, a Superintend�ncia de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) apenas confirma o t�rmino dos servi�os de “infraestrutura em rela��o �s adequa��es das redes de drenagem de �gua e esgoto, sistema de irriga��o e adequa��o das redes l�gicas das concession�rias de servi�os p�blicos e privados, como telefonia e TV a cabo”.

A diretora de Obras e Infraestrutura, Maria Luisa Moncorvo, afirma que falta pouco para cumprir a previs�o de terminar as obras ainda este m�s. “Vamos concluir a implanta��o de todo o projeto no prazo. Estamos na fase de finaliza��o de instala��o das fontes e do projeto paisag�stico. Seguimos o cronograma, com apenas uma redu��o das interven��es no fim do ano, para atender �s reivindica��es dos lojistas. A obra ser� entregue dentro da concep��o original do projeto, com ajustes m�nimos necess�rios em rela��o a acessibilidade e mobilidade”, disse.

Mas nos quatro quarteir�es ainda h� muito a ser acabado. A obra nem foi entregue e alguns pontos j� carecem de reparos. Na Rua Ant�nio de Albuquerque, trabalhadores substituem pe�as do piso. “Tem gente que n�o tem cuidado. Quase todo dia tem coisa para arrumar”, diz o jovem trabalhador.

Na Pra�a Diogo de Vasconcelos - com seus novos totens de a�o em que o “de” desapareceu do nome oficial -, o que se v� � trabalho por todo canto. No quadril�tero em barro e cimento grosso, o granito, enfim, come�a a dar beleza ao revestimento das arquibancadas de concreto. O vaiv�m das marretas marca o compasso de mais uma tarde de poeira. O barulho das m�quinas de cortar pedras se junta ao som dos autom�veis, cujos motoristas ainda apanham das novas marca��es de tr�nsito no piso - impressiona a quantidade de desavisados sobre ou al�m da faixa de pedestres, diante do sinal fechado.

Em conversa informal, um dos oper�rios interrompe a lida para dizer que acredita estar no prazo. “J� at� est�o regulando a for�a dos jatos d’�gua da fonte. � que a �gua estava indo longe demais, na rua. As luzes tamb�m j� foram testadas. Est� uma beleza. � noite, fica tudo iluminado. Um clar�o. Est� parecendo campo de futebol”, entusiasma-se.

Mas o entusiasmo n�o se repete em gente como Carlos Roberto Martins, de 60, frequentador da Savassi desde garoto. N�o lhe agradam a demora nem o resultado da revitaliza��o. “Veja o Jap�o… Os japoneses conseguem se reerguer de uma cat�strofe e a gente apanhando de uma obra deste tamanho. � tempo demais”, compara. “N�o acho que est� bonito. Al�m do mais, se voc� observar bem, pr�ximo �s avenidas, a �rea de circula��o dos pedestres foi reduzida, com a eleva��o dos canteiros, com estas arquibancadas. Parece mais coisa de futebol. N�o tem muito a ver com a Savassi”, critica.

Enquanto cidad�os est�o com um p� atr�s, lojistas se mostram confiantes na conclus�o das obras. “Estamos planejando uma s�rie de eventos para os pr�ximos dois meses, para marcar a reinaugura��o. Falta pouco e vamos aproveitar o apelo do Dia das M�es, segundo domingo de maio, e Dia dos Namorados, em 12 de junho, para essas atividades culturais e art�sticas”, disse o presidente do Conselho da CDL Savassi, Alessandro Runcini. Segundo ele, o cronograma da obra tem sido cumprido. “O que foi acertado com a comiss�o de obra est� mantido. Inicialmente, a conclus�o seria em mar�o, mas em outubro houve realoca��o do canteiro de obras, atendendo a reivindica��o dos lojistas, o que gerou o atraso de um m�s.” Agora, todos - lojistas, clientes, pedestres, motoristas, usu�rios em geral - torcem para que o atraso fique apenas nisso.


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