
O laudo da Superintend�ncia de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) apontou falha na funda��o do Condom�nio Art De Vivre, constru�do pela P�dium Engenharia. Conforme o relat�rio, o problema aliado a outros fatores provocou a queda de pr�dios na Rua Laura Soares Carneiro, no Bairro Buritis, Regi�o Oeste de Belo Horizonte. A Copasa e a prefeitura n�o est�o isentas de responsabilidade, por causa do volume de infiltra��o de �gua no solo e da demora nas solu��es de drenagem.
O laudo � conclusivo em rela��o � responsabilidade pelos desmoronamentos, diferentemente do relat�rio apresentado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) - com base em an�lises do Instituto Brasileiro de Avalia��es e Per�cias de Engenharia ( Ibape-MG) -, que n�o apontou respons�veis pelos danos aos im�veis.
O caso dos pr�dios se arrasta h� seis meses. Moradores foram retirados dos im�veis em outubro de 2011, quando um conjunto de pr�dios foi interditado por causa do risco de desabamento. Em 10 de janeiro deste ano, o edif�cio Vale dos Buritis desabou e o perigo ficou ainda maior. Primeiramente, a Justi�a deu prazo de 48 horas para a Podium Engenharia, respons�vel pelo Art de Vivre, demolir a estrutura. Mas, diante do sil�ncio da empresa e da impossibilidade de acion�-la juridicamente, o juiz Renato Lu�s Dresch deu � PBH autonomia para a derrubada.
Agravante
Conforme o laudo, as quebras de tubula��es da Copasa, que acarretaram infiltra��o de �gua pelas trincas, somadas � contribui��o das �guas de chuvas intensas, agravaram e aceleraram o deslizamento. Mas, a responsabilidade pelos danos e preju�zos causados deve-se, principalmente, �s obras de terraplenagem e �s defici�ncias nas estruturas de conten��o instaladas na encosta pela construtora.
Em nota, a Podium Engenharia questionou o laudo da Sudecap. A construtora entende que “o relat�rio possui algumas informa��es incompletas, pois outros laudos de empresas e profissionais n�o ligados � Prefeitura de BH mostraram que a grande quantidade de �gua causou a instabilidade do solo, apontando ainda falhas no sistema de drenagem pluvial da Rua Laura Soares Carneiro e ruptura da rede de distribui��o de �gua pot�vel”.
A empresa questionou o fato de o laudo ter sido feito por uma empresa que presta servi�os � Sudecap, o que pode configurar conflitos de interesses, por n�o se tratar de uma consultoria isenta e sem v�nculo contratual para presta��o de servi�os ao �rg�o que julga ter raz�o. Informou ainda que as a��es da empresa se restringir�o � esfera jur�dica, quando todos os processos ser�o analisados e julgados pelo Judici�rio. A Copasa e a prefeitura informaram que v�o aguardar laudo judicial para se pronunciar sobre o caso.
Fatores que causaram instabilidade da encosta*
Caracter�sticas geol�gico-geot�cnicas do subsolo (sedimentar)
Servi�os de terraplenagem executados com erros
Movimenta��es de terra constante
Intensas chuvas
Aus�ncia de medidas eficazes de escoramento e de drenos
*Fonte Sudecap
Pr�dio inteditado no Barreiro
Em fevereiro, moradores de dos 16 apartamentos de um pr�dio de quatro andares na Rua Tabo�o da Serra, no Bairro Itaipu, Regi�o do Barreiro, tamb�m tiveram que abandonar o endere�o depois que trincas e rachaduras se espalharam pelo edif�cio, que faz parte do bloco 2 de um condom�nio constru�do em 2010 em um terreno cedido pela Prefeitura de Belo Horizonte com recursos da Caixa Econ�mica Federal (CEF). As fam�lias beneficiadas foram escolhidas por meio do Or�amento Participativo. Na �poca, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) orientou as fam�lias a deixar o local. Elas passaram a receber a Bolsa Moradia, de R$ 400 por m�s.
Em nota, a Companhia Urbanizadora e de Habita��o de Belo Horizonte (Urbel) informou que o pr�dio j� est� cercado para que sejam feitas obras de refor�o na funda��o. Os trabalhos ficar�o com a empresa ACE, respons�vel pela constru��o do conjunto. Segundo a Urbel, a empresa est� tentando obter recursos junto ao seguro da Caixa para viabilizar o servi�o. Conforme a companhia, as 16 fam�lias que residiam no bloco j� mudaram para outros im�veis, alugados com recursos do Programa Bolsa Moradia, onde devem permanecer at� a solu��o do problema.
A Urbel explica que o Conjunto Itaipu foi constru�do atrav�s de um sistema de autogest�o, atrav�s do Programa Cr�dito Solid�rio, do governo federal. Neste sistema, os moradores benefici�rios se organizam numa associa��o habitacional que contrata uma empresa especializada para constru��o da obra. A PBH participou do empreendimento com a doa��o do terreno e tamb�m no acompanhamento das etapas de constru��o e p�s-morar.