
A Companhia Mineira de Promo��es (Prominas) vai se reunir nesta segunda-feira com a empresa de engenharia Via T�cnica, respons�vel pela reforma do telhado do Expominas, para cobrar explica��es sobre o que ocorreu na obra que est� sendo feita no telhado do pavilh�o. O forro acabou encharcado por causa da chuva da noite de sexta-feira e, por causa de risco de queda, a Bienal do Livro de Minas foi encerrada dois dias antes da data prevista. Nessa reuni�o, o diretor operacional da Prominas, Estev�o Fi�za, vai propor � Companhia de Desenvolvimento Econ�mico de Minas Gerais (Codemig), propriet�ria do pr�dio, que seja feita a retirada completa do forro de isolamento t�rmico e ac�stico sob os 17 mil metros quadrados de teto.
Segundo Fi�za, a Via T�cnica venceu em janeiro uma licita��o para instalar uma manta impermeabilizante no telhado do Expominas e vedar as goteiras existentes. As obras come�aram em meados de abril e seguem at� setembro, justamente para conciliar com o per�odo de seca. O diretor operacional da Prominas diz que havia planejamento e aprova��o para a execu��o da obra da forma como vinha sendo feita e que, na sexta-feira, ao perceber a forma��o de nuvens, os oper�rios fizeram um isolamento especial com soldas na parte aberta, que n�o estava terminada, para evitar goteiras e atrapalhar a Bienal no dia seguinte. Mas a chuva foi mais forte do que o esperado e a obra emergencial n�o adiantou.
Tamb�m hoje, t�cnicos do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (Crea-Minas) v�o conversar com o engenheiro respons�vel pela obra de impermeabiliza��o do Expominas e visitar o local para entender por que houve risco de queda do forro por causa da chuva. Segundo o gerente t�cnico do Crea, Renato Chaves, a Anota��o de Responsabilidade T�cnica (ART) para a interven��o foi preenchida dentro do que prev� a legisla��o. A empresa est� registrada no conselho. “Queremos saber qual foi a t�cnica usada na impermeabiliza��o do telhado e se essa t�cnica est� adequada aos padr�es”, disse.
Preju�zo � grande, dizem organizadores
A Fagga GL Exhibitions, empresa respons�vel pela organiza��o da Bienal do Livro, deve divulgar hoje os impactos e preju�zos financeiros do cancelamento do encontro liter�rio para os expositores e editoras participantes. Em 2010, segunda edi��o da Bienal, o faturamento foi de R$ 9 milh�es e foram comercializados 700 mil livros. Afonso Braga, curador da bienal, diz que as perdas provocadas pelo cancelamento do encontro v�o al�m do que os organizadores podem medir. “Meninos do interior que chegaram aqui com o livro do autor Pedro Bandeira debaixo do bra�o tiveram que voltar para casa. Professoras que fretaram �nibus com o seu pr�prio dinheiro tamb�m voltaram. Uma frustra��o que n�o pode ser materializada em n�meros.”
Para ontem estavam previstas palestras, sess�o de aut�grafos e caricaturas, al�m de apresenta��es liter�rias. O navegador Amyr Klink, conhecido por n�o repetir temas e nem hist�rias, participaria da bienal com a palestra Viagem. E seria uma oportunidade �nica. Al�m da agenda apertada, o navegador diz que em outubro dar� in�cio a suas viagens para o Sul e a Ant�rtida. “Foi uma pena”, comentou Klink. Outra palestra desmarcada foi do jornalista Maur�cio Kubrusly.

O port�o fechado e o estacionamento vazio surpreenderam o p�blico que na manh� e tarde de ontem chegou ao Expominas para a Bienal do Livro. Na entrada, um papel no port�o justificava o cancelamento. Frustra��o para os universit�rios Glaydsson Alves e Ant�nio Moreira, de 20 anos (foto), que viajaram de Sarzedo, na Grande BH, para ver a Bienal. “Gastamos nosso fim de semana vindo aqui duas vezes. S�bado falaram que estava suspenso para inspe��o. Um evento desse porte n�o podia deixar o p�blico chegar aqui, n�o encontrar nada e ir embora sem respostas”, reclamou Gladysson.
(Com Marinella Castro e Carolina Cotta)