A Pol�cia Civil vai ouvir nesta quinta-feira uma bab� suspeita de ter agredido um beb� de tr�s meses, que est� internado h� 20 dias no Hospital Mater Dei com les�es no c�rebro e com risco de ficar cego. A mulher j� havia prestado depoimento na �poca em que a crian�a foi levada para a unidade de sa�de. Por�m, devido a algumas contradi��es, ela ser� interrogada novamente. O delegado Geraldo Toledo, da Delegacia Especializada de Prote��o � Crian�a e ao Adolescente, n�o descarta pedir a pris�o preventiva dela. “J� ouvi a bab� antes mas, no decorrer do inqu�rito, encontramos outras situa��es e vimos que ela est� caindo em contradi��o. Dependendo do que ela falar, poderemos pedir a pris�o”, disse.
Segundo o delegado, o beb� sofreu as les�es em 15 de junho em um apartamento do Bairro Serra, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. A m�e havia sa�do para trabalhar quando recebeu a liga��o da bab�, dizendo que a crian�a estaria sofrendo uma convuls�o.
Orientada pela m�e, a mulher entrou em um t�xi e levou o beb� para o Hospital Mater Dei, onde teve outras convuls�es. “Exames constataram que a menina teve um sangramento no c�rebro, deslocamento da retina e a ruptura de vasos nos dois olhos. Essas les�es podem ocasionar a paralisia e a cegueira”, diz o delegado.
O beb� n�o apresentou nenhuma les�o vis�vel e foi detectada o que os m�dicos chamam de "s�ndrome do beb� sacudido". “As convuls�es acontecem quando h� uma pancada forte na cabe�a como, por exemplo, se a crian�a cai do ber�o ou escorrega no banho. No caso da s�ndrome, o c�rebro do beb� est� em forma��o e, quando � chacoalhado, o �rg�o acaba batendo nas laterais do cr�nio, podendo ocasionar as les�es. Muitas pessoas n�o sabem disso”, explica Geraldo Toledo.
A principal suspeita do crime informou � pol�cia que estava sozinha na casa quando o beb� passou mal. Por causa disso, ela ligou para a m�e do beb�. Exames feitos na crian�a tempos depois de ela nascer indicam que ela era saud�vel e n�o possu�a nenhuma les�o, informou o delegado.
O em.com entrou em contato com o Hospital Mater Dei, mas as informa��es sobre o estado de sa�de do beb� n�o ser�o repassadas a pedido dos pais.