
Ap�s a confirma��o de 38 casos e 15 mortes causadas pelo v�rus H1N1, quatro vezes mais que no ano passado, a Secretaria de Estado da Sa�de (SES) prepara uma campanha de m�dia para refor�ar entre a popula��o os conceitos de preven��o da gripe, como lavar as m�os, usar len�os para espirrar e buscar o atendimento m�dico quando sintomas como febre alta e tosse persistirem.
O subsecret�rio de Vigil�ncia e Prote��o � Sa�de, Carlos Alberto Pereira Gomes, n�o considera que a campanha esteja sendo feita tardiamente. “T�nhamos uma campanha de vacina��o em curso e nosso entendimento � que a campanha nacional de imuniza��o chamaria a aten��o da popula��o para esses cuidados. Talvez essas medidas n�o tenham sido t�o enfatizadas”, admite, ressaltando que cabe �s escolas, fam�lias e meios de comunica��o difundir as formas de preven��o ao H1N1.
“Os estudos epidemiol�gicos mostram que essa faixa et�ria � a que tem a maior incid�ncia de comorbidade. Por isso n�o podemos ter como �nica refer�ncia a idade, mas o estado de sa�de do paciente. Os casos graves”, explica T�nia Marcial, infectologista e assessora da Subsecretaria de Vigil�ncia e Prote��o � Sa�de, lembrando que todas as pessoas que morreram em decorr�ncia do H1N1 n�o tinham sido vacinadas.
As regi�es mais frias do estado concentram a maior parte dos infectados. S�o 13 casos confirmados no Tri�ngulo Mineiro e 10 casos na Regi�o Sul, o que, segundo infectologistas, � esperado pela comunidade m�dica. “O clima frio e �mido e o fato de as pessoas passarem a maior parte do tempo em ambientes fechados contribui para a sobreviv�ncia e dissemina��o do v�rus”, afirma Carlos Alberto Pereira Gomes.
Tratamento
A corrida pela vacina da gripe n�o adianta mais. Segundo T�nia Marcial, o mais eficaz agora � o tratamento, j� que a vacina s� come�a a fazer efeito depois de 15 dias. O professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e infectologista Una� Tupinamb�s considera fundamental redobrar os cuidados para evitar o cont�gio e, em caso de contamina��o pelo H1N1, a r�pida medica��o . “A gripe A � uma doen�a que pode evoluir rapidamente. Diante de sintomas, a popula��o deve procurar imediatamente o posto m�dico”, ressaltando que o tratamento s� deve ser feito sob orienta��o m�dica.

Sul do pa�s preocupa governo
O avan�o da Gripe A no Sul do pa�s, com o registro de mais de 1,3 mil casos e 87 mortes nos tr�s estados da regi�o, levou o governo federal a mudar a estrat�gia de preven��o e combate ao v�rus H1N1, causador da doen�a. Em vez de priorizar a vacina��o, como vinha fazendo, a orienta��o � popula��o passa a ser que aja rapidamente. A recomenda��o foi dada ontem pelo ministro da Sa�de, Alexandre Padilha, em um programa de r�dio. Segundo ele, aparecendo os sintomas, o doente deve procurar um m�dico para saber se precisa usar o rem�dio adequado, o Oseltamivir, conhecido com o nome comercial de Tamiflu. A indica��o � que as pessoas n�o se tratem em casa e s� usem o medicamento sob orienta��o m�dica, diante do surgimento dos sintomas.
O Minist�rio da Sa�de informou que esse protocolo est� em vigor desde o fim do ano passado, mas o aumento do n�mero de casos da gripe A levou as secretarias a agilizarem a distribui��o do medicamento nas unidades de atendimento nos �ltimos dias. Al�m disso, na ter�a-feira a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) soltou uma notifica��o dispensando o uso de receita controlada para a administra��o do Tamiflu. Agora, para comprar a medica��o ou retir�-la no posto de sa�de, as pessoas s� precisam apresentar uma receita simples do m�dico, o que deve facilitar ainda mais o tratamento de pacientes gripados.
Popula��o amedrontada
Com 600 casos confirmados e 47 mortes, Santa Catarina � o estado da Regi�o Sul mais afetado. No Rio Grande do Sul, a secretaria estadual de sa�de divulgou segunda-feira que 23 pessoas j� haviam morrido v�timas da doen�a e o n�mero de casos chega a 145. O medo da contamina��o � tamanho que ontem cerca de 5 mil pessoas formaram filas quilom�tricas em Santa Rosa, no Noroeste ga�cho, na tentativa de se vacinar. Segundo a Secretaria Municipal de Sa�de, a cidade recebeu um novo lote com 9 mil doses do Minist�rio da Sa�de na ter�a-feira e algumas pessoas teriam passado a noite na fila � espera de receber o medicamento ontem. A prioridade � vacinar o grupo de risco, que inclui gestantes, crian�as de 6 meses a 2 anos, idosos e portadores de doen�as cr�nicas.
A Secretaria de Sa�de do Estado de S�o Paulo confirmou 66 casos neste ano. Por se tratar de uma gripe, a maioria das pessoas, segundo a secretaria paulista, n�o procura aux�lio m�dico e s� casos graves s�o notificados. J� s�o 14 �bitos no ano pela doen�a. Na pandemia de 2009 foram 600 mortes no estado. (Com ag�ncias)