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Estado de Minas

BH ter� menos rel�gios nas ruas

A partir de 2013, a PBH vai substituir os 350 equipamentos digitais espalhados pela cidade por 300. Pre�o da publicidade divulgada em cada um subir� de R$ 35 para R$ 210 por m�s


postado em 25/07/2012 06:00 / atualizado em 25/07/2012 06:42

No Centro da capital, equipamentos situados a poucos metros um do outro são flagrados divulgando informações diferentes(foto: TÚLIO SANTOS/EM/D.A PRESS)
No Centro da capital, equipamentos situados a poucos metros um do outro s�o flagrados divulgando informa��es diferentes (foto: T�LIO SANTOS/EM/D.A PRESS)
Depois dos outdoors, os rel�gios de rua s�o o pr�ximo alvo da guerra contra a polui��o visual em Belo Horizonte. A prefeitura promete redu��o de 14% no n�mero de equipamentos que, al�m de hora, data e temperatura, contam com espa�o para publicidade. Outra mudan�a diz respeito ao valor da permiss�o repassado aos cofres p�blicos, que vai aumentar pelo menos 400%. Atualmente, a administra��o municipal recebe R$ 35 por m�s por cada um dos 350 rel�gios instalados na cidade, o que representa apenas R$ 147 mil por ano. A partir do ano que vem, BH vai ter 300 rel�gios digitais, que render�o ao munic�pio, no m�nimo, R$ 210 cada, num total de R$ 756 mil ao ano.

As novas orienta��es ser�o divulgadas no preg�o eletr�nico que ser� aberto na pr�xima semana pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento. “Como as diretrizes agora s�o de diminuir a polui��o visual, vamos reduzir o n�mero de rel�gios, mas espalh�-los melhor pela cidade”, afirma a assessora jur�dica da pasta, Adriana Lafet�. “Os novos permission�rios tamb�m pagar�o mais, pois, a partir de um estudo de viabilidade econ�mica, vimos que, como h� agora menos outdoors em BH, os rel�gios deixaram de ser s� mais um espa�o de publicidade”, afirma a assessora, ressaltando que a receita com os equipamentos vai para o caixa �nico da prefeitura.

A �ltima licita��o dos aparelhos ocorreu em 2003, h� quase 10 anos, e concedeu � Cemusa do Brasil o direito de explorar publicidade em rel�gios digitais, com a condi��o de fornecer, instalar e manter os equipamentos. O Estado de Minas entrou em contato com a Cemusa para saber a arrecada��o da empresa com as placas e como funciona a manuten��o, mas n�o teve retorno at� o fechamento desta edi��o. O contrato da Cemusa do Brasil vence em mar�o de 2013, quando os 350 equipamentos dever�o ser retirados. Apesar disso, a previs�o da Secretaria de Desenvolvimento � de, at� novembro, colocar 60 unidades em regionais carentes do mobili�rio. A instala��o dos outros 240 ocorrer� at� abril de 2013.

Vendedor n�o confia

Embora trabalhe em frente a um desses rel�gios, na Avenida Afonso Pena, no Centro da capital, o vendedor Ant�nio Ferreira, de 61 anos, n�o acompanha a hora pelo equipamento. “Acho que o principal foco � propaganda. Na �poca da chuva, eles sempre costumam dar problema”, afirma. No tempo seco, entretanto, os ponteiros parecem estar bem ajustados, ao contr�rio da temperatura. Vestido com casaco de couro, o psic�logo Samuel Dam�sio, de 25, se espantou ao ver o rel�gio marcar 37°C, �s 14h de ontem, na Avenida Afonso Pena, na esquina da Rua Pernambuco.

“N�o estaria suportando usar esse casaco caso a temperatura fosse de fato 37°C. N�o costumo olhar esses rel�gios, pois n�o confio”, diz. No quarteir�o de baixo, entretanto, o equipamento acusava 30°C e, mais acima, outro aparelho marcava 28°C, nas mesmas 14h.

Enquanto isso, na torre da Prefeitura

(foto: TÚLIO SANTOS/EM/D.A PRESS)
(foto: T�LIO SANTOS/EM/D.A PRESS)
Os rel�gios da Prefeitura de Belo Horizonte, na Avenida Afonso Pena, continuam sem funcionar. �s 15h30, cada um dos tr�s equipamentos, situados na torre da sede, marcava um hor�rio diferente: 5h25, 10h30 e 1h15. “Esse � o retrato da administra��o p�blica”, afirma a professora Cibelle de Castro, de 25 anos. O aposentado Domingos Diniz, de 80 anos, considera um desrespeito com o cidad�o. A aposentada Terezinha Dias Machado (foto), de 79, quase se confundiu ao olhar o rel�gio, em frente ao ponto de �nibus onde aguardava a condu��o. “Meu marido comentou que ir�amos voltar muito cedo para casa, pois o rel�gio marcava 1h15. � por isso que sempre ando com o meu rel�gio”, afirma, com o acess�rio dependurado no pesco�o. A prefeitura informou que est� licitando empresas para fazer a manuten��o do equipamento, mas tem encontrado dificuldade em contratar firmas especializadas no servi�o.


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