As equipes de seguran�a do Shopping Alta Villa e do Hard Rock Caf� prestaram depoimento na manh� desta quarta-feira sobre o caso do atropelamento de tr�s pessoas ocorrido no fim de semana em Nova Lima, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a delegada Graziella Lucindo, da 1ª Delegacia de Pol�cia da cidade, respons�vel pelas investiga��es, as testemunhas disseram que houve um tumulto na boate, mas ainda n�o � poss�vel afirmar que ele tenha liga��o com o relato do pintor Hudson Eduardo Silva, de 18 anos, que disse ter fugido de uma tentativa de agress�o. “Houve um tumulto no interior da boate, mas maiores detalhes ainda est�o sendo investigados”, afirma.
O crime aconteceu na madrugada do �ltimo domingo pr�ximo � Hard Rock Caf�, no Bairro Vila da Serra. Hudson e mais dois amigos, Iago Bruno Portilho Siman, de 20, e Lucas Mar�al Silva Duarte, de 23, contaram que se envolveram em uma briga dentro da casa de shows ap�s um deles mexer com uma mulher que estava acompanhada por outro homem. Por causa da briga, eles foram expulsos do estabelecimento pelos seguran�as.
O trio entrou no Uno Mille e, quando se preparavam para sair, viram um grupo seguindo em dire��o ao ve�culo para agredi-los. Assustado, Hudson, que estava ao volante, acelerou o carro e atropelou um rapaz. O auxiliar administrativo Daniel Henrique Brand�o, de 25 anos, tamb�m foi atingido. O motorista Wellington Ribeiro de Faria, de 60 anos, tamb�m foi atropelado por Hudson e morreu antes da chegada do socorro m�dico. Hudson assumiu ter bebido vodca antes do acidente e foi autuado em flagrante por homic�dio doloso, quando h� inten��o de matar. Ele est� no Pres�dio de Nova Lima e o crime n�o prev� pagamento de fian�a.
Primeira v�tima � localizada
A delegada tamb�m ouviu nesta quarta a primeira pessoa atingida pelo carro. De acordo com a policial, o jovem se apresentou na delegacia ap�s ler a mat�ria publicada no em.com na ter�a-feira informando que a pol�cia tentava identificar a primeira v�tima. Nuno Ferrey Leal de Ara�jo, de 18 anos, contou que ele e um amigo foram at� um carrinho de cachorro-quente no alto da ladeira para lanchar, mas o vendedor j� estava fechando. Nesse momento, ele foi atingido pelo ve�culo. “O dono do carrinho o socorreu, colocou ele no carro com um amigo e desceu direto para o Biocor. Ele sequer viu o desfecho (do atropelamento). Ele falou que tinha conhecimento de que devia se apresentar, j� havia procurado o Reds, mas ontem ele viu a necessidade atrav�s da mat�ria. Alguns amigos mostraram a ele tamb�m”, explica a policial. Nuno sofreu escoria��es nos joelhos e uma fratura nasal, que indicou a necessidade de uma cirurgia, que ser� feita na quinta-feira.
A pol�cia ainda vai ouvir outras testemunhas que foram qualificadas no boletim de ocorr�ncia. Daniel Brand�o dever� ser chamado para dep�r, pois estava hospitalizado quando as investiga��es come�aram. Posteriormente, Iago e Lucas tamb�m devem ser ouvidos novamente.
PC investiga se carro � adulterado
A pol�cia tamb�m investiga a proced�ncia do carro envolvido nos atropelamentos. O Uno Mille, do qual Hudson disse ser dono, est� em nome da Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais, com placa de S�o Paulo. O carro n�o consta como roubado ou furtado e a pol�cia ter� que descobrir sua real proced�ncia, j� que a empresa informou que o carro n�o pertence � sua frota. Segundo a empresa, trata-se de um ve�culo de sinistro (acidente ou roubo), vendido pela seguradora em 2011. H� possibilidades tamb�m de a placa ser clonada. “Estamos aguardando exames periciais afim de verificar se h� sinais de adultera��o, devemos ter isso nos pr�ximos dias”.
Hudson j� tem passagem policial por recepta��o. Dentro do ve�culo, policiais militares encontraram seis chaves de carros nacionais e importados, o documento de uma moto Honda e uma trouxinha de uma subst�ncia semelhante a maconha. A posse da subst�ncia teria sido assumida por Lucas, de acordo com a delegada. Ainda segundo a Graziela Lucindo, a pol�cia tamb�m investiga os relacionamentos dos rapazes com familiares e vizinhos, para saber se existe algum atrito, e tamb�m se eles t�m envolvimento em outras ocorr�ncias policiais.