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Estado de Minas

Atriz morta dentro de casa durante assalto � enterrada sob aplausos

Cerca de mil pessoas foram ao cemit�rio do Bonfim se despedir de Cec�lia Bizzotto Pinto, de 32 anos


postado em 08/10/2012 15:51 / atualizado em 28/03/2013 13:36

Familiares e amigos lotaram o cemitério para despedir da atriz(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)
Familiares e amigos lotaram o cemit�rio para despedir da atriz (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)
 

Como no fim do espet�culo, quando a plateia agradece a pe�a de p� e com aplausos, o corpo de Cec�lia Bizzotto Pinto, de 32 anos, foi enterrado na tarde desta segunda-feira, no Cemit�rio do Bonfim. A atriz foi assassinada nesse domingo, durante um assalto em uma casa no Bairro Santa L�cia, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, quando tentou chamar a pol�cia pelo telefone.

O clima no cemit�rio era de revolta e tristeza. Cerca de mil pessoas prestaram homenagem, entre familiares, jovens alunos de Cec�lia - que era professora de teatro no programa Valores de Minas-, amigos da Companhia L�dica de Atores e do comit� do candidato a prefeito Patrus Ananias, que contava com o engajamento de Cec�lia. Todos preferiram ficar em sil�ncio.

Veja imagens da despedida

O pai de Cec�lia, Jefferson Pinto, a m�e, Cl�udia Bizzotto, a irm�, Patr�cia Bizzotto, e o filho da atriz, de 12 anos, chegaram direto do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. Eles vieram de Paris (FR), onde estavam passeando. O filho e a irm� de Cec�lia moram na Fran�a. O garoto chegou com uma foto da m�e nas m�os e disse que n�o queria ver o corpo. Os familiares se encontraram com amigos e se abra�aram em clima de grande como��o.

O candidato derrotado � prefeitura de BH, Patrus Ananias (PT), compareceu ao cemit�rio para se despedir da atriz.

O assalto

O crime ocorreu na Rua Saturno, no bairro Santa L�cia. Cec�lia, o irm�o dela, Marcelo Bizzotto Pinto, e a namorada dele, Alexandra Silva Montes, chegavam em casa num EcoSport por volta de meia-noite, quando foram rendidos por dois homens armados. Um terceiro bandido apareceu depois. As v�timas ficaram em poder dos assaltantes por aproximadamente uma hora. Nesse per�odo, os assaltantes reviraram a casa � procura de dinheiro, joias e de um cofre. Os objetos recolhidos estavam sendo guardados dentro do EcoSport e de uma Pajero que tamb�m estava na garagem.

Alexandra contou � pol�cia que, em determinado momento, um dos bandidos subiu com Cec�lia para um dos quartos do segundo andar. Ela relatou ainda que, de repente, ouviu o homem perguntar � cunhada se ela estava ligando para a pol�cia. Na sequ�ncia, ouviu o tiro. Os assaltantes mandaram Marcelo abrir o port�o e fugiram levando apenas os tr�s telefones celulares das v�timas. Ele e a namorada sa�ram de carro � procura de ajuda.


O sargento Gilmar Vieira Murilo, da 124ª Cia. do 22º Batalh�o, que atendeu a ocorr�ncia, contou que a pol�cia recebeu uma chamada de algu�m pedindo socorro, mas a liga��o caiu. Os militares acreditam que era Cec�lia tentando avisar a pol�cia, de acordo com grava��o da central da PM. Ainda segundo Murilo, depois da chamada uma equipe foi ao local, chamou pelo interfone e, como ningu�m atendeu, os militares olharam pelo muro, de onde viram luzes acesas e janelas abertas. Nesse momento, um taxista abordou os militares, dizendo que um casal num EcoSport o havia parado pedindo o celular dele emprestado para ligar para o 190.

A PM decidiu arrombar o port�o e, nesse momento, Marcelo e Alexandra chegaram dizendo que havia uma mulher baleada dentro de casa. A porta do quarto tamb�m precisou ser arrombada. Cec�lia j� estava morta no sof�. O sargento acredita que os autores do crime j� acompanhavam h� algum tempo a movimenta��o dos moradores da casa.

Medidas para conter a viol�ncia na Zona Sul

A sequ�ncia de roubos a resid�ncias, principalmente na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, levou o governo a tomar medidas emergenciais para conter esse tipo de crime. Dados da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) indicam que, somente entre janeiro e setembro deste ano, foram registrados 215 assaltos. No mesmo per�odo do ano passado, foram 276 ocorr�ncias, o que indica uma redu��o de 22%. Por�m, a viol�ncia dos criminosos e a sensa��o de inseguran�a da comunidade ainda preocupam.

Nesta manh�, o secret�rio de Estado de Defesa Social, R�mulo Ferraz, se reuniu com o chefe do Estado Maior da Pol�cia Militar, coronel PM Divino Pereira de Brito, do chefe da Pol�cia Civil, Cylton Brand�o e os comandantes e delegados chefes da 1ª, 2ª e 3ª Regi�es Integradas de Seguran�a P�blica (Risps). No encontro, foram definidas medidas, como orienta��o �s Associa��es de Moradores para apontar os pontos vulner�veis na seguran�a de cada bairro, intensifica��o de opera��es nas �reas externas e nos acessos aos condom�nios da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, amplia��o do policiamento setorizado nos bairros e aproxima��o da pol�cia � comunidade.


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