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Estado de Minas

Betim se prepara para nova temporada de chuva

Na �ltima temporada, centenas de fam�lias ficaram desalojadas em pontos diferentes da cidade devido ao aumento dos rios


postado em 12/11/2012 14:22

A intensidade das chuvas do in�cio do ano foi uma das principais causas de diversos desastres naturais em Minas Gerais. Em todo o estado moradores perderam bens m�veis e im�veis devido � inunda��es e desabamentos. Munic�pios ficaram ilhados. E em Betim o cen�rio n�o foi diferente. Centenas de fam�lias ficaram desalojadas em pontos diferentes da cidade devido ao aumento dos rios, sem contar aquelas que ficaram em alerta durante todo o per�odo de chuva diante do risco de deslizamentos de terra.

Infelizmente para quem viveu tudo isso, h� menos de um ano, a chegada de um novo per�odo chuvoso traz novamente o clima de preocupa��o � tona, uma vez que meteorologistas j� alertam sobre a possibilidade de chuva al�m da m�dia esperada para o in�cio de 2013. A previs�o vale para quase todo o estado. Segundo os meteorologistas, os temporais de
dezembro e janeiro podem chegar a 50% do previsto para todo o ano de 2013 em algumas regi�es mineiras. “Teremos chuvas significativas especialmente nos meses de dezembro e janeiro. S�o esperadas chuvas de volume significativo, similar ao que aconteceu no ano passado”, destaca a meteorologista do TempoClima da PUC Minas, Adma Raia.

De acordo com o meteorologista e diretor regional do Climatempo, Ruibran dos Reis, a estimativa � de que o �ndice pluviom�trico na regi�o central do estado atinja 750 mm nos meses de janeiro e fevereiro, sendo que o normal para os meses combinados � de 500 mm. “Prevemos que em novembro e em dezembro teremos chuvas abaixo do valor esperado, muitas chuvas t�picas de ver�o, com muitas pancadas � tarde. Agora em janeiro e fevereiro teremos uma chuva mais cont�nua. O risco de desastres, como inunda��es e deslizamentos, tem potencial maior para esses meses”.
O meteorologista ainda explica que esse �ndice alto n�o � comum historicamente, mas ser� favorecido pela atua��o do fen�meno meteorol�gico El Ni�o.

Aten��o dobrada

Como a chuva em si n�o � a �nica respons�vel pelos desastres, a popula��o deve tomar cuidados redobrados para que os danos do per�odo sejam minimizados. Na mesma �poca do ano passado, 20 pessoas morreram em Minas Gerais, sendo que 16 delas ocorreram em enxurradas, deslizamentos e inunda��es. Em todos esses casos, o respeito �s orienta��es de preven��o de risco poderiam ter evitado os falecimentos.

Ambos os meteorologistas concordam que as margens de rios ser�o as �reas mais perigosas no in�cio do ano. “Em linhas gerais, a popula��o deve evitar �reas de risco, leitos de rios, �reas que periodicamente s�o inundadas. Eles devem evitar ocupar esses lugares porque na �poca seca � como se o rio estivesse encolhido, mas na �poca de chuvas ele volta e abra�a toda a �rea. Se a gente ocupa a �rea que � do rio, com certeza a gente vai ter problemas”, pontua Adma Raia.
Segundo Reis, a ocorr�ncia de mortes por inunda��es e alagamentos pode acontecer com mais frequ�ncia em novembro e dezembro. J� em janeiro e fevereiro, quando os solos estar�o mais encharcados, os moradores devem ficar atentos a qualquer movimenta��o de terra e acatar as observa��es da Defesa Civil.

 

A sugest�o com destaque especial para os leitos de rios � um alerta v�lido para quase todos os mineiros que passaram os primeiros meses de 2012 em abrigos tempor�rios devido �s fortes nunda��es. Betim foi uma das mais de 150 cidades mineiras que decretaram estado de emerg�ncia. L�, fam�lias de bairro diferentes sofreram com enchentes que a cidade n�o via do mesmo n�vel h� quase uma d�cada. As fam�lias do bairro Nossa Senhora de F�tima foram as primeiras, no ano passado, a terem suas resid�ncias invadidas pela �gua de um c�rrego diretamente ligado � lagoa V�rzea das Flores. Com o aumento da precipita��o, ainda em meados de dezembro, o n�vel do c�rrego aumentou rapidamente e desabrigou dezenas de fam�lias ao redor do entroncamento das ruas Tocantins e Amazonas, regi�o caracterizada com �rea de risco.
No entanto, os maior preju�zo na cidade aconteceu na Col�nia Santa Isabel, onde milhares de pessoas foram obrigadas a passar a primeira semana do ano fora de casa. L�, ruas inteiras foram alagadas e casas submersas quase por completo pela �gua do rio Paraopeba. Com a �gua subindo devagar, v�rias fam�lias conseguiram tirar seus pertences � tempo, mas viram as estruturas de seus im�veis serem mais uma vez danificadas pela enchente.

Por mais que o aumento do rio em per�odos chuvosos seja um evento naturalmente esperado, a a��o do homem � uma das grandes respons�veis pelo forte impacto negativo e destrutivo das inunda��es. O rio Paraopeba � prova disso. Ao longo de toda sua bacia, que � composta por 45 munic�pios da regi�o central do estado, v�rias cidades foram devastadas. Al�m dos danos em Betim, a cidade Brumadinho ficou completamente ilhada e munic�pios como Jeceaba, Congonhas e Conselheiro Lafaiete tiveram as piores enchentes de suas hist�rias. Um dos principais motivos apontados pelos gestores municipais e moradores foi o efeito das atividades econ�micas diretamente relacionadas com o rio. Ao longo de boa parte de sua bacia, o Paraopeba recebe �gua de lavagem de min�rio. Os res�duos do mineral ficam depositado nas calhas do rio, diminuindo sua profundidade. Isso faz com que o leito do rio se expanda acima do esperado quando o volume de �gua aumenta.


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